é goleada tricolor na internet
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Publicada em 13 de outubro de 2013 às 00:00 por Vladimir Costa

Vladimir Costa

Reforma ampla geral e irrestrita! Só que não…

Pouco mais de um mês após a posse da nova diretoria e três livres da Dinâmica Futurista que atrasou o clube por quase vinte anos, o Bahia é um verdadeiro canteiro de obras. As mudanças começaram em diversos setores – uns mais visíveis, outros acontecem nos bastidores e apenas a zoada das marteladas são percebidas por quem está do outro lado das madeirites.

Ainda me apegando à analogia de uma edificação, concluo que o Bahia é como o Iguatemi. Ninguém discute que ele é o principal shopping de Salvador. Mais antigo, famoso, movimentado, devidamente estratificado (1º piso é da ralé, 2º piso da ralé metida a besta, 3º da ralé realmente besta), maior mix de lojas e serviços etc. O bicho é tão importante que até o bairro onde ele fica perdeu o nome e hoje todos chamam-no de Iguatemi e ponto.

Tudo lindo, maravilhoso? Não. Quem tem a possibilidade de ver o Iguatemi pelo alto percebe o grande cacete armado que ele é. O centro de compras, que na sua inauguração não tinha um quinto de sua área atual, foi sendo formado através de puxadinhos, pra cima, pro lado e pra trás. Por dentro isso é visível também.

O bicho é todo armengado, pisos de cores e materiais diferentes, estilos diversos e corredores que parecem labirintos arquitetados pelo capeta para que nos percamos e fiquemos mais tempo gastando nas lojas.

E o Bahia, onde entra nisso? Coincidentemente, o Iguatemi nasceu na década mais triunfante do tricolor, a de setenta. Nos anos oitenta, com o Pólo bombando, o shopping cresceu junto com a cidade e se consolidou como o preferido da maioria dos baianos, tal qual o Esquadrão.

A diferença surge a partir da década seguinte. Novos shoppings mais populares começam a aparecer como alternativa ao pioneiro; no futebol, o rival de Canabrava inicia sua brilhante campanha para se tornar o vice-de-tudo. A resposta do Iguatemi foi intensificar suas gambiarras e aumentar sua variedade e quantidade de lojas. E o Bahia? O Bahia, além de não crescer, insistia em suas técnicas administrativas do tempo da Pharmácia e dos Secos-e-Molhados. O último suspiro do modo maracajá-guimarães de administrar se deu no triênio 2000-2002. Depois disso, os armengues, as gambiarras e as paredes fora de prumo começaram a cobrar seu preço.

No Iguatemi, bem perto surgia o Shopping Salvador. Bonito, moderno, organizado, com status superior e ajudado por um Iguatemi acomodado devido à mediocridade dos demais concorrentes. O veterano tratou de reagir com uma maquiagem na fachada e nova ampliação. Já não é o maior e mais bonito, mas ainda dá no couro.

O Bahia está nesse estágio agora. A ameaça de perda de torcida não se limita apenas a seu rival histórico, mas também à presença cada vez mais maciça de Corinthians e Flamengo na TV, além de jogos europeus e da deificação de jogadores de fora ante o comportamento boêmio dos atletas do Tricolor.

A nova diretoria ainda está tentando escorar as paredes para que tudo não venha a ruir de vez. Todos sabem que o problema do clube é estrutural, e mesmo cultural. Estrutura burra, viciada e deficitária, cultura de clientelismo, coronelismo e tiririquismo. No entanto, de nada adianta querer fazer uma cirurgia de canal em quem está entubado. Não adianta tirar o piso de taco pra por porcelanato na véspera do Natal. O que há de urgente para ser consertado será feito no tempo certo e quando houver condições financeiras.

Como toda grande obra, a reforma do Bahia não será feita em um mês, ou mesmo em catorze. Como em toda obra de reforma, primeiro começa-se tirando o que há de ruim, podre, velho e ultrapassado para depois se começar a construir o novo. Como em toda obra de reforma, os trabalhadores tem que lidar com o entulho e muitas vezes até reutilizá-lo na própria construção. Como em toda grande obra, acidentes e equívocos acontecem, mas a CIPA / Conselho Deliberativo está vigilante para isso. Vamos torcer para que no final, tenhamos nosso Iguatemi tricolor bombando de volta.

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Madson acertou seu primeiro cruzamento desde que virou profissional na quarta passada. Coincidência ou não, o Bahia venceu o rival do aterro pela primeira vez em dois anos.

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No começo do ano, Titi foi acusado de barqueiro, paneleiro, enterrar o baba nos Ba-vices e tal, mas vendo seu papel de liderança e como ele motiva o time antes das partidas, concluo que ele é apenas ruim e ponto.

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