é goleada tricolor na internet
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Publicada em 14 de maio de 2013 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Receita de bolo

De acordo com determinação do Departamento de Censura de Diversões Públicas do Ministério da Justiça, segue receita de bolo de laranja:

Ingredientes da massa:

1 xícara de óleo
1 laranja inteira
4 ovos inteiros
2 xícaras de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo peneiradas
1 colher de sopa de fermento em pó

Calda:

Suco de uma laranja
3 colheres de sopa de açúcar
1 colher de sopa de fermento em pó

Fricote:

Açúcar cristal para polvilhar

Modo de fazer:

Massa: coloque no liquidificador o óleo, a laranja inteira (com casca e tudo), os ovos e o açúcar. Bata até liquidificar bem todos os ingredientes. Em seguida misture à farinha e ao fermento em uma tigela plástica até formar uma massa homogênea. Não precisa usar a batedeira. Depois coloque a mistura do bolo em uma forma untada com um buraco no meio e deixe em forno médio por trinta minutos.

Preparo da calda: Leve ao fogo todos os ingredientes da calda descritos acima e deixe ferver de 3 a 5 minutos. Quando o bolo estiver pronto, faça alguns furos para receber melhor a calda quente. A calda e o bolo devem estar quentes ainda quando for cobrir o bolo com a calda.

Estando pronto o bolo, o torcedor do Bahia – para o qual esta coluna é voltada – tem duas opções: comê-lo inteiro, engolindo tudo “no seco” sem reclamar e sem nenhum líquido para ajudar a descer; ou arremessar a peça no meio da cara de certas pessoas que gerem certos times de futebol DE série C.

Pois é, Sua Alteza… ninguém na torcida tricolor, exceto os asseclas da tua corte, se importa com o brilho que emana do gel dos teus cabelos, ou seja: ninguém está te perseguindo nem levando para o lado pessoal coisa alguma. Ninguém está questionando o seu nobre ácido desoxirribonucleico; ninguém se importa com a tua riqueza, nem com a tua realeza, ou com a tua verve magnânima, ou com os teus diplomas, tampouco com a cor do rótulo do uísque que tu bebes em teus momentos personalíssimos e inalienáveis de libação alcoólica ao lado daqueles que te querem bem ou sugam o teu poder por meio de incondicional bajulação.

Tu provas, a cada dia, ser incompetente não apenas com este resultado. Não houve erros crassos de arbitragem que pudessem interferir no resultado; não houve acidentes de percurso, não houve dia ruim… domingo, por sinal, foi um dia muito querido por todos: o dia das mães; e feliz de Vossa Senhoria ainda ter uma mãe (caso ainda esteja viva) a qual tu deves amar incondicionalmente (e respeitamos muito, mas muito mesmo a figura materna de qualquer pessoa), mesmo tendo um dos produtos do seu ventre sido Vossa Magnificência Futebolística. Eu não tenho mais mãe ao meu lado de forma presencial, e neste dia muito triste para a minha pessoa, poderia pelo menos ter sido agraciado com uma exibição respeitosa do clube que aprendi a amar desde criança, inclusive mediante sacrifícios pessoais da senhora minha mãe, que sempre odiou futebol, ao levar-me ao estádio algumas vezes durante a minha infância apenas por muito me amar.

Antes que os caros dirigentes tricolores voltem a provocar o honrado Tribunal de Justiça do Estado da Bahia por causa destas minhas francas palavras, entendam que, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, incompetente é aquele que “revela falta de competência, de habilidade, de aptidão, inábil”. Entenda-se, pois, por habilidade (de cujo antônimo advém o adjetivo inábil) a qualidade de “quem tem uma disposição de espírito e de caráter que o torna particularmente apto para resolver as situações que se lhe apresentam ou para agir de maneira apropriada aos fins a que visa; astucioso, sutil, manhoso; esperto, sagaz”.

