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Publicada em 8 de junho de 2017 às 07:56 por Autor Genérico

Autor Genérico

Onça, o ocaso de um ídolo

Recebi via WhatsApp uma foto de Mário Filipe Pedreira, o Onça, ex-zagueiro do Fluminense de Feira, Flamengo (168 jogos como titular), Bahia e Sport, em estado deplorável de saúde, causando-me sensação de abandono. Não diria isso por parte de familiares, sim pelo fato de ser ele uma pessoa pública que marcou época nos clubes onde jogou e por isso mesmo merecedor do reconhecimentos desses clubes, autoridades, especialmente de Santaluz sua terra natal.

Pesquisei um pouco mais e encontrei uma carta feita por um cidadão, conterrâneo do Onça, dirigida a Milton Neves, e resolvi transcrevê-la aqui nesta coluna que também é de utilidade pública — detalhe é que nessa carta e-mail ele já reclamava sobre esse estado de saúde e “abandono” em 2008, mas ver a foto atual de Onça é deprimente.

Conheci Onça em Feira de Santana, quando ele jogava pelo Fluminense, no início da sua carreira. Ao ver fotos de ontem e de hoje dessa excelente figura humana que é Mario Filipe, o Onça, de um caráter singular e íntegro, não poderia me furtar de usar esta coluna para tentar sensibilizar os clubes aos quais ele serviu.

Já no final de sua bem sucedida trajetória, jogou pelo Leônico e Sergipe, onde encerrou de vez a sua carreira –sendo que por este último clube enfrentou o Flamengo em jogo de despedida.

Em Feira de Santana, o Dr. Dilermando Martins Neves, ortopedista/traumatologista, ex-jogador do Jequié, Fluminense de Feira, Bahia e Leônico — neste último, jogou com Onça –, tenta contatos que possam ajudar o amigo Onça.

 
— Diz o blog de Milton Neves:

No dia 22 de abril de 2008, o site Terceiro Tempo recebeu do internauta Carlos Alberto de Jesus Nunes, o seguinte e-mail:

“Sou conterrâneo de Mário Felipe “ONÇA”, ex-zagueiro do Bahia e Flamengo no anos 60/70. O próprio é filho de Santaluz-Bahia e encontra-se numa situação bastante difícil, tanto financeiramente, como de saúde, pois desenvolveu Mal de Alzheimer.

Ele está parado, sem prestígio, sem reconhecimento da sociedade e das autoridades políticas locais. Presenciei até ele recolhendo frascos de refrigerantes, no lixo do fundo de casa, para fazer porta-retratos dos filhos, que o visitariam no final do ano. Acho que ele não poderia ser esquecido.

Enfim, gostaria muito se você pudesse dar um alô para este grande jogador de outrora num dos seus programas televisivos, mostrando, inclusive, fotos e lances deste atleta, exortando seus ex-times a ajudá-lo de alguma forma.

Certo de contar com sua colaboração.
Um forte abraço,
Carlos Alberto de Jesus Nunes
Torcedor do Bahia”.

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