Reeleito com 86% dos votos em 2020, o presidente Guilherme Bellintani tem convivido com fortes críticas por seu trabalho à frente do Bahia nos últimos anos. Desde o rebaixamento à Série B, a insatisfação, protestos e até pedidos por sua saída do clube, aumentaram consideravelmente.
Alvo de críticas devido à gestão de futebol do Bahia, Bellintani descarta qualquer hipótese, mesmo que pequena, de deixar a presidência do clube antes do fim de seu mandato, em dezembro de 2023.
Durante sua entrevista após o atentado de quinta-feira, o dirigente do Esquadrão citou a histórica democrática do Bahia como razão para que nem sequer cogitasse renunciar ao cargo que lhe foi concedido pelos mais de 9 mil sócios-torcedores que votaram em sua chapa.
“É minha obrigação. Quem fala de interrupção de mandato, impeachment não conhece a verdadeira história da democracia do clube, o quanto nos custou isso, o quanto as pessoas lutaram para que o Bahia tivesse uma eleição… Se alguém, algum dia, quiser propor que o estatuto tenha uma cláusula em que, em caso de rebaixamento, o presidente deve renunciar, é natural, coloque isso em discussão”, afirmou o mandatário tricolor.
Mesmo diante de protestos que inclusive pedem sua saída do clube, Bellintani vê como sua obrigação recolocar o Bahia na primeira divisão.
“Mas o meu dever como presidente é seguir adiante e recuperar o que causamos, a tristeza, o desalento, a desesperança que causamos na torcida. Os dirigentes que são responsáveis por isso também vão ser responsáveis por trazer alegrias para a torcida, e a gente está trabalhando para isso”.
Ele ressalta ainda que seu maior objetivo é de entregar o cargo, ao fim de seu mandato, com a sensação de dever cumprido e poder frequentar a Fonte Nova como torcedor.
“Quem pensa qualquer coisa diferente disso não conhece a minha biografia, não conhece minha história, minha luta. É nos momentos difíceis que nós vemos o tamanho das pessoas. Eu encaro desse jeito, com muita humildade, com muita noção da tristeza que causamos com o rebaixamento. Mas, ao mesmo tempo, com a dimensão exata do que é o meu desafio como presidente do Bahia. É muito difícil ser presidente do Bahia. É nesse momento difícil que a gente deve ter grandeza para trabalhar, lutar em nome da democracia do clube. Principalmente, porque o que eu mais quero na vida é, quando terminar o meu mandato, entrar na Fonte Nova de cabeça erguida, tendo feito um bom trabalho pelo clube. Nós já fizemos em grande parte do nosso mandato”.
Para Bellintani, o atentado a bomba contra o ônibus do clube, na última quinta-feira, ‘não tem a ver com torcida’ e não tem o objetivo de torcer.
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