é goleada tricolor na internet
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Publicada em 2 de setembro de 2001 às 00:00 por Marcelo Barreto

Marcelo Barreto

O ferrolho Tricolor

Andando pelo centro de Fortaleza, deparei-me com um fato inusitado. A vitrine de uma loja esportiva ostentava uma camisa tricolor, e não era do bicampeão cearense. Sim. O Bahia começou a empolgar no Campeonato Brasileiro, sendo o clube nordestino melhor colocado na tabela. Muito disso se deve à nova postura do técnico Evaristo de Macedo em armar o time de um modo extremamente defensivo.

Muitos de nós têm questionado a nova distribuição que Evaristo tem colocado nos últimos jogos do Bahia. O fato é que, nas últimas três partidas em que o Bahia jogou com o 5-3-2, conquistou sete dos nove pontos disputados.

Confesso que tenho saudades daquele time do final da década de 80 e do início da de 90. Ofensivo, aguerrido, que não desistia nunca de atacar os adversários, às vezes, com quatro ou cinco jogadores. Bobô, Zé Carlos, Marquinhos, Charles, Osmar, Luís Henrique, entre outros, davam aos tricolores a impressão de que, a qualquer momento, poderia sair um gol do Bahia – definitivamente, um time que jogava sem medo.

Na era do futebol de resultados, o Ferrolho Tricolor pode ser a melhor opção para que o nosso time siga numa posição respeitável no Campeonato Brasileiro, quiçá chegando à classificação. A limitação do elenco, essencialmente no tocante à qualidade técnica do setor defensivo, faz-nos dependentes da boa fase do goleiro Émerson, das faltas de Jean Elias, dos lampejos de Preto e daquela oportunidade em mil que nossos atacantes conseguem empurrar a bola para dentro.

A pergunta que não quer calar é a seguinte: como a torcida, acostumada a equipes agressivas atuando na Fonte Nova, vai reagir a um time com oito jogadores defensivos, recuado e acuado, no Templo Sagrado tricolor? Confesso que não sei. Se o time continuar somando pontos importantes fora de casa e subindo na tabela, é capaz de ficarmos satisfeitíssimos com o Ferrolho do mestre Evaristo, antítese daquele time ofensivo de 1988.

Jogar bonito ou somar três pontos? Num campeonato com as características deste Brasileirão, a segunda alternativa tem se mostrado a preferida da grande massa tricolor. E, sabem de uma coisa? A minha também.

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