AMARRA-SE o burro onde o burro do dono quer. Gosto dessa máxima popular porque ela define atitudes medonhas como a de Jorginho ao escalar muito mal o time e contrariar uma lógica evidente: a do entrosamento. Foi mal também com explicações de conteúdo pobre no pós jogo quando cravou deixando dúvidas “temos de encarar a realidade” ao ser inquirido sobre a atual colocação do Bahia na tabela.
Quis dizer ele realidade do Bahia, ou realidade eventual? Bom esclarecer porque ficou um duplo sentido no ar. Passou muito mal a mensagem que revela por si só insegurança e ao mesmo tempo a transmite ao seu elenco.
“Estava de costas, não vi mesmo a jogada — terceiro gol sofrido. Estava cansado já, muito tempo sem jogar. Faz parte. A culpa é minha. A culpa da derrota do time é minha”.
Portanto, ao Feijão, culpa nenhuma deve ser imputada, pelo contrário, temos de reconhecer sua sinceridade. Ao técnico, sim, toda a culpa, clara e insofismável, que aponta para o início do desmonte do trabalho deixado por Guto Ferreira.
Lucas Fonseca, Armero, Régis e Juninho no banco, isto significa que estavam aptos para jogar e nenhuma ressalva que conote cuidados preventivos teria de ser feita pelo técnico sobre estes jogadores. Simplesmente deveriam estar no jogo a bem de um indiscutível e lógico juízo claro dos fatos.
O Bahia tem departamentos especializados, e, se esses jogadores foram disponibilizados para o departamento técnico de futebol, não há o que discutir, coloca-os em campo pelo aspecto do entrosamento que há e vai ajustando as linhas no decorrer do jogo.
Podem arguir que o time jogava bem e não merecia um placar dilatado. Mas quem dilatou esse placar foi o próprio técnico, que escalou respectivamente jogadores emergentes e fora de ritmo em detrimento de um conjunto bem entrosado em campo que vinha dando certo.
Aos 19 minutos do segundo tempo, Jorginho resolve substituir Allione por Gustavo, com o Bahia bem em campo. Se alguém tivesse de ser substituído, esse jamais deveria ser Allione. Nesse caso, mandaria a sensatez substituir Edigar Junio por João Paulo.
Pior que Jorginho no Itaquerão, só vi o juiz. Este expulsou injustamente o jogador corintiano e, pelo dolo do medo, resolveu compensar expulsando Renê Junior.
Por que Maikon Leite não joga nesse time? O que há com ele? Tecnicamente, sempre se destacou por onde passou. Há uns quebra-cabeças no Bahia que vão colocando em dúvida a diretoria de futebol do clube.
COMPARANDO O GORDO COM O MAGRO
Prefiro o charme gordiolano à sisudez dos brucutus representada por Feijão através das convicções de Jorginho. Pobre Juninho… que dirá a essa altura dos acontecimentos vendo a sua técnica ser preterida em detrimento do bom futebol e à favor da insegurança que sugere preferências robustas e mais afeitas ao MMA?!
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