Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Após o anúncio feito por Rossi de que estava de saída, a torcida pôde, enfim, saber a versão oficial do Esporte Clube Bahia Bahia sobre o assunto através do presidente Guilherme Bellintani.
Durante a entrevista coletiva realizada no CT, o presidente tricolor falou abertamente acerca do atacante que deu adeus ao clube no fim do mês de dezembro.
Inicialmente, se tornou público que o jogador havia acionado uma cláusula que renovaria automaticamente seu contrato com o Bahia. Porém, em afirmação à imprensa, a empresária do atleta disse que nada estava assinado.
Sobre esse ponto, Guilherme Bellintani afirmou que, de fato, havia uma cláusula de renovação automática, mas que o próprio atleta notificou o clube de que não queria ficar.
“Rossi teve uma cláusula de renovação automática no contrato dele e informou ao clube que não desejava mais seguir no clube em 2022. Estamos avaliando essa situação sob o ponto de vista jurídico”.
Porém, não detalhou sobre qual seria a alegação do clube para seguir se movimentando juridicamente acerca do contrato do jogador que já não possui mais vínculo formal.
Na sequência da resposta, Bellintani, sem ‘papas na língua’, e sem citar especificamente o nome de Rossi, afirmou que só ficará no Bahia quem realmente quer estar no clube.
“(…) Mas uma coisa que podemos adiantar é que só teremos no clube em 2022 o atleta que quiser estar. Para nós, há uma situação que é inegociável para o elenco. É que o elenco será formado por características, personalidades, potenciais e idades diferentes, mas o que precisa unir esse grupo de jogadores é a vontade de estar aqui. Só estará aqui quem quiser estar aqui, independentemente das questões econômicas ou contratuais. A gente tem que ter um elenco com características muito diferentes e complementares para disputar um campeonato super difícil, que é a Série B, e entendemos que as características diferentes vão dar resultado a partir da união em favor do Bahia com atletas que queiram estar aqui”.
Novamente questionado sobre o tema, na continuidade da coletiva, Bellintani explicou com mais detalhes que apesar de se tratar de uma renovação automática, a cláusula só é ativada quando pelo menos uma das partes informa querer acioná-la.
“Nós tínhamos uma opção de renovação automática, que era prevista em contrato. Esse contrato renova-se automaticamente se atingidas determinadas metas, que foram atingidas. A partir do momento que há interesse na renovação por uma das partes, ela é automática para as duas. Se as duas demonstrarem que não têm interesse em renovar, esse contrato não é renovado e o jogador passa a não fazer parte do clube, inclusive sem contrato. Não existe contrato com ele hoje. O que existe é uma cláusula de renovação automática que nesse momento não aconteceu”.
Por fim, Bellintani reafirmou que não só o fator jurídico tem peso na decisão, mas principalmente a vontade de estar no Bahia.
“Estamos avaliando isso juridicamente, mas, repito, não falei só juridicamente, mas também do nível anímico. Nós devemos cobrar que quem entre em campo, queira entrar em campo com a camisa do Bahia. Isso vai ser determinante. Isso está acima de qualquer questão econômica, jurídica, contratual, seja qualquer coisa. Isso está sendo determinante para nós”.
“Hoje não existe contrato em vigor entre Bahia e Rossi”, completou.
Jornalista afirma que imbróglio se dá por divergência na renovação automática
De acordo com Darino Sena, comentarista da Rádio Sociedade FM, há divergência sobre se a meta foi ou não atingida pelo jogador durante a temporada de 2021.
Pelo ponto de vista do atacante Rossi, a meta de participação em 60% das partidas não foi alcançada porque os jogos do Campeonato Baiano devem entrar no cálculo.
Já o Bahia entende que o Baiano deve ficar fora do cálculo por não ter sido disputado pelo elenco principal em 2021.
Rossi disputou 43 jogos pelo Bahia em 2021, o que representa 58,9% do total de 73 partidas disputadas pelo Esquadrão em competições oficiais na temporada, incluindo o Campeonato Baiano.
Se o cálculo não incluir o Estadual, como o Bahia entende que deve ser, o atleta passa a ter participação em 69,3% das 62 partidas disputadas pelo elenco principal em Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Sul-americana e Série A.
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