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Bellintani diz ter vivido ‘pior dia como presidente do Bahia’

Notícia
Entrevista
Publicada em 22 de dezembro de 2020 às 10:01 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

A acusação de racismo feita por Gerson contra o meia Índio Ramírez continua movimentando o noticiário esportivo – e até policial – desde domingo (20). Em meio à investigação e busca por resolução do caso, o presidente Guilherme Bellintani afirma ter vivido o seu pior dia como presidente tricolor.

Em entrevista ao jornal O Globo, Bellintani reafirmou a posição antirracista do clube ao afirmar que foi o dia que mais deixa marcas negativas durante sua gestão à frente do clube.

Quanto à acusação de Gerson, o presidente do Esquadrão diz entender que a voz da vítima deve ter maior relevância neste tipo de caso, mas afirma também que é preciso garantir o direito de defesa do acusado.

“Foi, com folgas e sem dúvida alguma, o meu pior dia como presidente do Bahia. Foi o dia mais marcado negativamente. Deixo de fora a questão da derrota como foi aquela, com o jogo na mão e uma virada. Aquilo virou detalhe perto das circunstâncias da acusação muito grave. Posso dizer com um bom nível de orgulho: quis o destino que um dos clubes mais antirracistas do Brasil tivesse um atleta acusado de racismo. Primeiro, ressalto a gravidade da acusação. Nesse nível de acusação, a voz da vítima tem uma relevância muito grande. Não há motivo para inventar uma história dessa. Seria uma análise muito louca achar que alguém seria capaz de inventar. A voz da vítima é muito significativa em um fato como esse. Mas é preciso garantir algo muito importante, que é o direito ao contraditório. É fundamental. É isso que temos feito”, afirmou o presidente.

Internamente, Guilherme Bellintani diz que a posição do elenco é de que Índio Ramírez tem negado veementemente as acusações. Mas, que se for provado que há culpa é preciso haver punição. O colombiano, por sua vez, tem pedido confiança em sua palavra.

“Sendo bem franco: vou citar um depoimento do Gregore. Ele me disse: “Presidente, Ramírez está dizendo de forma muito convicta que ele não falou aquilo para o Gerson. Se ele não tiver falado, precisamos defender o Ramírez. Mas eu disse a ele que, se ele tiver cometido aquilo, ele tem que pagar pelo que ele fez”. Palavras do Gregore. Nossos jogadores hoje têm um sentimento, um envolvimento na causa antirracista muito grande. Gregore falou isso para Ramírez, que esse era um tema que ele nem sabia direito o que era e a presença no Bahia o fez valorizar isso. Ele disse para o Ramírez assumir, se ele tivesse feito. O Ramírez pediu que confiasse nele e relata que, quando passa por Gerson, ele está de costas. O vídeo mostra isso, o que faz com que talvez eu possa acreditar eventualmente que Gerson tenha entendido errado. Mas, repito, para mim, sempre parto do princípio de que o que a vítima está relatando é verdade”.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do Rio de Janeiro, abriu um inquérito sobre o caso. Esportivamente, a CBF pediu investigação por parte do STJD.

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