O mandatário do Esporte Clube Bahia, na qualidade de liderança maior do clube, comanda equipes de funcionários, devendo saber delegar funções e cobrar resultados, modificando o que for necessário se os resultados não são os desejados. Com a demissão do Sr. Paulo Angioni, exonera-se o responsável direto pelas contratações e montagem dos elencos de futebol profissional, sendo que este elenco atual já está sacramentado como inapto a disputar campeonatos de alto nível diante da horrível campanha neste horrível campeonato baiano. No entanto, este gestor demissionário não estava no clube quando dos rebaixamentos para a Série B em 2003, para a Série C em 2005, e das históricas e inéditas goleadas contra obscuros clubes do Ceará e para o maior rival em mais de uma ocasião; sem falar do inédito nono lugar no campeonato estadual há dez anos, fora outros vexames de menor estirpe. Com quatorze gols levados do maior rival em apenas três partidas, não há dúvidas que um time humilhado deste jeito por outro concorrente ao não-descenso no brasileiro não merece crédito algum.

O mesmo crédito reivindicado pelo capitão da nau tricolor ao acesso, ao novo CT, à marca de material esportivo e ao ônibus arrendado pode e deve ser conferido à diretoria do Bahia em igual proporção quanto aos progressivos, reiterados e preocupantes reveses; e é mais uma prova de que os seus maiores críticos, no mínimo, não estão sendo incoerentes ao colocar em xeque a competência e até a lisura deste presidente e equipe no trato para com as coisas do Bahia. Quem acumula campanhas pífias no comando de um clube com a história e com a tradição do Bahia jamais poderá ser chamado de competente, por mais que os tempos tenham mudado. Quem é competente também sabe se adaptar a qualquer realidade, e dentro desta realidade buscar soluções de melhoria.

Mesmo que o douto presidente tricolor não estivesse no comando em passado recente, estava o senhor seu pai; com o qual Vossa Senhoria já afirmou, em algumas ocasiões, escutar os seus conselhos; e diante da tanta experiência adquirida com seu genitor, os resultados em campo são praticamente os mesmos de antes. Inclusive em se tratando do cabalístico número SETE em suas vidas. Por favor, não me diga que acesso à primeira divisão é algo digno de rasgados elogios para um clube bicampeão brasileiro e um dos maiores recordistas em campeonatos estaduais no Brasil!

Falando do Tribunal de Justiça baiano, de acordo com informações do Conselho Nacional de Justiça, este já foi considerado o tribunal estadual mais lento do país em tempo versus passivo de análise de petições (dados de 2010). Procurar o Poder Judiciário em busca de reparações à honra supostamente maculada é direito inalienável de qualquer cidadão, inclusive do presidente do Esporte Clube Bahia. Entretanto, deve-se ponderar, e muito, o quanto um cidadão pode contribuir para tão desabonadoras estatísticas em se lotando as caixas de entrada das varas cíveis ou criminais diante de todo o exposto relacionado ao desempenho do clube nas competições que disputa; e consequentemente diante da massa cada vez maior de seus críticos, dentre os quais se incluem torcedores engajados e não engajados politicamente.

Onde está a perseguição pessoal, Presidente? Por que insiste em desviar o foco dos sucessivos e reiterados fracassos do clube em tua gestão e na gestão do teu pai? Respeite não somente a imensa torcida do clube, à qual o senhor deve plenas satisfações; mas também respeite a instituição do Judiciário, a qual já foi berço do grande Ruy Barbosa! Não seja infantil, pois a honra que o senhor diz ter não é maior do que os fatos e nem é maior do que a legítima e merecida critica à tua gestão!

Sendo assim, segue o Bahia no campeonato baiano em busca do resultado impossível no próximo domingo. A “estrela” pode brilhar e devolvermos com juros o placar de ontem? Teoricamente pode. Mas quem acredita nisso diante de uma das mais medíocres campanhas em campeonatos baianos em todos os tempos? Não seria provável nem justo, mesmo que o “injustiçado” seja o rival. Caso o “milagre” ocorra, nada mudará no Fazendão, exceto o fato do Reinado dos Factoides Infinitos ganhar sobrevida adicional e a estrela, quase apagada, lampejar cada vez menos até o seu lume extinguir-se completamente.

E, muito provavelmente, os sete de ontem serão café pequeno diante do que nos espera no campeonato brasileiro. Quem acredita em uma equipe competitiva e em uma campanha melhor do que o sofismático e fantasioso “quinto lugar do segundo turno” de 2012? Com a palavra, o torcedor do Bahia: do bigodudo de São Caetano ao mais ferrenho e agressivo ativista da dita oposição.

Saudações Tricolores!

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