Bruno comandou o Bahia contra o Unirb e é auxiliar fixo do clube (Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia)
Com estádio vazio, as palavras ganham que saem das arquibancadas em direção ao banco de reservas e ao gramado podem ser ouvidas de forma mais clara. Além de um caso de injúria racial contra o lateral-esquerdo Luiz Henrique, desta vez o presidente Guilherme Bellintani relatou uma situação envolvendo o auxiliar português Bruno Lopes.
Durante a tarde na sala de imprensa do CT Evaristo de Macedo, o presidente tricolor tomou a palavra para pedir desculpas ao goleiro Danilo Fernandes pelo fato ocorrido na quinta-feira.
Além disso, Bellintani pediu fim à cultura de agressividade no futebol ao relatar que Bruno Lopes sofreu xingamentos motivados unicamente por sua origem portuguesa.
“Bruno, por mais de uma vez treinando o time na beira do campo, foi xingado de ‘português de merda’, ou ‘volte de caravela para lá’. Uma forma xenofóbica que não representa a torcida do Bahia, mas precisa ser dito para que a gente não torne essas situações normais”.
“(…) Eu queria reforçar que o clube vai trabalhar ainda mais para proteger os seus funcionários e que a torcida, mesmo que sofrida, mostre que é diferente. Mesmo nos momentos ruins em campo, somos capazes de dar um basta a essa cultura de agressividade. O ódio não vai vencer e nós faremos tudo para que não vença”,
Bruno Lopes está no Bahia desde junho de 2021, inicialmente como técnico do time de transição. Com o desmanche da equipe sub-23, o português foi convidado a se juntar à comissão técnica principal do Bahia, no cargo de auxiliar.
Ele dirigiu a equipe na beira do gramado no empate em 1 a 1 com o Unirb e trabalha junto com Guto Ferreira e os demais assistentes no banco de reservas.
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