O Bahia sofreu uma expulsão no segundo minuto de jogo e permaneceu com um a menos até o minuto 25 da etapa complementar, quando o Vitória também teve um expulso pelo mesmo critério. Contudo, foi em desvantagem numérica em campo que o Esquadrão conseguiu abrir o placar e, após sofrer o empate, encontrar forças para fazer o segundo gol do triunfo por 2 a 1.
Em entrevista após a partida, o técnico Rogério Ceni inicialmente fez questão de discordar das duas expulsões do árbitro Ramon Abatti Abel.
“Primeiro, eu acho que o lance do Jean não é para expulsão e o lance do Pepê também não é para expulsão; para mim, nenhum dos lances provoca algo grave, mas lances que não afetam em absolutamente nada. Na minha opinião, o jogo deveria acabar 11 contra 11, mas o árbitro toma as decisões que acha convenientes”, falou o técnico do Bahia.
Rogério Ceni elogia disposição do Bahia para vencer com um a menos
O técnico tricolor destacou a disposição dos jogadores do Bahia, em especial os meio-campistas Everton Ribeiro, Cauly e Caio Alexandre.
“Tivemos uma expulsão com dois minutos e nós mesmo com um a menos mantivemos… talvez eu acho que a nossa grande virtude hoje foi ter Everton e Caio no meio-campo e o grande defeito foi ter Everton e Caio no meio-campo. Nós só fizemos o gol porque mantivemos dois meias jogando como volantes, com um jogador a menos, e nós sofremos um gol também porque achávamos que, descansados, estariam ainda aptos por mais 15 minutos. O problema é que não tivemos a bola no começo do segundo tempo. Sobre cansaço, são 35, 36 jogos no ano, jogando, viajando, jogando com chuva em um campo mais pesado; você jogar com um a menos e abaixar a parte física, eu acho que é natural”.
Ceni explica estratégias para o Bahia vencer o Ba-Vi
Em um jogo completamente atípico, com um a menos desde o início do primeiro tempo, Ceni falou também sobre suas estratégias ao longo do segundo tempo com as substituições realizadas.
“Antes do gol sofrido, eu chamei Erick e Nico, porque achei que tínhamos perdido meio-campo, mas infelizmente não deu tempo (de entrarem antes). Eu acho que o mérito total do time, com um jogador a menos, por ter Caio, Everton e Cauly, tivemos a bola e construímos. No primeiro tempo, parecida um jogo em igualdade e no segundo tempo, sim, fomos apertados e tivemos que nos defender; era até um caminho natural do jogo abaixar na segunda etapa”.
Uma das substituições que mais chamaram a atenção foi a entrada de Tiago, no lugar de Lucho Rodríguez, mesmo com Willian José como opção entre os reservas.
“Se fosse para pesar a área, com certeza seria Willian, mas precisávamos de um jogador também para defender, o que, na minha opinião, seria na maior parte do tempo, que tivesse energia para marcar no meio-campo, em um 4-4-1, e para conseguir segurar um pouco mais a bola; o Lucho não conseguiu segurar tanto a bola. E eu sabia que 45 minutos para o Willian José, nessa condição de um jogador a menos, era completamente desfavorável. No 11 contra 11, com certeza a técnica do Willian é brilhante, mas a juventude do Tiago ajudou bastante naquilo que tínhamos que fazer, que era sofrer sem a bola, e ele ajudou. Depois, colocamos Willian no lugar do Pulga e colocamos Tiago na ponta. Tiago treina bem, mas tem a parte mental de jogar um clássico com mais de 40 mil pessoas, um jogador jovem sente; e o Tiago foi para o lado”, disse o treinador do Bahia.
As mudanças que tiraram meio-campistas ofensivos para colocar jogadores como Acevedo, Erick e Michel Araújo também foram explicadas pelo treinador.
“Erick entra para fazer a do Cauly, para dobrar o lado do Jamerson de ataque; depois o Erick vai para dentro para dobrar com o Nico e entra Michel que entra para fazer o lado e a gente consegue o gol do triunfo. Depois, nos mantivemos relativamente bem. Tivemos de ruim o começo do segundo tempo”.
O Bahia é o sexto colocado da Série A, com 15 pontos ganhos em nove jogos.
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