A ascensão do Bahia pode até acontecer, mas está cada vez mais difícil. Em campo, o time é uma orquestra desafinada que incomoda pela falta de determinação. Contratam jogadores a rodo e em cima da perna porque é essa a cultura. Mudaram a lona, mas o circo é o mesmo.
Os erros e equívocos poderiam não estar acontecendo agora se o Bahia fosse bem pensado a cada final de ano. Em Novembro do ano passado, quando ficou claro que não haveria mudança de série B para A, seria o momento exato de se fazer uma limpeza, porque futebol deve ser feito com planejamento antecipado.
Se houve esse planejamento, foi completamente embasado apenas e tão somente em contratações medianas e, em sua maioria, de nenhum efeito prático até aqui, porque o Bahia nada ganhou do que disputou neste ano.
Quando Marcelo Sant’Ana tomou posse, não teve a sabedoria de profissionalizar o clube de forma competente e de acordo com a sua retórica. Contratar amigos e delegar poderes em cargos importantes e sensíveis na diretoria de futebol levou o Bahia a esse quadro crítico que ostenta desde o brasileirão do ano passado.
O clube vinha de um modelo administrativo antigo e precisava de mudanças. Então criaram um conceito que tinha essência, mas a forma inicial de execução desse processo foi desastrada devido aos rancores pessoais, políticos, com ódio e sede de vingança em detrimento do próprio Bahia… Como não poderia deixar de ser, fracassaram feio, jogando o clube para a Segunda Divisão.
E veio o discurso “a vez do futebol”… Confesso que fiquei animado, mas um tanto desconfiado. Não via história profissional no candidato, via apenas um jornalista com absoluta falta de experiência para o cargo que foi eleito. E aconteceu a primeira derrapada do presidente quando nomeou uma pessoa para gerir o futebol do clube, que assim como o próprio Sant’Ana, gostava de atirar pedras em vidraças.
Como nada é igual o tempo todo, ao se tornarem vidraças perderam-se na atmosfera onde só as águias conhecem bem as correntes que as conduzem ao sucesso das suas empreitadas, e, convenhamos, nem presidente e nem gerente conheciam patavinas de futebol… Estavam assumindo o Bahia pessoas sem trânsito algum em nível nacional no meio futebolístico.
Ora, não basta ser amigo, tem de ter competência. Futebol não é mais amador, atravessou fronteiras e se tornou um dos maiores negócios do mundo, além da paixão. Se o Bahia não estiver no final deste ano na Primeira Divisão, a pressão para cima dessa gestão será igual a de 1.000 metros abaixo da superfície do Oceano. Resistirá?
–O Bahia de Marcelo Sant’Ana tem seus ganhos enquanto clube, só que organização administrativa e futebol deveriam andar de mãos dadas, porque a finalidade do clube é o futebol e nesse quesito não está havendo competência.
A torcida tricolor pode pegar a maquininha chinesa de fazer cálculo, porque vai precisar, sim. A lógica diz que quem marcou apenas 24 pontos até então, e jogando desorganizadamente como o fez contra o Bragantino, não chegará entre os quatro. Sejamos sensatos.
MOISÉS
Guto Ferreira, não entendo Moisés ficar no banco vendo João Paulo jogar. Aliás, esta é uma das injustiças técnicas no Bahia de Ferreira que a torcida espera que seja reparada.
RÉGIS
Não parece motivado. Entra frio e apático quando é chamado para tentar melhorar a técnica do time em campo. Ele não está errado, pois tem futebol para formar no time principal, onde? Não sei, isto é problema do Sr. Guto Ferreira, que por sinal ainda não disse a que veio, exceto para recomendar contratações a todo instante.
ALLANO
Não ouviram a torcida do Cruzeiro? Talvez esteja aí o desgosto de Régis. Não é pra menos!
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.