Comedido e apresentando melhoras pontuais em seu conhecimento técnico Guto Ferreira está pondo em prática o somatório das suas experiências durante suas férias na Europa com o que ele já possuía fazendo então um coerente planejamento para montar um time tecnicamente bem estruturado e entrosado.
Tudo isso, claro, de acordo com material humano que o clube colocou à sua disposição. Se dará o resultado esperado dentro de
campo é uma outra história, mas para contá-la temos que aguardar o desenvolvimento prático desse trabalho.
Essas experiências visam entre outros benefícios manter o grupo coeso e com a certeza de que todos têm chances iguais e justas. Não desmotivar o elenco é base elementar de quem quer montar um grupo forte e de superação.
É claro que isto terá bônus e ônus. A essa altura desempenhando papel de manager técnico Guto deve ter refletido o bastante para arriscar seu próprio futuro no clube se tornando filosoficamente sistemático — que é igual à metódico, ordenado, observador, periódico etc. etc…
Particularmente, gosto de ver a prata egressa da Base sendo aproveitada de forma responsável no campeonato estadual porque o momento certo para isso é este. A competição doméstica tem esse viés técnico que permite experiências.
Nada com pressa, tudo dentro de parâmetros razoáveis e bem planejados pela comissão técnica tricolor.
Apesar do exposto acima sigo pensando que o lado motivacional e financeiro dos campeonatos estaduais faliu porque não evoluiu em nada! No nosso caso a competição causa prejuízo a Bahia e Vitória porque foi ultrapassada por outras competições mais atrativas e não desperta o interesse dos grandes patrocinadores.
O pior desse contexto é que nada se faz para para que haja melhora, pelo contrário, nem a devida vistoria dos estádios são feitas — pelo menos em Jacuípe, onde o Bahia foi jogar, não havia iluminação e nem o gramado oferecia condições sequer razoáveis para o evento.
O Presidente da Federação Baiana de Futebol se acomodou naturalmente pela própria facilidade de se reeleger a cada período. Pior; a maioria dos votos são de ligas amadoras e os dois grandes clubes da Bahia aceitam passivamente esse continuísmo que mata a motivação e acanha a criatividade por inércia.
O campeonato estadual funciona bem como laboratório para a montagem de um grupo entrosado dentro dos vestiários e em campo, mas não serve para aquela avaliação técnica que indica se o time está adequado para competições em nível nacional.
Imagino um futuro no futebol brasileiro sem a batuta das federações que efetivamente atrapalham mais do que trabalham. Creio que as ligas sejam mais eficientes, assim como já o são as do Nordeste e a chamada Primeira Liga — Sul e Sudeste.
O futebol se profissionalizou muito! Nele cabe apenas competência. Quem não a tiver vai ter que ceder o lugar. A realidade dos fatos é que as federações estacionaram na época da carta registrada e do telegrama, especialmente a baiana.
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