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Publicada em 13 de novembro de 2019 às 13:24 por Autor Genérico

Autor Genérico

“Vamos, serás o vencedor!”… Esse é o DNA

Me chamo José Renato de Carvalho Gomes, tenho 27 anos, sou baiano, torcedor do Bahia, Cirurgião-Dentista e um entusiasta do futebol. Através deste espaço, pretendo emitir opiniões sobre diversos assuntos, dentro e fora das quatro linhas. Hoje, falarei um pouco sobre o que eu espero do Bahia para os próximos anos.

O Bahia está em uma transição difícil. Foram duas décadas e meia de administrações sofríveis… um verdadeiro deserto de ideias e opções. Tal cenário fez com que o clube – outrora acostumado com a grandeza de suas conquistas – abandonasse os grandes palcos e a luta por objetivos condizentes com seu tamanho. Para que isso mude, ajustes precisam ser feitos.

Dentro desse contexto, podemos dizer que temos uma administração competente no que tange às questões de modernização e gestão financeira do clube. Nada mais do que a obrigação de quem se propõe a tal cargo. Indo para dentro das quatro linhas, os resultados estão absolutamente aquém de um clube vencedor como o Bahia. Mas, como todos sabemos, toda e qualquer transição é difícil.

Devemos olhar para 2020 com um outro “mindset”. E isso deve partir, prioritariamente, da presidência do clube. Possuímos um treinador de nível “A” pela primeira vez nos últimos 20 anos. Passível de críticas? Todos somos. Entretanto, devemos apoiá-lo de maneira contundente, sem deixar que a sombra do imediatismo possa minar a nossa percepção sobre o trabalho feito.

Roger Machado é a pessoa certa para mudar a mentalidade do clube e completar a transição que tanto desejamos. O Bahia não está decepcionando por sua culpa. Responsabilizo a presidência pelas constantes decepções em campo, uma vez que a mensagem, para o Campeonato Brasileiro, sempre foi: “montamos um elenco para a manutenção na série A. Quem sabe, ficar ali, entre os dez.”. Isso explica o porquê de os jogadores sentirem a “pressão” pelo G-6. O elenco entendeu que ficar ali, entre os dez, já era “histórico”. Muitos deles já estão sendo observados por outros clubes e, talvez, isso explique tanta falta de concentração, tantos erros crassos.

Para o próximo ano, os gestores do clube precisam estabelecer novas ambições. O sucesso precisa ser a meta do time. O objetivo do Bahia precisa ser claro: título da Copa do Nordeste e atingir, no mínimo, as semifinais da Copa do Brasil, além de buscar a conquista da Sul-Americana. Para o Brasileirão? Libertadores.

Muitos podem pensar: “Ambicioso demais. O Tricolor de Aço não pode brigar por esses objetivos ainda…”, podemos, sim, meus amigos. Normalmente, o clube que pensa na manutenção na série A, acaba caindo para a série B. Normalmente, o clube que pensa em ficar entre os 10 primeiros, acaba ficando de fora do grupo citado. Normalmente, quem não pensa no sucesso, nunca o atinge.

Ao contratar um jogador, esses objetivos precisam estar perfeitamente delineados. Precisa ser ponto pacífico dentro do clube que, qualquer resultado aquém do planejamento estabelecido, é o mais absoluto fracasso. Essa cobrança deve ser exercida pelo presidente do clube.

Cito como exemplo o Athletico Paranaense. O presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, mira sempre no máximo, e isso acaba trazendo frutos importantes, vide o título da Copa do Brasil e os constantes bons resultados nos campeonatos que disputam. O Bahia precisa continuar com o seu modelo de gestão responsável e adicionar uma cultura de conquistas, fazendo justiça ao seu próprio hino. Máxima exigência, sempre. Só assim, meus amigos, seremos figuras constantes nos grandes palcos.

Quanto ao Campeonato Baiano… não citei os objetivos para o mesmo porque, sinceramente, o acho desnecessário. Não sou fã dos estaduais. E, sendo bem verdadeiro, penso que o Bahia deveria disputá-lo com a equipe sub-23. Isso permitiria uma avaliação mais fiel do que temos em casa, nas bases, além de proporcionar um amadurecimento destes atletas. Mais uma vez, cito o Athletico Paranaense, que faz exatamente isso: coloca a equipe sub-23 para jogar o Campeonato Paranaense. Os resultados têm sido excelentes, além de possibilitar a revelação de jogadores para a equipe principal.

O Bahia precisa parar de ser um celeiro de políticos, donos de um verdadeiro latifúndio de palavras para explicar os constantes fracassos, passando a ser um clube – mais uma vez – vencedor, convicto de seu espaço nos cenários em que atua. Faz-se necessário que o DNA do Esporte Clube Bahia volte a ser, novamente, o de um campeão nato, sabendo lidar de forma natural com a pressão de estar, sempre, entre os melhores. Isso, sim, é o que eu espero do meu time de coração.

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