é goleada tricolor na internet
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Publicada em 1 de novembro de 2008 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Sentimentos Oponentes

Confesso-me um tanto introspectivo, e tentando tirar dessa introspecção o máximo possível para saber, desde o meu auto-conhecimento, o que leva o ser humano ao amor e ao ódio na mesma proporção em ações simultâneas. Estou tentando compreender essas duas razões distintas, ou esses dois sentimentos oponentes, como queira você.

Matar por amor seria ódio, ou egoísmo? Odiar um por amor ao outro, seria o quê? No primeiro caso, creio, seria ter ultrapassado todos os limites da razão substituindo-a pelo egocentrismo cruel. O recente caso de Santo André-SP explica-se assim. No segundo caso seria uma transferência de culpa que a própria consciência impõe. Ou seja: “tenho culpa, mas não digo isso nem a mim mesmo!”.

Eu volto ao passado recente e rememoro a ação infeliz da torcida Terror Tricolor quase enloquecida pelo amor doentio a uma instituição, no caso o Bahia, que com visível ausência de piedade pelo ser humano delinquiu numa inconsequente disposição extrema de matar ou morrer. Este foi o meu sentimento ao observar as imagens do fato.

Em uma escala de menor proporção, na grande maioria da torcida tricolor, nutre-se um sentimento de ódio e vingança contra todos aqueles que formam a diretoria do Bahia. Por acaso não pretendeu a diretoria tricolor fazer um trabalho que fizesse a felicidade de todos? No meu entendimento, sim! Má vontade é uma coisa, incompetência é outra completamente diferente, e isto é fato no Bahia. Os resultados da gestão estão aí para não me deixar ser injusto nesta crítica.

Por outro lado a angústia que se apoderou da nação tricolor está embasada no ócio que ao longo de tantos anos não permitiu à torcida pressentir que a derrocada se aproximava com passos largos. Eis o ócio permissivo, eis o sentimento de transferência de culpa da qual somos acusados pela própria consciência.

Se o Bahia chegou onde chegou, então somos todos culpados por esse estado de enfermidade que até aqui continua sem cura e enfraquecendo cada vez mais a sua estrutura. Por quê esse grito uníssono de liberdade não ecoou desde o passado remoto? Por quê só agora (…) se descobriu que precisa haver democracia no clube? O ócio explica.

Mas como todo sacrifício é portador de benefícios, foi preciso a Fonte Nova ser fechada para ser notado o tamanho da incompetência que vem gerindo o Bahia durante todos esses anos! O Bahia era um clube mascarado pela própria torcida que o sustentou, ou melhor, que sustentou todas as gestões até então.

De 1990 para cá todos os modelos administrativos do Bahia foi um fracasso mascarado por um fluxo de caixa bancado pela torcida. O que automaticamente dispensava qualquer compromisso com o planejamento amplo. A proposta era ganhar campeonatos regionais e fazer uma campanha regular no campeonato brasileiro.

Era comum ouvir a voz “contratem que a torcida paga!!”. Afinal um clube que proporciona público médio, numa Terceira Divisão, de 40.000 mil torcedores, convenhamos, é algo que faz brilhar qualquer gestão mediana e, ainda por cima fortalece de forma “paraguaia” essa gestão, mascarando assim a realidade do clube com o aval indireto da torcida.

É por isso que todo o cuidado, doravante, será pouco para se definir o novo presidente. O perfil terá que ser específico e de acordo com a revolução global do futebol. O Bahia não pode e não deve continuar sendo gerido com foco apenas nas bilheterias do estádio de mando seu. Cada qual no seu cada qual. Nada de deputados, nada de radialistas, nada de engenheiros… ou tudo isso! Contanto que esse candidato seja, também, um acadêmico em gestão administrativa de empresas e com experiência comprovada.

Vamos por um fim nessas nomeações através de grupos oponentes, cada um indicando o nome que lhe convém. Para ser presidente de um clube como Bahia é preciso muito mais que ser torcedor ferrenho. É preciso antes de qualquer outra virtude ser um profissional de currículo indiscutível.

O aprendizado tem sido doloroso, mas os benefícios que emanam desse aprendizado é para fazer do Bahia um clube definitivamente grande, à altura da sua tradição e da sua torcida. Eu gostaria muito de ver nomes como Fernando Schimidth, Reub Celestino e Virgílio Elísio dispostos à candidatura. São nomes de experiência comprovada e caráter indiscutíveis. Mas certamente há outros com os mesmos valores.

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O tamando do futebol baiano é do mesmo tamanho da mentalidade dos seus dirigentes. Imagine o presidente do São Paulo anunciando como uma contratação de impacto a cozinheira do Palmeiras. Nada contra as cozinheiras, admiro-as. Mas cada macaco no seu galho. Esse Sampaio é de lascar o cano!!

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Ferdinando Teixeira… por quê será que ele não toma a decisão de afastar a maior parte desse time considerado titular, dando oportunidade aos jovens da Divisão de Base? Será que ele pensa que ficaria pior? Pior que isso aí, amigo, que você considera titular, não existe!

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O asco tem forma e procedência: o time do Bahia quando em campo, fingindo que está jogando. Procedência: Itinga. É duro assistir esse time jogar. Marcelo Ramos é a excessão.

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