é goleada tricolor na internet
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Publicada em 8 de agosto de 2011 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

O Ídolo

Nada contra as homenagens prestadas a ex-jogadores já com alguma condição econômico/financeira razoável. Pelo contrário, sou favorável a essas homenagens por parte do clube, ao ídolo. Mas justamente nesse ponto existem dois pesos e duas medidas – Raudinei é bem lembrado e homenageado pelo gol histórico, e para Roberto Rebouças de tanto amor, suor e sangue pelo Bahia, nem uma missa… Posso exemplificar o jogador Lima com serviços prestados sob a égide da dedicação e amor pelo clube, hoje esquecido e ignorado nas suas dificuldades.

O presidente do Bahia, Marcelo Filho, precisa expandir mais aos antigos ídolos – mesmo os que já não estão entre nós – o reconhecimento do clube para corrigir essa falha histórica e amenizar as mágoas no coração daqueles que se dedicaram ao clube fazendo-o com doação total. Sei que algumas homenagens já foram prestadas na atual gestão e que alguma coisa tem sido feita por alguns desses ídolos. Mas Jorge Campos, Romero, Baiaco, Lima, Osni Lopes, Sapatão, Pombinho, Fito, Gil Sergipano, só para citar esses poucos, não devem ser esquecidos…

Cito estes pelo aspecto maior do apelo porque sei da condição deles como torcedores confessos do Esporte Clube Bahia. Alguns ídolos do passado tricolor talvez estejam em condição financeira difícil e de alguma forma precisam da ajuda do clube, que não seja diretamente com dinheiro, já que esse tipo de ajuda é momentâneo, mas abrindo portas no mercado de trabalho usando a influência pessoal dos dirigentes e a força que o Bahia possui para abrir essas portas.

Comprar o peixe para matar a fome do cidadão uma única vez na vida não conserta nada, mas dar a ele um anzol e alguma orientação de como pescar, nutrirá a sua família pelo resto da vida. Eles foram preparados para jogar futebol, mas não o foram para parar. Não vem ao caso se o que ganharam não foi bem administrado. Lembro-me que Baiaco ganhava salário igual ao que Douglas e Picolé – os maiores salários no clube, à época – ganhavam, respectivamente, mas Baiaco era mal assessorado.

Claro que aos jogadores – especialmente os de antes da Lei Pelé – cabe culpa. Poucos sabiam cuidar do futuro e muito menos lidar com a idolatria. Ainda hoje poucos sabem se comportar como ídolos, o exemplo disso é o goleiro Bruno, que quando jogava pelo Flamengo pensou que por ser ídolo de uma das maiores torcidas do mundo poderia até mandar – segundo dizem – matar… Deu-se tão mal com a sua interpretação sobre a idolatria que caiu em desgraça intensa para nunca mais soerguer-se desse mundo inferior pelo qual optou, por absoluta estupidez.

Certamente o Lima Sergipano viveu a sua vida de jogador sem a mínima idéia das dificuldades que lhe esperavam no futuro, que afinal, um dia, chegou pra ele. Na verdade, tudo que ele colhe atualmente foi plantado por ele mesmo – quase sempre é assim com o jogador de futebol –, faltaram-lhe regras pessoais, e essa falta não o deixou prever esse futuro que o esperava de braços abertos.

É triste saber pelo próprio Lima que atualmente ele conta apenas com R$ 700,00 mensais – isso graças ao Confiança de Sergipe, onde ele é treinador da Base. Sem caça às bruxas, o dirigente tem lá a sua parcela de culpa nesse contexto. Ouvi muitas vezes o ex-presidente do Bahia, Paulo Maracajá, gabando-se nas rádios de saber fazer contratos com valores bem abaixo do que valia, à época, um determinado jogador. Achava-se hábil como dirigente e o era, inegavelmente. Entretanto, poderia até estar fazendo bem ao clube, mas muito mal ao jogador de pouco esclarecimento.

É de uma previsibilidade gritante saber que o ídolo de hoje fará parte da história do seu clube para sempre, e saber cuidar desse legado é uma obrigação dos dirigentes, até para preservar em alto nível o bom conceito da instituição através da sua própria história. Ídolos fazem parte do acervo histórico dos clubes.

NOTA

Fico Feliz pelo Cabo Lima e pelo Bahia. Quando acabava de fechar esta coluna li aqui no ecbahia.com que o presidente do Bahia vai resgatar o passado desse jogador e corrigir uma injustiça. Vale dizer que o presidente tricolor vem praticando esses resgates com jogadores do passado e ajudando alguns, como é o caso de Maílson, a quem o Bahia destina uma quantia todos os meses, que pode não significar tanto – algo em torno de dois mil e quinhentos reais –, mas ajuda a amenizar as dificuldades causadas pelo infortúnio que o destino lhe reservou.

JOGOU FEIO, MAS GANHOU

Pode jogar feio, Bahia, no próximo jogo! Fazendo como fez contra o Atlético de Goiás, é o que importa. Chega junto, Marcelinho, no departamento de árbitros da CBF, os juízes só marcam pênalti contra o Bahia. Contra o São Paulo, na semana passada, o cara deu um tapa na bola, dentro da área, e o juiz mandou levar… E o Bahia levou três! Poderia ser diferente se a penalidade fosse marcada.

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