Prolixo nas respostas, sim, mas de certa forma é animadora a postura do presidente do Bahia na entrevista concedida à globo.com, e se a fórmula não for como ele diz o Bahia não terá jeito, não em sua gestão. Mas o fato é que nesses 100 dias o Bahia demonstrou progresso na postura dentro e fora de campo, e a esperança é que isso possa ser definitivo em toda a gestão dessa diretoria.
Historicamente um dos males do Bahia é o estigma da vaidade dos seus dirigentes sempre colocadas acima dos interesses do clube como se isso fosse uma norma pessoal. Torço para que essa estigmatização desapareça, pois, nada no mundo é tão mais pecado que a vaidade colocada acima da humildade. O atual presidente tricolor parece ter a consciência disso e tomara que não seja apenas de faixada. Ainda é cedo para se analisar com imparcialidade o seu comportamento, o que poderá ser feito a partir da conquista de um título.
Ao assumir a presidência do Bahia em situação de terra arrasada logo após o rebaixamento, o Presidente não poderia ter outra postura que não fosse a da humildade, e por isso mesmo acho ainda cedo para uma avaliação comportamental no cargo de presidente da maior instituição desportiva do Norte e Nordeste do Brasil. Porém, sou unânime em afirmar que esses primeiros 100 dias de gestão me agradaram razoavelmente.
— Só para não deixar passar em branco; o presidente explicou demais a sua interatividade com Sidônio, não precisava, porque quanto mais se explica mais se complica.
Gosto da forma como o Bahia vem jogando o campeonato baiano, triturando seus adversários sem nenhuma piedade. O que me deixa com a pulga atrás da orelha é que o nosso campeonato nunca foi parâmetro para avaliação de um time pra se saber se este está bem preparado para entrar em disputas nacionais. Golear aqui e tropeçar na Paraíba com um empate magro e sem gols pode ser um aviso de que ainda falta muita coisa para a consistência do time.
Que Sérgio Soares fez Maxi Biancucchi voltar a jogar futebol não resta a menor dúvida, e convenhamos, o ataque tricolor no Baianão é o protótipo daquilo que a torcida gostaria de ver na segundona. Mas é como digo, tudo fica muito diferente quando se trata de uma disputa nacional, então o “xis” do problema reside justamente nesse quesito. O Bahia ainda consegue ser o time mais insinuante do Nordestão, aquele que joga pra frente, talvez pela fragilidade da maioria, mas é claro que o jeito agressivo com o qual o Bahia de Sérgio Soares joga dá para animar, sim senhor.
As contratações foram um pouquinho acima da expectativa do que se poderia, racionalmente, esperar para a segundona. Por consequência não vejo, exceto Botafogo e Vitória, concorrência capaz de ameaçar a classificação tricolor entre os quatro que irão para a Primeira Divisão. Vamos esperar com o friozinho natural na barriga que em 2016 o Bahia esteja de volta ao seu lugar.
TRAGÉDIA NOS ALPES FRANCESES
Difícil de entender como alguém pode ser mentalmente doente e ao mesmo tempo tão calculista a ponto de chegar à execução de um projeto diabólico, terrível e longamente amadurecido. Isto é ausência da Inteligência Suprema causa primeira de todas as coisas. Um axioma aplicado em ciência indica que não há efeito sem causa. Pior é que o efeito dessa causa deveria dizimar apenas a vida abjeta de Andreas Lubitz e não levar consigo para a morte 151 pessoas impotentes inocentes diante da iminente tragédia que acabou por se tornar o fato mais doloroso deste ano, devido às circunstâncias. Podemos admitir um acidente, mas nunca o ardil de uma mente esquizofrênica disposta a matar. Acima de nós há mais mistérios que a nossa vã filosofia imagina… Só dá para explicar assim.
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