A proposta de aquisição de 90% da SAF do Bahia, por parte do City Football Group, foi devidamente aprovada pelos sócios-torcedores. Mas o processo ainda está longe de ser devidamente concretizado.
No dia após a aprovação nos sócios-torcedores, foi iniciado de maneira oficial o período de transição, que possui até nove meses para ser finalizado em contrato. Porém, o objetivo é de finalizá-lo em menos da metade do tempo.
Enquanto isso, as chaves do futebol tricolor continuam na mão da atual Diretoria Executiva, que toma as decisões com base em ideias propostas pelo investidor e na realidade do City Group.
Em entrevista ao jornalista Rodrigo Capelo, do ge.globo, o presidente da associação Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, detalhou como são os passos seguintes à aprovação. Ele destaca que é necessário haver paciência com o processo.
“A gente já começou a fazer, desde domingo. São três movimentos. Um primeiro é da finalização do negócio propriamente dito, da estruturação, da montagem da SAF, transferência de ativos… Primeiro se monta a SAF, registra com 100% do Bahia, e o Bahia aporta nessa SAF todos os seus ativos: imobiliários, como centro de treinamento e antigo CT, que passarão para a SAF; contratos de atletas; contratos de funcionários; vagas do Bahia nas competições, quer dizer, transferência que tem interlocução com a CBF. Depois que o Bahia aportar todos esses ativos, o City também aporta, principalmente os ativos financeiros. E a partir dali a SAF está formada com a sua composição societária necessária, e isso deve durar entre três a quatro meses, e a gente conclui esse processo. Paralelo a isso, há outros dois processos importantes”.
Em meio ao processo de transição para uma estrutura de SAF, Bellintani explica também que se mantém à frente de negociações com atuais patrocinadores, afirmando que não há porta fechada para ninguém.
“Nós vamos ter muito cuidado com eles, não vamos sair tirando. A gente quer, lógico, uma ampliação de resultados econômicos, mas compreende que vários patrocinadores que estiveram com a gente nos momentos mais difíceis precisarão ser respeitados e cuidados. (…) Estamos fazendo nessa semana uma reunião para trazer parceiros novos. Basicamente um recado importante ao mercado é: o Bahia não vai ficar inacessível, sob ponto de vista econômico, para empresas médias. (…) E também, ainda nesse ponto de negócios, a relação com o sócio. Novo programa, o que vai ser o programa junto com a Fonte Nova”.
“Primeiro, é o negócio propriamente dito. Segundo, é a relação com o mercado, incluindo nossos sócios. E a terceira, e última, é o futebol”, acrescenta.
Sendo assim, o presidente ressalta que após a aprovação resta a parte burocrática ser resolvida. Apesar de um longo caminho pela frente, ele garante não haver receio que algo dê errado.
“O contrato prevê nove meses para realizar todo esse processo. A gente acredita que possa se fazer entre três e quatro meses, a metade do tempo disponível no contrato. Não há risco específico. É mais esforço do que propriamente alguma coisa não dar certo, é um trabalho burocrático. Nosso advogado já está em campo trabalhando nisso, temos toda uma estrutura de contador, advogado, todo o pessoal que cuida desse bloco de informações e ações que precisamos fazer, a partir de hoje, trabalhando. Não tem o que dar errado”.
98,6% dos sócios que votaram no último sábado aprovaram a proposta do City Group.
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