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Publicada em 17 de setembro de 2007 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Tapas e beijos

Logo ali abaixo, o Bahia entrava em campo sob intensa ovação da sua torcida, e na minha cabeça passavam “filmes” de épocas gloriosas com o Bahia disputando posições entre os melhores da Primeira Divisão. Eu estava lá, no segundo anel da Fonte Nova ao lado do meu irmão, sobrinhos e amigos, e pouco me importava que o jogo fosse com o ABC de Natal, um time bem postado taticamente e marcando implacavelmente o Bahia no seu campo.

Parte do setor de meio-campo do Bahia não funcionava com Preto e Cléber, e o adversário só não incomodava Márcio devido ao bom sistema defensivo que o Bahia possui atualmente, principalmente o “miolo de zaga”. Na frente, Nonato e Charles, tentavam na garra, suprir a má performance de Cléber que não está fazendo jus à camisa dez, ainda. E Preto está completamente fora de ritmo.

No intervalo do jogo fui ao bar mais próximo e ali vi todo o descaso do qual a Fonte Nova é vítima, há muito tempo. Pasmem, pessoas mijando (perdoem-me a clareza rude) nas paredes e portões ao lado do bar, sem nenhum pudor, e uma fedentina horrível de água misturada com urina, podres. Falei com uma pessoa que aguardava ao meu lado o garçom trazer a cervejinha, sobre aquela “falta de educação” e ele me disse: “se você for ao mictório leve uma jangada, senão você morre afogado em urina”. Tava explicado então o motivo da “má educação” do torcedor.

A verdade é que a conservação da FN é pífia e inconseqüente. Sim, inconseqüente porque aquela podridão que se confunde com bares e mictórios pode causar danos à saúde do cidadão. E para as mulheres que freqüentam a FN, há pequenos sanitários químicos para elas?… deveria. É o mínimo que se pode imaginar. Fora disso é falta de respeito, mesmo!!

Mas voltando ao jogo, após a minha incursão pelo descaso da administração da Fonte Nova; já no segundo tempo vi um Bahia guerreiro que se superou em campo com sobras! Vi um Nonato jogando bola (e não digo isso pelos dois gols de pênaltis) com técnica, voltando as vezes para buscar jogo, e uma garra impressionante.

Vi um Bahia que logo cedo perdeu Fausto, expulso pelo exagero da vontade de ganhar e não por má intenção, digamos imprudência, suprir deficiências e se tornar senhor do jogo com cada jogador dando o máximo de si. Vi Emerson (estava muito bem na partida) cometer um pênalti e a sorte salvar o Bahia. Aquele é o Bahia candidato à Série B, favorito pela garra, pelo resgate da tradição de jamais entregar o jogo antes do apito final do juiz. É esse Bahia que a torcida gosta de ver, independente de jogar feio ou bonito.

É interessante, curioso até, como há jogadores que só sabem jogar num determinado clube. É o caso de Nonato, particularmente no Bahia. Eu que fui crítico das suas atitudes inconseqüentes do passado, achando-o inclusive, desagregador de grupo, atualmente tiro o chapéu e reconheço que o Bahia precisa muito dele, o Nonato atual. É só uma questão de fazer justiça a quem está merecendo.

O Bahia é pródigo em ter ao longo da sua história jogadores irreverentes, entre tapas e beijos com a torcida, como Beijoca e Léo Bríglia, e com Nonato não é diferente, continua a saga. Se formos mais ao fundo do baú encontraremos outros. Mas no final, apesar dos tapas e dos beijos, eles entram para a galeria dos “monstros sagrados” do Bahia, com o aval da torcida.

Aliás, já não tenho mais dúvida sobre esse grupo de jogadores que o Bahia tem atualmente. São homens comprometidos com o objetivo de levar o clube à Segunda Divisão. Dizem que o jogo no Amazonas, contra o Fast, foi uma batalha das mais difíceis. Concluo que, na medida em que os adversários vão se tornando mais difíceis a cada fase, o Bahia vai conscientemente melhorando tecnicamente e superando os mais diferentes obstáculos nessa caminhada.

XXX

Nota zero para a diretoria do Bahia na transação de Danilo Rios. Até poderia ser vendido, mas de uma outra forma e por um outro valor bem acima do anunciado.

XXX

Os direitos federativos de Alisson, a quem pertence? É um jogador de muito futuro e o Bahia precisa ir cuidando desse caso com muito cuidado. No mesmo patamar de futuro está Eduardo, é preciso não fazer mais asneiras como as sacramentadas com Daniel Alves e Danilo Rios.

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