é goleada tricolor na internet
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Publicada em 29 de maio de 2006 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Reflexões

Final de Maio, ocaso do Outono e também do campeonato baiano. Temperatura agradável para os mais acalorados, bom momento então para se pensar o futebol de forma mais ampla e organizada. A Copa do Mundo certamente nos imprimirá uma respiração mais ofegante, mas desviará um pouco o foco das insatisfações que perseguem o torcedor, especialmente o do Bahia. Felizmente o Colo Colo fez na prática o que desenhou no planejamento, chegou merecidamente ao título máximo do futebol baiano além de fazer o que o Bahia não conseguiu, desbancar o Vitória.

Bom clima portanto para os diretores e eminências pardas tricolores imaginarem um Bahia ao estilo das suas tradições, vencedor. Não seria nada mal se as reflexões na entre safra levassem os dirigentes à conclusão de que é preciso mudar, avançar, organizar e planejar devidamente o Bahia. Por exemplo, cairia bem uma auditoria que apontasse um caminho correto à seguir. Por que não? Grandes empresas, médias e pequenas assim procedem, é o norte.

Por que não se estabelecer uma consultoria contínua e profissional para dar assistência ao presidente do Bahia e à sua diretoria? Isto lhes proporcionaria uma gestão mais consistente e evitaria desgastes desnecessários nos vários segmentos que formam opiniões. Pois é, quem cuida de qualquer instituição pública ou privada deve recorrer a meios elementares e claros para ficar isento de culpas por omissão.

Um erro tático e primário da diretoria tricolor, com todas as características de apego e maldade, no mínimo “desinteligente”, é impedir o torcedor de ajudar ao seu clube do coração tornar-se forte e democrático, se associando. Como é que se pode achar que atrasar salários dentro da instituição é algo normal? Seria realmente normal, buscar uma receita no quadro social à médio prazo, aproveitando o momento que dá ao torcedor a esperança de poder votar democraticamente, certo ou errado, mas sabendo que está participando de um processo. Mais inteligente que pensar o Bahia de forma egocêntrica e pequena é manter o clube saneado e ter a consciência de que se está fazendo o melhor possível.

Não quero me prolongar muito neste assunto, reconheço que é uma parada dura e desigual, lidar ainda que à distância, com a política no Bahia. Chegar ao ponto de funcionários parar o Fazendão é algo que me deixa muito confuso e cético em relação ao futuro do clube do meu coração. Sinto apenas vergonha, o vexame fica por conta de quem de direito. Falemos então de uma outra estrutura também carente de renovação, de idéias e planejamento.

Não diferentemente dos clubes de futebol, a FBF também deve se organizar e pensar sobre os exemplos deste ano e planejar um campeonato para 2007 muito mais atraente. É só montar um departamento de marketing competente, vender boas idéias às prefeituras, indústrias e comércio das principais cidades do interior que seriam os casos de Feira de Santana, Conquista, Itabuna, Juazeiro e Ilhéus, para que estes órgãos se sintam atraídos ao ponto de investirem forte em seus representantes e estes possam formar times bastantes competitivos.

É possível que surjam forças organizadas, assim como foi o alegre e competente COLO COLO deste ano. Algo que diga respeito a planejamento e organização deve ter acontecido em Ilhéus, porque obra do acaso não foi. Seria tão bom se os dirigentes se competrassem das mudanças necessárias! Que maravilhoso seria se dirigentes do Galícia e do Ypiranga pudessem discutir uma fusão para saírem do estado letárgico em que se encontram! Bem que a FBF poderia mediar algo assim, não? No Paraná deu certo e não há arrependimentos. Lá está o Paraná Clube, fusão de Pinheiros e Colorado.

O Parque Santiago, em área nobre, é uma valorizada realidade. A Vila Canária tem uma bela estrutura, porém relegada ao abandono. Seria só discutir qual dos dois patrimônios deveria ser transformado em dinheiro para investir numa só estrutura. Sonho? Não, apenas uma simples sugestão. Depende, porém, sabermos se esse pessoal está consciente de que o futebol moderno não pertence mais às paixões dos antigos dirigentes, isto fica apenas para o anônimo torcedor. O futebol virou negócio, empresa que para sobreviver tem que ir além das retangulares linhas de um campo de futebol.

O quadro de árbitros da FBF é um outro ponto a ser discutido e esgotado até se chegar à conclusão de que um árbitro tem que ser um funcionário de carteira assinada na FBF. É preciso profissionalizar o árbitro de futebol, treiná-lo diariamente, assim como é feito com o jogador. Isto lhe daria uma condição técnica e apurada que o habilitaria com mais facilidade à CBF e outras federações que pretendessem seu concurso. A FBF necessita dar assistência psicológica aos árbitros para evitar desequilíbrios e inconseqüências como foram verificados com o árbitro Fernando Andrade no último Ba-Vi.

Enfim, aproveitemos a hegemonia quebrada pelo Colo Colo e, com consciência responsável, cheguemos à conclusão de que estamos fracos e carentes de melhores idéias. Talvez na renovação encontremos a explicação plausível para o fracasso do futebol baiano, afinal de contas estamos na terceira divisão. Será que o nosso Colo Colo está forte pra valer, ou são Bahia e Vitória, agora, os novos tupiniquins do futebol baiano? O fórum de discussão está aberto.

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Desde o início venho dizendo que o grito de “é campeão, é campeão” não teria muitas vozes. Não que o Colo Colo não tenha torcida, mas se comparada à torcida do Bahia e do próprio Vitória… realmente é bem menor a galera torcedora do simpático Colo Colo.

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Que maravilha Ilhéus, que time de garra e técnica que você formou! O Colo Colo se impôs do início ao fim, respeitou mas não temeu ninguém! É um verdadeiro tigre. Não poderia o título estar em melhores mãos neste ano. Este título que Ilhéus através do seu digno representante, conquistou, não é uma honra só para aquela belíssima e morena cidade, mas para todos nós baianos!!

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Meu agradecimento ao Coronel CRISTOVAM RIOS e ao seu filho MARCELO, torcedores do rubro negro, que teve a gentileza de levar ao Barradão o meu filho José Renato e o meu sobrinho Felipe Baruzzi (sobrinho por consideração). Lá, com todas as honras, assistiram ao jogo na tribuna de honra com direito a gozações de parte à parte. Eu imagino Renatinho, que assim como o pai, é torcedor ferrenho do tricolor (encarando 2×0 do VICE), sendo alvo das gozações dos seus anfitriões (Felipe também é rubro negro), mas depois… 4×2, foi demais!!

Brincadeiras à parte… Muito obrigado, coronel Cristovam!

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