Sou um convicto apolítico partidário, embora sempre me atualizando na medida do possível sobre tudo que se refere ao meio porque sou um brasileiro — entre muitos — que busca a informação da forma menos distorcida possível para estar a par dos acontecimentos normais no cotidiano desse jogo sujo de interesses pessoais que é a Política nacional, infelizmente.
— Normalmente abordo nesta coluna só o futebol, porém do ecbahia.com sempre tive a prerrogativa do tema livre e vez por outra preciso usá-la.
Correm boatos sobre uma possível (…) saída de Bellintani para a Política e sei que isso deixa o torcedor do Bahia de olhos arregalados. Com razão. Segundo se comentou à época, e nunca é demais lembrar, partiu do prefeito ACM Neto a indicação de Guilherme Bellintani à chapa que acabou vitoriosa levando-o ao cargo de presidente do Bahia…
Porém, o problema não vem de um convite do atual prefeito de Salvador, sim de uma sigla partidária contrária que de qualquer forma criou uma cortina de fumaça, e onde há fumaça há fogo. Mas será que a criatura trairia o criador? É óbvio que não.
ACM Neto tem o DNA da competência e o dom da sabedoria, e deve sim pensar em Bellintani para um outro momento mais à frente. Agora é a vez da consolidação de um projeto, bem como do seu conceito dentro do esporte em plena ascensão, é bom que se diga. Que Guilherme Bellintani cumprirá na íntegra o seu mandato, não restam dúvidas. Quiçá o segundo também na íntegra.
Vejo ainda duas situações que me fazem crer na impossibilidade desse desfecho contrário aos interesses da Nação Tricolor: caráter pessoal e seriedade com a qual Bellintani trata o Bahia e a natural fidelidade ao seu amigo Neto. Portanto, nenhuma chance de aceitar o pressuposto convite.
Recentemente, assisti uma entrevista concedida pelo presidente do Bahia – feita de forma especial pelo competente profissional Pedro Sento Sé – que em meu entendimento dirimiu dúvidas e passou tranquilidades ao torcedor. Bellintani deixou bem claro que ainda não faz parte do seu projeto pessoal fazer esse voo migratório. Acha ele que o Bahia ainda é a sua prioridade e seria uma leviandade da sua parte divagar sobre algo não abordado diretamente com ele e, por isso mesmo, inócuo.
– O presidente do Bahia é atualmente a principal estrela dentro de um seleto grupo de clubes que não devem absolutamente nada aos seus jogadores, o que deveria servir de modelo para outros chamados grandes clubes que, exceto Grêmio, Internacional, Palmeiras e Flamengo, todos estão com salários — carteira assinada — e direito de imagem atrasados.
Na faixa intermediária, Avaí, Athletico-PR, Goiás, Bahia, CSA, Fortaleza e Ceará são clubes que pagam salários absolutamente em dia, têm excelentes estruturas e são muito bem planejados, tendo como fundamental princípio a organização.
O Bahia sai alguns passos na frente desses e avança mais em modernidade, isto porque a sua diretoria entendeu que sendo o clube uma instituição eclética e de várias grupos étnicos englobando raça, religião, territórios, culturas diferentes e outros, estaria fazendo através do futebol um algo mais para a sociedade e consequentemente atraindo mais simpatizantes de todas as partes. Isso também significa vendas de camisas que neste ano baterá na casa das 120 mil unidades vendidas — anteriormente eram 70 mil unidades e o lucro era de cerca de R$ 11,00 por peça, e depois da marca própria o lucro passou para R$ 38,00/peça.
Com todo esse elenco de ações aproximado pela globalização, não seria democrático suficientemente se o Bahia não abrisse suas portas à Sociedade de forma ampla e irrestrita. As ações do excelente Marketing Tricolor tem mostrado isso não só ao Brasil como também ao exterior.
É por toda essa construção de um Bahia grande em todos os sentidos que Guilherme Bellintani vem trabalhando e certamente não deixará seu projeto no Esquadrão para que outro presidente possa dar sequência. Isto não conota vaidade, sim uma responsabilidade com a maior paixão de uma torcida que confia no seu presidente.
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