Dois meses após o anúncio oficial da sua contratação, Raul Aguirre, CEO do Bahia SAF, falou pela primeira vez à torcida tricolor.
Em uma entrevista promovida pela própria assessoria do clube, no Museu do Bahia, Aguirre contou sobre os principais aspectos da sua atuação como CEO da Sociedade Anônima do Futebol do Bahia, que tem 90% das ações detidas pelo Grupo City.
Apesar de peruano, Raul Aguirre trabalhou a maior parte da sua carreira em empresas, nacionais ou internacionais, nos escritórios de São Paulo, antes de chegar para atuar pela primeira vez no Nordeste.
“Mais da metade da minha vida passei aqui no Brasil e agora estou nesse início de caminhada na Bahia e espero quem sabe um dia ser considerado o peruano mais baiano (risos)”, iniciou.
Sobre o seu trabalho, ele destaca que o primeiro passo é realizar a integração do Bahia ao Grupo City.
“Temos uma missão inicial indispensável que é a integração do Bahia na família City. E ao mesmo tem que que o City Football Group contemple devidamente o Bahia, para que essa integração seja mútua. Já tomamos uma série de iniciativas imediatas, trouxemos patrocínio, como a Axi, já compramos equipamentos para o Centro de Treinamento. Mas é tudo um início. Estamos elaborando muitos planos para começar a implementar essa integração, que é em todos os níveis: processos, sistemas, finanças, negócios e certamente a parte esportiva”.
Raul Aguirre é o responsável pela assinatura final
Com a transição confirmada já no último mês de maio, Guilherme Bellintani já deixou de assinar quaisquer tipos de documentos relacionados ao futebol do Bahia.
Raul Aguirre, portanto, é quem tem a assinatura final para as decisões do Bahia.
“A figura do CEO é do executivo-chefe. Agora existe a SAF e ela tem uma estruturação de negócios. Significa que há uma governança, um processo de protocolos que agora são seguidos por esse lado. Portanto, o CEO é o executivo-chefe no comando de todas as decisões”.
Primeira experiência em negócios no futebol
Ao longo de mais de 31 anos de atividades em cargos altos, Aguirre trabalhou nos setores administrativos de empresas globais de setores como telecomunicações, aviação e consultorias para desenvolvimento de negócios e busca por investimentos.
O Bahia, portanto, é a sua primeira experiência em negócios relacionados ao futebol e ao esporte em geral.
“É um setor bastante novo para mim e, para mim, muito impressionante pela intensidade das manifestações da torcida. É um setor que a gente considera muito o relacionamento que existe através das mídias sociais e outros canais. Além de uma tocada tradicionais de negócios, que precisa ser muito precisa e matemática, nós temos agora que incorporar toda essa manifestação que temos que estar muito atentos e com respeito pela torcida e todos os componentes do clube”.
Trabalho com Cadu Santoro e responsabilidades como CEO
Como CEO, Raul Aguirre está no cargo mais alto da governança da SAF do Bahia e é o principal responsável por toda estrutura corporativa.
A área de negócios é uma plataforma que deve viabilizar, facilitar e potencializar tudo aquilo que for relacionado para que o desempenho da equipe de futebol seja melhor e seja sempre mais efetivo. Então, nesse sentido há uma responsabilidade pela gestão de negócios”.
Cadu Santoro também atua longe dos holofotes, mas seu trabalho é unicamente voltado para dentro das quatro linhas, focado na montagem dos elencos e das comissões técnicas do time profissional e da base.
“Há uma outra responsabilidade, nesse caso do Cadu, que é o futebol. Ele é responsável tecnicamente por escolher o esquadrão, estrutura a equipe de treinadores, fisioterapeutas, e eu sou responsável pela plataforma de negócios”.
“É a plataforma que tem relação com patrocínios, marcas, licenciamento de produtos. Portanto, coloco uma plataforma financeira para que o futebol navegue cada vez melhor. Nesse sentido, o Cadu tem uma responsabilidade muito definida e eu tenho uma responsabilidade que é de supervisionar todas as decisões do clube e nós temos uma relação profissional”, explicou Aguirre.
A contratação de Raul Aguirre foi definida pelo Grupo City, através de Ferran Soriano, que é o executivo principal da chamada “família City”.
Aguirre tem participado presencialmente das negociações da Libra, ao lado de Guilherme Bellintani.
Entrevista completa:
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