é goleada tricolor na internet
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Publicada em 12 de junho de 2014 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Rachou em detrimento do Bahia

O “racha” dos dois principais grupos que deveriam estar unidos para fortalecer o Bahia, e não para enfraquecê-lo, vem desviando o foco sobre a campanha do clube no Campeonato Brasileiro que de um momento para o outro se tornou merecedora de críticas. Se por um lado é bom para que a diretoria executiva trabalhe sem pressão para encontrar a solução dos problemas em campo, por outro lado pode ser ruim porque essa desunião vai respingar, sem dúvida nenhuma, no E.C. Bahia como um todo.

O torcedor povão não está lá muito interessado em politicagem interna, o objetivo dele é o time de futebol em campo e não aquele que está jogando pessimamente fora de campo, como se verifica nos noticiários diariamente. Tá na boca do povo, como se diz, e a corrida pela sucessão já começou, pelo visto, com possíveis alianças que futuramente poderão ganhar corpo e compor uma chapa. As evidências estão claras nessa direção.

A Democracia tem também as suas regras e uma delas é o respeito ao estado de direito, por uma questão ética, inclusive. A autoconvocação do Conselho reflete muito bem as divergências existentes que já ultrapassam a esfera do diálogo e torna-se disputa pessoal por espaços.

Essa ausência de diálogo entre as partes danificaram os avanços e agora há um problema político dentro do clube de difícil solução. Cada lado quer ser mais que o outro – não entro no mérito dessas vaidades – e isso complica os avanços para a grandeza do Bahia.

Não quero dar razão por dar, a essa ou aquela facção política dentro do clube. Todos têm o mesmo direito, mas esse direito acaba onde começa o direito do outro. Isto sim é democrático. Ficar manipulando para macular direitos é cercear a transparência já tão abalada por distensão nas entranhas da própria instituição representada pelo Conselho. Não estou acusando nenhuma das partes, emito uma opinião segundo o que dá a entender.

Não seria, por exemplo, melhor e mais saudável para a transparência e bem do próximo pleito eleitoral no clube, em Dezembro, divulgar correta e devidamente no site oficial, o número de sócios que verdadeiramente estão em dia? Fala-se que há 30.000 sócios, mas quantos estão adimplentes? Esta deve ser a informação mais urgente que a diretoria deve passar ao torcedor. Afinal, não é a transparência a marca maior desse novo Bahia? Quanto mais sócios houver em condições de votar, menor é a possibilidade de prender o clube a esse ou aquele grupo.

O torcedor tricolor que pensa em democracia como fator essencial para o desenvolvimento do clube, não se apega ao resultado em campo apenas como condição para estar em dia. Ele cumpre com suas obrigações e fica com a poderosa arma do voto para mudar, ou não. Associar, eis como você pode deixar o clube pluralizado.

O que vejo aí é politicagem, queda de braço, luta para ver quem pode mais, entrevistas vaidosas e carregadas das verdades de cada um. Ora, a verdade é uma só, não existem duas verdades. O bom senso deveria ser a cartilha onde essa polarização agora instalada no Bahia deveria rezar. Mas isto só é possível quando as duas partes convergem em torno do mesmo objetivo sem, entretanto, precisar concordar com tudo necessariamente.

Divergir é salutar para o processo democrático em qualquer instituição, mas essas divergências não precisavam saltar os muros e alcançar as ruas, pois, chegaram do lado de fora confusas e contaminadas, e quando isso acontece é o sinal mais evidente de que a democracia se ausentou do processo evolutivo da instituição, ou está moribunda.

O que me causa perplexidade é que o presidente do Conselho Deliberativo quer a reunião para uma data e um grupo de 34 conselheiros, apoiado pela Revolução Tricolor, fez a reunião antecipadamente. Se está certo ou errado, não entro no mérito, porque eles sabem o que estão fazendo. Agora, é aguardar o resultado desse imbróglio e ver até onde vai essa briga doméstica. Fato à vista de todos é que há um problema e um racha, tipo cristal quebrado, e nesse impasse duas instituições ficam sangrando, são elas a Democracia e o E.C. Bahia.

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