Bruno Lopes vê erros por imaturidade do time e elogia Ruiz e Cirino

O Bahia desempenhou um futebol abaixo da média para os padrões do clube, nesta última quarta-feira (19), contra o Unirb. Diante do mesmo adversário para qual já havia perdido na pré-temporada do time de transição, o Tricolor novamente encontrou dificuldades e só conseguiu o empate em 1 a 1 no último lance do jogo.

Treinador da equipe de transição desde 2020, Bruno Lopes foi o responsável por toda a preparação deste grupo de atletas desde a primeira quinzena do mês de dezembro, ganhando reforços de atletas do elenco principal ao longo do tempo.

Em entrevista após a partida, o auxiliar técnico português afirmou que muitos dos erros cometidos pela equipe foram por conta da imaturidade dos atletas.

“Erramos mais do que queríamos, principalmente a nível do passe. Acho que tem a ver com a imaturidade de muitos desses jogadores. São jogadores jovens que pela primeira vez tiveram contato com a Fonte Nova e sentiram a responsabilidade, principalmente no primeiro tempo. Acho que no segundo tempo melhoramos um pouco, criamos mais oportunidades e chegamos mais perto do gol. Acho que pesou um pouco essa imaturidade de grande parte dos jogadores”, avaliou o treinador.

Bruno Lopes também citou como fator de dificuldade o retorno de jogadores que ficaram alguns dias afastados por conta da Covid-19 na última semana.

“Muitos desses jogadores vinham de Covid-19, outros estavam parados por lesão ou por não estarem no grupo que iniciou a pré-temporada. Basicamente tivemos um dia para treinar a equipe. Tivemos um dia para montar, mas isso não tira a responsabilidade de apresentar mais e não podemos nos esconder nisso”.

Elogios a Cirino e Ruiz

Como forma de tentar amenizar o resultado na segunda etapa, Bruno mandou a campo jogadores mais experientes, como Ruiz e Cirino, ambos com longo período sem jogar. Eles receberam elogios do português.

“São jogadores que estão há muito tempo sem jogar né? Cirino vem de uma lesão grave, com muito tempo de inatividade. É o primeiro jogo dele. Ruiz também vem de muito tempo sem jogar, se não me engano é o primeiro jogo dele desde outubro. Já são muitos meses sem jogos. Acho que eles acrescentam qualidade ao jogo. O Marcelo mais posicional, com bons apoios, movimentos entre linhas. E o Oscar com mais profundidade, mais chegadas no último terço. São jogadores que há muito não jogavam, tiveram seu momento e acrescentaram a equipe experiência e qualidade técnica”.

Dá para aproveitar algo da partida?

“Do resultado se aproveita um ponto. A gente perdia até o finalzinho, então se aproveita um ponto. Fomos a equipe que queria jogar. O adversário se enconstou atrás e teve três finalizações. Finalizou uma no gol. Nós tivemos pelo menos três ou quatro oportunidades claras e não conseguimos. Isso mostra uma falta de eficácia de nossa parte, mas quisemos sempre ir para cima. Sempre mandar no jogo. Pode tirar que nenhum jogador se escondeu, todos lutaram até o final e foram para cima. E também uam palavra para o futuro, não podemos passar o jogo inteiro com atletas no chão. O árbitro precisa fazer algo. Tem que haver jogo. E se realmente o jogador estava mal, no final tem que se compensar. Dar sete, oito, nove minutos”.

Atuação de Miqueias, zagueiro contra o Bahia de Feira e volante contra o Unirb

“O Miqueias que estava na posição 5, não é um volante, mas um segundo meia. Não foi tirar. Foi ter o volante e avançar um jogador que é meia para a posição dele e ganhar mais poder físico no campo. Nesse aspecto, fomos bem sucedidos. Conseguimos ganhar mais bolas na área adversária, o Miqueias também tem chegada na área. No final do jogo, criou o lance do pênalti”.

Saída de Borel

“No caso do Borel no intervalo, foi por questões físicas, vomitou no vestiário. Foi opção forçada”.