é goleada tricolor na internet

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Coluna

Publicada em 06/08/2020 às 19h14

Um problema crônico...

Temos um problema crônico: falta de ímpeto e garra, para dizer o mínimo. É extremamente curioso o fato de que o Bahia apresenta, quase sempre, certa regularidade no início das competições e, com o passar do tempo, nas fases finais e de maior importância, o time simplesmente se desfaz. A impressão é de que os jogadores, com algumas exceções, não podem ver a oportunidade de fracassar — de passar um vexame — que eles aceitam de braços abertos. Derrotas para o River-PI, Vitória-BA, Sampaio Corrêa (duas vezes), Liverpool-URU e a lista parece querer continuar.

Enquanto isso, Roger Machado nos coloca em um eterno pesadelo, repetindo as mesmas frases: “A hierarquia determina(…)”; “A defesa do adversário estava bem postada(…)”; “Jogamos bem, dominamos o jogo, mas o futebol tem disso e infelizmente o resultado não veio(…)”. O resultado não está vindo nunca, entretanto, as vergonhas são cada vez mais constantes. Estamos cansados de discursos vazios e distantes da realidade.

Em uma análise mais fria, podemos enxergar da seguinte maneira: podemos jogar contra a defesa de um time de série A, como foi o caso do Ceará; ou contra a defesa de um time de série D, a exemplo do Atlético de Alagoinhas — que jogou com um jogador a menos desde o primeiro tempo. Qual a diferença? O time da série A, no agregado de 180 minutos, nos goleou. Já o time de série D, com um a menos, conseguiu o empate com méritos. Talvez isso seja um forte indicador de que passaremos sérios problemas no campeonato brasileiro.

Não há como defender a manutenção de Cerri e Roger Machado. Contudo, no caso do técnico mencionado, quem poderia realmente substituí-lo? Honestamente, não enxergo um único treinador brasileiro que tenha uma proposta verdadeiramente moderna e coerente com o que precisamos. Talvez seja a hora de olharmos um pouco mais para fora do país. Os técnicos argentinos fazem sucesso na Europa, marcando presença nos maiores campeonatos do mundo: Espanhol, Italiano, Inglês, Alemão e outros. É algo a ser pensado, com certeza.

Por fim, o que mais entristece é que estamos deixando passar uma oportunidade única de estabelecer registros históricos e que, evidentemente, marcariam a dominância do Esporte Clube Bahia em todo o território do norte e nordeste do país. Algo que certamente nos proporcionaria lastro e confiança para enfrentar o cenário nacional com maior amplitude e imponência. De momento, ficamos apenas com o gosto amargo das derrotas vexatórias e a certeza de que esse “domínio” se encontra apenas no papel... Já que o Tricolor de Aço é o que possui a maior estrutura e o maior orçamento de toda a região mencionada anteriormente. Os títulos? Nas mãos dos outros que, com muito menos, fazem muito mais.

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