Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Eleito como presidente do Bahia com 82% dos votos, no final de 2017, Guilherme Bellintani chega à metade final de seu primeiro mandato como principal dirigente do Esquadrão de Aço com uma gestão que é frequentemente elogiada pela mídia nacional, tanto por fatores administrativos e financeiros, como também por ações que vão além das quatro linhas.
Eleito por diferentes meios de comunicação como uma das três melhores gestões administrativas do futebol brasileiro, Bellintani também é elogiado por Pedro Henriques, ex-CEO tricolor e que deixou o clube no mês de março. Para o ex-dirigente do Bahia, é provável o atual presidente tenha continuidade por mais três anos.
Guilherme Bellintani, por sua vez, respondeu ao assunto em uma live promovida pelo site Bahia.ba.
O presidente do Esquadrão disse que a afirmação feita por Henriques se dá por um desejo pessoal do ex-dirigente e que ainda não há nenhuma movimentação política pensando em uma reeleição no clube.
“Está cedo ainda. Pedro (Henriques) é um amigo, a gente trabalhou junto. Primeiro na gestão dele com Marcelo Sant’Ana, quando eu era conselheiro e ajudei muito, estive muito próximo. Depois, por dois anos da minha gestão Pedro esteve junto como diretor geral, CEO, me ajudou muito na gestão dele. Essa declaração dele é por um desejo pessoal, mas continuo dizendo sempre que o momento de discutir eleição é no fim do ano. A gente está focado na recuperação do clube, eu tenho que ter muita responsabilidade porque nesse processo eleitoral tem dirigente que tem muito “eco”, quer deflagrar logo, seja para ficar ou para sair. Se quer ficar, já começa a fazer campanha. Se quer sair, já diz quem deve ser a melhor pessoal para sucede-lo. Eu não vou fazer isso”, disse o presidente tricolor.
Para Bellintani, o momento é de manter a concentração na gestão do clube pelos próximos seis meses e, depois disso, articular politicamente sua possível reeleição ou não.
“Eu acho que o momento é de me concentrar na gestão. Deixa a política do clube um pouco de lado, deixa para o fim do ano. Vamos discutir com nossos aliados, ver qual será o melhor nome, se é o meu ou se não é o meu, saber quem é. Enfim. Com muito equilíbrio, mas o momento é de estar concentrado no clube, pois tem muito trabalho para fazer, a dificuldade é muito grande. A dificuldade é enorme, o clube praticamente sem receita, mas a gente vai conseguir superar com trabalho. Deixa eleição para o final do ano”, finalizou.
Experiências como administrador e gestão do Bahia como o maior desafio da vida
“É um clube que eu amo e estou me dedicando ao patrimônio emocional que eu tenho. Isso vale demais. É um clube que a gente aprende a amar desde criança. E em um momento como esse, eu podendo ajudar meu clube é o maior desafio da minha vida. Para mim, é um elemento do meu currículo que dificilmente conseguirei ter algo que me impacte assim no trabalho. Sempre considerei que fui para a administração pública e não para política. Não era um cara que me envolvia muito com a política propriamente dita, fiquei muito concentrado na gestão, em buscar melhores resultados. Como secretário de educação, melhorar a educação de Salvador; como secretário de turismo, melhorar os índices turísticos da cidade; e também como secretário de urbanismo que fui. A gestão pública para mim foi muito boa, mas me adaptei rapidamente ao Bahia justamente porque tinha experiência como empresário na área privada, com mais de 20 anos de trabalho, e também com a minha experiência na gestão pública. O Bahia tem um pouco das duas coisas. É uma empresa, pois se gerencia o Bahia, mas uma empresa que não precisa dar lucro. Precisa dar satisfação e felicidade ao torcedor”.
E se não disputar a reeleição do Bahia?
“Se eu não disputar a eleição no final do ano essa decisão passa por uma necessidade minha de voltar para as minhas empresas, cuidar um pouco dos meus negócios. Portanto, eu não trocaria a minha hipótese de reeleição por um cargo público. Não está no meu foco. É lógico que no futuro a gente não sabe e não quero planejar. Mas, caso eu decida não disputar a reeleição será por uma necessidade de voltar a cuidar das minhas empresas. Já são oito anos fora das atividades empresariais, pelo menos tratando de uma forma muito distante. Preciso de algum jeito voltar a cuidar das minhas coisas. Não estou aqui cravando isso. Mas isso é assunto lá para frente”.
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