é goleada tricolor na internet
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Publicada em 12 de outubro de 2009 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Sem nenhum compromisso com a camisa

“Por que Viagra é azul? Porque se fosse tricolor não subia”… “Sabe por que torcedor do Bahia não ganha nada no Bompreço? Porque não tem um bom clube”… Houve até quem me enviasse uma fotografia do Michel Jackson com uma camisa tricolor e com a seguinte frase abaixo da foto: “só falta enterrar”…

Em época de fracassos é assim. Nada presta e tudo é gozação. Há quem diga que as mulheres, torcedoras rubro-negras, preferem namorar com quem é torcedor tricolor – elas sabem que a gozação é grande e não dá briga, ficam mais felizes gozando com tricolores…

O Bahia é atualmente sinônimo de antítese, há oposições de idéias para todos os lados, tá tudo confuso. “Nasceu pra vencer” não conjuga mais com o Bahia, não dá mais liga. A torcida se opõe à diretoria e o time se opõe à todos com repetidos fracassos.

O buraco é mais profundo do que imaginei e parece não ter fim. Melhor que tivesse, pois assim começaria tudo outra vez, sabendo de onde estava emergindo. Quem empurrou o Bahia pra baixo o fez com categórica maldade, agora fica na torcida para que o caos se instale efetivamente, para aparecer de novo.

Enquanto isso, hienas riem pelas redondezas o seu riso de fera e esperam um vacilo mínimo para se apoderarem do que restar da caça. Seguem o rastro de sangue que elas mesmas provocaram e torcem para que seja só uma questão de tempo…

Um amigo me disse noutro dia que se estivesse no lugar de Marcelinho definiria o novo Estatuto, anteciparia as eleições em um ano, e sairia por cima, com moral elevado. Assim, segundo ele, calaria definitivamente os adversários e as suas vozes não teriam ecos. Se é certo ou não, eis a questão. Dentro de uma panela de pressão dessas, eu faria isso.

De certeza mesmo só a má fase do time. Não sei se é por ser ruim de fato, ou se uma baita de uma insegurança se apoderou do grupo. A realidade é que nada deu certo em campo. Esse grupo, na sua maioria ajuntado por empresários, não funciona sob hipótese alguma. Nenhuma diretoria, de clube algum, se sustenta com qualquer projeto se um mínimo de coisas boas o time não faz em campo. Pelo menos a lição de casa teria que ser feita.

Quando aconteceu aquele fracasso no campeonato baiano, o time do Bahia teria que ser refeito. Mais de 70% do plantel teria que ser mandado embora e, aí sim, recomeçaria tudo de novo, mas jamais pelas mãos de empresários, ou pelo menos com um mínimo de participação desses. O Presidente tricolor, ou mesmo o gestor do futebol, à época, teria que bater à porta do São Paulo, Santos, Palmeiras, Grêmio, Cruzeiro, Corinthians, Internacional, Flamengo e clubes do interior paulista, para fazer um time.

Diogo não deu certo porque a essa altura ninguém dá certo nesse time aí com psicológico em frangalhos. Nem os três Ronaldos, se viessem pra cá, fariam algo acontecer no Bahia.

Não é uma questão de preconceito, mas o empresário do futebol de hoje tem uma função muito mercenária. Antes era uma relação profissional e respeitosa, era sempre bom para o clube e para o agente, hoje é só jogo de interesse unilateral. Eles até trazem alguns jogadores razoáveis, mas de que adianta esses razoáveis jogadores se os mesmos estão parados ou vindo de contusões prolongadas no seu tratamento?

Empresário nenhum tem compromisso com torcida alguma, ou com clube algum. Ele quer é colocar o seu jogador em evidência. Se der certo, ótimo. Se der errado, paciência. O que o empresário quer é um “laboratório”. O Bahia tem sido esse “laboratório”.

Laboratório por laboratório, teria sido melhor laborar jogadores como Roberto, Marcone, Marcos, Ananias, Bebeto, Douglas – que não entendi sua dispensa temporária para trazer um ou outro de menor capacidade técnica -, Wilames e mais outros da Base para mesclar com Nen, Fernando, Marcelo, Beto, Leandro, Hélton Luiz, Jael, Nadson (…) e talvez mais um ou dois do atual elenco.

Falou-se lá pelo mês de Abril que Paulo Carneiro teria brigado com um empresário e até teria tentado proibir que o mesmo frequentasse o Fazendão. Mas pelo que ouvi, na ocasião, o Presidente Marcelo teria encontrado um denominador comum para a situação. Se foi bom não sei, e não sabe ninguém! Os bastidores do clube são iguais às casas de marimbondos quando algum desavisado se aproxima: só se sente a dor da ferroada, mas não se sabe qual foi o marimbondo.

O problema é: por que Carneiro teria “brigado” com o empresário ao ponto de proibi-lo no Fazendão? No meu modo de ver seria porque o empresário não tinha critérios saudáveis na escolha de jogadores para o Bahia. O lado pessoal dos seus interesses teria falado mais alto, em detrimento do clube. O que me deixa intrigado é que Paulo Carneiro tem trânsito bom na maioria dos clubes brasileiros.

Aconteça o que acontecer, tomara que não o pior de tudo, mas a diretoria tem que começar o ano de 2010 fazendo com que o técnico – seja esse qualquer – coloque um time com base na “prata da casa”, e nem seja preciso recorrer atabalhoadamente a empresários. A torcida tá cansada de ver um time morto dentro de campo e sem nenhum compromisso com a “camisa”.

“Xá pra lá que é mió, sô!”, diria o mineiro matuto.

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