Às vésperas das eleições para presidente do Bahia eu disse aqui nesta tribuna que Ruy Cordeiro seria uma escolha melhor, e nisso nada havia de pessoal contra Fernando Schmidt, apenas tinha e tenho o meu ponto de vista; continuo achando-o aquém da presidência tricolor, a sua insegurança em suas entrevistas à imprensa é flagrante, não parece ser de quem manda. Não torço por este ou aquele, torço pelo Bahia e não aprendi isto depois de adulto, nasci Bahia. Porém, não abro mão da minha independência ao emitir as minhas opiniões…
Acho o Presidente tricolor mais preocupado com o passado que com o futuro. O Bahia precisa seguir adiante e isto passa por fazer o novo CT funcionar. Considero o novo centro de treinamentos uma emergência, e como tal deveria ser neste a prioridade maior porque ali será uma fábrica de talentos. O que é bom tem de ser impulsionado e não maculado pelo revanchismo inócuo. O novo CT é um dos aspectos negativos de Fernando Schmidt à frente do Bahia, apesar da existência de algumas pessoas competentes na sua gestão.
Por exemplo; gosto da forma como vem trabalhando Valton Pessoa, conduzindo os assuntos do clube, especialmente, contratações dos jogadores de forma elogiável e anulando sem nenhum alarde, aos poucos, a figura da eminência parda que é sempre maléfica aos clubes onde elas transitam sem cargos eletivos e, às vezes, mandando mais que o Presidente. Clube em que há comando paralelo não vai a lugar algum, a própria história mostra que quando a politicagem predomina os projetos desabam.
O trabalho existe e a seriedade com que vem tratando as coisas o Valton pessoa, faz até com que eu consiga ver nele o perfil do próximo presidente tricolor. O bom presidente é o que faz a torcida feliz e transbordante em esperança pelas suas próprias atitudes. O time que está sendo montado pode até não acontecer como esperado, pois, futebol não é algo matemático, mas onde há bons propósitos e seriedade, dificilmente acontecem fracassos.
O que não faria nenhum sentido seria o elogio gratuito desde o início, de A a Z, sem sequer ter parâmetro para medir capacidade individual posta em prática no dia-a-dia. Daí é que, à medida que o Bahia obtiver sucesso, é natural que o brilho de cada integrante dessa diretoria reluza de forma intensa, ou menos intensa, e eu espero que aconteça brilho intenso com todos, inclusive, com o Presidente, e não sou eu que vou ficar cego para isso. Como digo, o importante é o Bahia e não as pessoas, entretanto, estas não podem ser ignoradas, seja pelo acerto ou pelo erro, têm de ser avaliadas.
Neste domingo, 19, na estreia, o Bahia sofreu o seu primeiro revés do ano, mas mesmo tendo sido goleado não dá para sair criticando o trabalho de fulano ou beltrano, apenas há que se esperar um melhor entrosamento e um desenho tático definido do time. O técnico está aí para isto e compete a ele ver erros e tendências. Apesar do placar em Maceió ter sido fora de qualquer expectativa, por mais ridículo que tenha sido o time, não deveria ser 4 a 1 e muito menos sendo para um time, em teoria, inferior ao Bahia.
Não é ruim quando os defeitos de uma máquina se apresentam assim que ela começa a ser aquecida… Melhor agora enquanto se tem o controle e sabem-se quais peças precisam de reparo. O próprio técnico tricolor é ainda um aprendiz, mas se o laboratório estiver bem aparelhado ele terá seu aprendizado facilitado. Por isso o melhor que se tem a fazer neste momento é ter paciência e não procurar culpados por essa ou aquela derrota. Elas acontecem porque é consequência de um trabalho inicial que carece de ser adaptado ao estilo de cada jogador. Vamos deixar as pessoas trabalharem sem aquela pressão desestabilizadora, que só faz confundir quem está tentando.
BAMOR
Boa notícia! Saiu Jorge e chegou Thiago trazendo as melhores esperanças para aquela que é, em minha opinião, a torcida que mais emociona nos estádios onde o Bahia manda seus jogos. Na velha Fonte Nova um dos meus prazeres era ficar nas cadeiras inferiores só para ver o espetáculo proporcionado pela Bamor. Arrepiava, pela sua beleza. Infelizmente alguns episódios negativos descaracterizaram os princípios da Bamor, e Jorge, como um cara inteligente que é, resolveu ceder espaço para o novo. Certamente virá por aí uma Bamor mais seleta e mais direcionada para a ordem. Esperamos.
CBF
Lamentável a notícia dada pela ESPN de que a CBF estaria oferecendo à Portuguesa um empréstimo (…) de 4 milhões para que ela aceite ficar na Segunda Divisão e abra mão de quaisquer ações na Justiça comum, ou mesmo na FIFA. Para mim fica caracterizada uma virada de mesa, bem como uma desqualificação ao STJD se a notícia tiver fundamentada na verdade. Caso a Portuguesa não aceite e a CBF venha a estabelecer 22 ou 24 clubes na Primeira Divisão, o monstro se agiganta e ninguém será capaz de dominá-lo.
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