Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
O Bahia oficializou sua entrada na Libra, a Liga do Futebol Brasileiro, em uma decisão que teria sido tomada exclusivamente pela atual Diretoria Executiva do clube, sobretudo por ter Guilherme Bellintani como voz ativa nas conversas entre presidentes desde 2019.
Em uma entrevista ao portal ge.globo, Bellintani detalhou os motivos que o fizeram o Bahia optar pela adesão à Libra e falou também sobre a LFF (Liga do Futebol Forte). Ele acredita que, apesar de ligas diferentes, possuem objetivos semelhantes.
Mas entende que a escolha do Bahia se dá por um modelo comercial que tende a ser mais sólido.
“A nossa percepção é que nenhuma das alternativas é perfeita, mas a gente nem espera que seja. A Libra parece ter um lado comercial mais sólido, mais avançado. O que nós queremos é construir coletivamente um modelo que seja o mais equilibrado possível”.
Quanto à questão comercial da Libra, já existe uma proposta feita pelo fundo árabe Mubadala Capital, dono da Acelen, no valor de R$ 5 bilhões por 20% dos direitos comerciais.
“Não adianta dar um número máximo entre primeiro e último se no meio da tabela as diferenças forem problemáticas. Estudei muito os números, as tabelas das duas propostas. E elas não são tão diferentes quanto os discursos sugerem. O Bahia aceitou o convite da Libra porque considera que o melhor caminho é discutir por dentro”.
Saiba aqui o que é Libra e como será a divisão das cotas de TV
Com o Bahia, atualmente a Libra tem 11 clube da Série A, enquanto a LFF tem nove clubes da primeira divisão e a maioria da Série B. Bellintani entende que a maioria não quer dizer nada, pois o objetivo é de encontrar soluções coletivas.
“Não faz sentido a gente brigar de cabo de guerra”.
Já um dos grandes objetivos da criação de uma liga de clubes, para Guilherme Bellintani, é a mudança no calendário do futebol brasileiro. Para ele, é necessário reduzir a distância do fim de uma edição da Série A para o começo da próxima.
“Entre as grandes ligas do mundo, nenhuma tem tanto tempo entre o final de uma edição e o início da seguinte. Isso existe para acomodar outros torneios, que não são prioridade. O nosso principal produto é o Campeonato Brasileiro, e hoje existe uma percepção geral de que ele mal vendido. Não é apenas isso: ele é mal formatado. O produto tem que ser melhor. O calendário não pode mais ser como é hoje depois de 2025”.
Uma mudança no cronograma do Brasileirão, e nas demais competições do calendário do futebol nacional, já é defendida por Bellintani há vários anos, com o presidente tricolor sempre ressaltando a prioridade para o campeonato principal da temporada.
Durante a paralisação por conta da pandemia, em 2020, chegou a ser levantada a possibilidade de uma adequação ao calendário europeu – que vai de agosto a maio e tem apenas três meses de pausa antes do início da edição seguinte.
Porém, os presidentes, incluindo Bellintani, entenderam que a mudança não deveria acontecer de forma forçada, mas, sim, com mais estudo e cautela.
O primeiro “trabalho” das ligas será de negociar direitos de TV para o Brasileirão entre 2025 a 2029. O atual contrato dos clubes com a Globo vai até a edição de 2024.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.