é goleada tricolor na internet
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Publicada em 12 de agosto de 2020 às 14:02 por Marcelo Barreto

Marcelo Barreto

Pensando no Brasileirão/2020

Lá na primeira vez que escrevi por aqui, deixei claro que minha ideia, o que me dá prazer, é escrever sobre coisas relativas ao campo e bola, às questões táticas, uso e formação de elenco, coisas assim. Assim como todos, vivo as emoções que o Bahia proporciona, sejam elas boas ou ruins. Hoje, talvez pela maturidade e por estar calejado depois da segunda metade dos anos 90 e primeira década deste século, vivo de um jeito diferente.

Como quase todos, me irritei com o time nos jogos contra o Ceará. Já havia me irritado com o técnico tricolor durante o jogo contra o Confiança, quando escrevi, imediatamente ao final do jogo, minha última coluna, com o provocativo título “Burro com sorte?”. Foi uma pergunta que, seja indiretamente no próprio texto, seja diretamente no comentário, respondi achando que estou longe de achar Roger um técnico burro. Acredito que ele seja excessivamente conservador e que tenha alguns problemas? Acredito. Mas burro, não.

Mas essa introdução é justamente para explicar que não quero fomentar a discussão sobre a manutenção ou não do treinador Roger Machado. Naquela coluna já tinha exposto que não demitiria o treinador tricolor e, pela forma que vejo futebol, continuo pensando assim. Vejo argumentos para a sua demissão, assim como penso que há argumentos racionais para sua manutenção, no meu entender.

O que quero, aqui, jogo a jogo, é pensar o time do Bahia para o Brasileirão que se inicia para nós hoje, dia 12/08, contra o Coritiba. É algo que tentarei fazer sempre, inclusive, em alguns momentos, com análises do que vi em jogos anteriores.

E foi com isso na cabeça que pensei no que poderia ser feito para esse primeiro confronto e resolvi trazer como armaria o Bahia para a estreia contra o Coritiba. Na hora de “escalar” o time enquanto brincava no meu TacticalPad, pensei no momento de cada jogador, nas opções que temos e até no conservadorismo do treinador Roger.

Pensando nisso, se o mundo fosse um grande Football Manager (como é uma referência nerd, explico que esse é um jogo de computador no qual somos treinadores dos times, mexendo nos mais variados aspectos táticos) e eu assumisse o lugar do técnico do Bahia, este seria meu time para o primeiro jogo do campeonato:

Já escrevi antes destacando que não gosto do futebol de Ronaldo. Acho um jogador sem passe longo, o que reputo como importante para um primeiro volante, principalmente quando o técnico gosta, como Roger, de sair com uma linha de 3, com o recuo deste volante para a linha da zaga. Um jogador com passe longo nesta posição consegue inverter bolas e acelerar a conexão com os laterais sem precisar passar pelos zagueiros, o que, penso, Ronaldo dificulta. Ainda assim, reconheço que ele vem jogando razoavelmente bem. Gregore voltou mal da pausa e também não tem essa característica. A diferença para o último seria que ele entregaria maior poder de marcação. Mas, por entender o momento dos dois, iria de Ronaldo. Parêntesis rápido aqui: um jogador que parece ter essa característica, mas que vem se lesionando demais, é Ramon. Canhoto, bom lançamento longo. Algo a se ver no futuro.

Manteria Flávio, que era um jogador no qual eu pegava muito no pé no ano passado, mas que, pela regularidade, passei a reconhecer que evoluiu muito. Até por não enxergar no grupo um jogador que alie força de marcação e chegada na área, iria com ele. Daniel poderia jogar nesta posição, mas é algo que teria que ser muito treinado, o que aparentemente não foi, então não colocaria o ex-meia do Fluminense, ainda, nesta posição.

Na verdade, vim com Daniel na meia-esquerda, o que vai merecer uma explicação. Aqui, pensei em duas coisas. A primeira, claro, é o fato de Clayson, que deveria ser o jogador da posição, até pela expectativa gerada pelo investimento feito nele, teve infinitas chances e, de fato, não entregou nada. A substituição natural seria Rossi, mas o extremo me pareceu ainda num nível de preparação abaixo dos demais nestes dois jogos. Então, até para liberar Rodriguinho de tarefas de mais armação, possibilitando sua maior entrada na área, colocaria Daniel nesta posição. Na fase sem bola, ele comporia a 2ª linha de 4 jogadores. Na fase com bola, centralizaria e seria uma opção de construção de jogo, abrindo espaço para subida de Capixaba e possibilitando que Rodriguinho não precisasse retornar para buscar o jogo, diminuindo sua capacidade de finalização.

Outro jogador que poderia potencializar essa capacidade de finalização de Rodrgiuinho seria a outra mexida que faria: Saldanha. O jovem atacante mostrou problemas com sua finalização, mas mostrou ser um atacante extremamente inteligente, com ótimo poder de passe. Essa característica de saída da área pode fazer com que não só Rodriguinho, mas também Élber, possa preencher os espaços na área.

Além disso, com a subida dos laterais, não perderíamos a quantidade numérica na área, já que poderíamos ter 3 jogadores infiltrando, com os dois meio campistas cercando a grande área adversaria.

Eis um esquema gráfico destas variáveis:

Iria assim. Estou pronto para ser apedrejado, principalmente por expor que manteria Roger Machado no comando técnico. Pro bem ou pro mal, podem mandar brasa nos comentários ou no Twitter (@c_patrocinio).

 

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