O Esporte Clube Bahia se tornou uma ONG de sucesso. Enfim, deixou de ser um Clube de Futebol. Observe, leitor, como chegar à conclusão dos fatos por simples analogia; a meta não é mais a bola na rede, mas o Clube está nas redes sociais se destacando em ações afirmativas em uma escala sem precedentes na história do Futebol.
Fomos até capazes de transformar uma derrota para o Flamengo em festa de ações sociais e, perder para o Sport, virou um nada. Afinal é o caminho inverso que vale no Bahia e, portanto, a série B é só um pequeno detalhe na vida do clube.
Não caro leitor, não estamos aqui desprezando as ações sociais ou a sua relevância na construção de uma sociedade mais justa, mas não podemos nos afastar do principal objetivo de um Clube de Futebol, que é a conquista de títulos e a formação de talentos. Uma vez feito esse dever, as ações sociais virão a reboque.
Ao que parece toda essa lacração é mais para massagear o ego e colocar em evidência pessoas com suas ideologias antifutebol e não a instituição, com objetivos que se afastam do sentimento “Nasceu para Vencer” e sim criando o sentimento “nasceu para me servir” — sabemos que a ideologia de Guilherme Bellintani é progressista, cujos objetivos são claramente voltados para cargos na Política partidária.
A tragédia estava anunciada dentro e fora de campo, e as escolhas do Presidente do Esporte Clube Bahia comprovam o seu total desconhecimento do produto Futebol, a sua incapacidade e incompetência para gerir o clube e compreender a história, bem como, a grandeza do Bahia. Em suas entrevistas o Presidente sempre declarou que a realidade do Bahia era ficar entre nono e décimo quarto lugar e, que a Libertadores, seria um sonho distante.
Agora imaginem a força das suas palavras no meio dos atletas e Comissão técnica! Esse complexo de cachorro vira-lata vem sendo a tônica de quem vem comandando o Bahia nos últimos anos, pois, vendem uma coisa e entregam outra completamente fora dos anseios do sofrido torcedor.
O ditado “nada é por acaso” se aplica perfeitamente a vergonhosa queda do Esporte Clube Bahia para a Segunda Divisão. Não é por acaso que Diego Cerri saiu do Bahia deixando o time de futebol com péssimas contratações e inexplicáveis renovações — como a do Goleiro Anderson, por exemplo. Não é por acaso que Dubriscky saiu do Sport deixando o Clube em situação semelhante à do Bahia. Também não é simples coincidência, amigos leitores, que tanto Diego Cerri quanto Dubriscky tenham rebaixado respectivamente Grêmio e Bahia.
Não podemos falar em azar, ou apenas dizer que isso é uma mera coincidência, mesmo porque coincidências não existem. Tudo tem uma razão de ser. A incompetência se sobrepõe a qualquer resultado. Não seria exagero afirmar que Bellintani e Vitor Ferraz não entendem o Bahia e nem de futebol. Muito menos se identificam com a história do Clube. Exceto se história também significar fracassos.
Pensam que acabou por aqui? Não, existem outras situações que não podem ser desprezadas e precisam da reflexão dos torcedores do Clube. E vamos ao início dessa chamada “democracia” recapitular as palavras de Fernando Schmidt; “Vamos fazer um mandato junto com vocês. Vocês vão estar junto com a gente neste mandato”. Na prática, de lá para cá, é isso que vem acontecendo? A torcida é realmente ouvida? Nunca.
Recordemos ainda que, à época, o então Diretor administrativo, Reub Celestino, alegava que os 378 funcionários existentes no clube, incluindo atletas profissionais e das categorias de base, era gente em demasia. E o Bahia, pelo que se noticiou a época, reduziu esse contingente para cerca de 190 funcionários.
Celestino reconheceu ainda que haveria a necessidade de cortes de nomes, e citou como exemplo o time profissional, que tinha 57 atletas. “Não pode isso, o técnico utiliza um máximo de 30”. Ao que tudo indica uma reforma administrativa estava sendo feita, mas dentro de campo o Bahia despencava e caiu para a Segunda Divisão nessa primeira gestão, que, chegou a sustentar, que as pessoas demitidas não tinham o DNA campeão.
— Embasado em DNA campeão o bom senso pergunta se esse quadro com 535 – olha aí a ONG fazendo o seu papel — funcionários continuará.
Materializada a segunda queda, em oito anos de “democracia” maquiada pelo voto do sócio, encontra-se um clube endividado com direitos trabalhistas, impostos tributários, salários não atualizados e um caso cavernoso com o Banco Opportunyti – o pior é que em recente programa na BAND o ex-zagueiro João Marcelo, falou dentre outras verdades, sobre uma dívida absurda do clube com o empresário de futebol Paulo Pitombeira, o que nas entrelinhas explica algumas contratações.
Como retirar o Bahia dessa condição adversa, só Deus sabe. Com a atual diretoria a sensação que me invade é que ainda veremos coisas piores do que as verificadas até hoje e, tomara, que não seja um novo rebaixamento. Vamos à frente porque a série de terror ainda não terminou. Os caras são muito bons nisso.
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