Após três anos como presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani decidiu se lançar novamente como candidato ao cargo na eleição marcada para o dia 12 de dezembro, formando chapa com o atual vice-presidente Vitor Ferraz.
Em entrevista exclusiva ao ecbahia.com, Bellintani contou em detalhes o que lhe motivou sair novamente como candidato à presidência do Bahia e tentar ser o primeiro presidente reeleito da história democrática do clube tricolor.
O atual presidente e concorrente à reeleição falou sobre a parceria com Vitor Ferraz na Diretoria Executiva, ao longo dos últimos três anos, e afirmou que eles formam uma dupla que toma decisões em conjunto.
“Todo mundo sabe que é um esforço pessoal enorme, mas eu não tenho do que reclamar. Foi um caminho que eu escolhi ainda como conselheiro. Quando Marcelo Sant’Ana decidiu não ser presidente, coloquei meu nome à disposição. Foram três anos de muita aprendizagem. Primeiramente, uma parceria enorme com Vitor Ferraz, vice-presidente. Não tínhamos amizade tão grande, mas hoje ele se tornou um parceiro, nos completamos. O modelo de gestão que implementamos é muito positivo, porque o regime não é somente presidencialista. Tomamos decisões em conjunto. Quando um tem muita firmeza e o outro está um pouco contra, esse acaba cedendo. Independentemente de quem seja”.
Mas, Bellintani também afirma precisou abrir mão de compromissos que havia firmado junto a familiares e a sócios de suas empresas para concorrer mais uma vez em 2020. Ele citou os motivos que lhe fizeram ser candidato neste ano.
“E sobre a decisão de me candidatar novamente, eu comecei o ano de 2020 decidido de que era meu último ano. Pensei em bater recorde de faturamento, ter um grande ano no futebol. Fizemos menos contratações, gastamos um pouco mais e trouxemos jogadores que entendíamos que eram necessários para posições específicas para um elenco estabilizado de 2019. Mas tivemos um ano louco, totalmente atípico. Começamos 2020 com 45 mil sócios e perdemos mais de 20 mil ao longo desta pandemia. Mesmo assim, ainda temos mais de 50% de sócios do que tínhamos quando eu assumi como presidente. Nesse meio para fim de ano, eu vi uma crise financeira muito profunda, o Bahia vai ter um décift muito grande, e uma disputa eleitoral no meio de competições”.
“(…) A estabilidade no Campeonato Brasileiro é muito importante, assim como começar 2021 bem. Conversei com Vitor e os parceiros que estavam a todo momento na gestão e decidi que precisava ficar no Bahia por mais tempo para ajudar o Bahia no pós-Covid. Eu já havia conversado e decidido com minha família e meus sócios na empresa que não seria candidato, mas voltei atrás pelo cenário de 2020 vi que era necessário colocar minha experiência à disposição um pouco mais para não me despedir da gestão com o Bahia tendo décift de R$ 25 milhões a R$ 30 milhões e competições pelo caminho. Em nome de um bem comum, preciso desse esforço. E repito: também é um prazer. Gosto muito de ser presidente do clube, apesar de ser um desafio absurdo em termos de intensidade. Mas estou muito feliz de ser presidente”.
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