Quem saiu perdendo?

Dizem que quem fala demais acaba “dando bom dia a cavalo”. Há pessoas que falam e sabem o que dizem, outras falam embasadas num passado remoto que não cabe mais nos nossos dias. Essas são extremamente pobres de sabedoria, enebriadas com cargos decorativos pensam auto-firmarem-se antagonizando com o modernismo do qual estão absolutamente ausentes. Mas para essas pessoas o castigo vem à cavalo e, sem perceber, acabam por entortar o cano da espingarda de tal forma que o tiro vai direto na própria cara.

Foi assim que aconteceu com o presidente do Vitória, que de tanto tentar humilhar o Bahia, seus dirigentes e a torcida, se viu engasgado, de repente, com o seu próprio discurso inadequado para um momento cheio de fatos positivos, que afinal estavam por acontecer através da Petrobrás. Pensou que o prestígio era rubronegro e que o contrato já estava feito com a Petrobrás… então pagou pra ver e viu demais, viu até que precisa respeitar mais o Bahia.

Bem feito, não é? Desde o início do ano eu venho dizendo através desta coluna o que falta aos dirigentes do futebol baiano: profissionalismo. É por isso que os dois maiores do nosso futebol vêm de uma trajetória pouco confortável, Terceira e Segunda Divisão, respectivamente.

O presidente do Bahia fez a coisa certa ao recusar fazer dois jogos no Barradão, foi coerente, talvez tenha sido unanimidade pela primeira vez no conceito da torcida. Nisso tudo faço uma ressalva à imprensa baiana que compreendeu o seu papel jornalístico e não tomou partido, pelo contrário, foi coerente na forma de analisar os fatos. Pelo menos até onde li, ouvi e vi.

É uma questão de justiça dizer que se fosse por Alex Portela o Bahia teria começado o Campeonato Baiano e a Segundona no Barradão, pois na comoção que tomou conta de todos desde o dia 25 de Novembro, ele, Alex Portela, colocou o Barradão à disposição do Bahia, à época. Mas o provincianismo não deixou que os dirigentes do Bahia aceitassem tal oferta.

O tempo passou e eles viram o tamanho do mal, tentaram por fim retomar as negociações, mas aí a comoção já houvera passado e o que se viu foi uma barbárie contra o profissionalismo ao ponto das farpas provincianas, bem ao estilo de antigamente.

Agora a Inês é morta, ressucitá-la é o problema. Não sei se a Petrobrás será tão generosa quanto estava sendo, ainda mais que segundo se fala por aí o presidente do Vitória teria dito que o rubronegro já houvera recebido da Petrobrás cerca de hum milhão de reais por conta do contrato. É desconcertante tanta irresponsabilidade dentro de um negócio onde a principal arma deveria ser a habilidade.

Uma coisa é certa: o governo do Estado fez de tudo para que o futebol saisse lucrando, e nesse disse-me-disse o rubronegro me parece o maior prejudicado. O governo deve estar de contrato certo com a Petrobrás para que esta banque o placar eletrônico e as cadeiras do reformado Pituaçú. Ganha o governo e ganha o Bahia. Quem saiu perdendo?…

Que as lições desses acontecimentos recentes tenham servido para um futuro melhor e mais coerente entre todos os dirigentes do nosso futebol. Que as vaidades cedam à inteligência, que os homens aprendam com os seus próprios erros, que o diálogo jamais seja colocado à parte quando interesses mútuos dos maiores clubes do nosso futebol estiverem em evidência.

Tá na hora de rever conceitos, tá na hora de acabar de vez com esse provincianismo que isola o futebol baiano. Há mais de trinta anos o Corínthians disputou o título mais esperado por sua torcida, em pleno Morumbi, e ganhou. Enquanto isso, já consumidos quase 10% do Século XXI, o nosso futebol não saiu dos meados do Século XX.

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Roberto Cavalo deu uma de Artur contra o Baruerí… não deu pra entender a substituição de Rafael por Cléber Carioca. Não inventa não meu caro! Faz o feijão com arroz, quem teria de entrar naquela posição e naquele momento, seria Ananias.

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Rogério tá precisando ir pro banco pra deixar de pensar que é um craque. É apenas um bom jogador, mas tem falhado muito ultimamente, tá hora de refletir. Aliás esse mesmo mal sofreu Alison, até hoje o moço não retomou o seu vistoso futebol, aquele, de quando chegou ao Bahia.

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Tomara que Douglas tenha aprendido que cair para encenar tá muito manjado e só traz prejuízo à equipe. Enquanto ele estava fora o Bahia tomou o gol que não deveria.

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Finalmente um Governador e uma Primeira Dama que torcem pelo Bahia, independentemente, procurando sempre fazer o melhor. E tem feito. Ninguém há de negar isto.

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Petrônio deu o troco direitinho! Gostei. Sampaio deve estar com o cabeção dolorido até agora! Imagino as broncas que ele deve ter levado de Alex Portela e demais conselheiros.