Ceni vê expulsão como fator determinante e título decidido ‘no detalhe’

Fonte: Letícia Martins / EC Bahia

O Bahia não venceu nenhum dos dois Ba-Vis decisivos do Baianão e, sem conseguir reverter a desvantagem da ida, ficou sem o título estadual de 2024. Em entrevista pós-jogo, o técnico Rogério Ceni avaliou o desempenho tricolor nos dois Ba-Vis finais.

Sobre a partida deste domingo, que terminou em 1 a 1, Ceni afirma ter visto a expulsão como fator determinante por ter gerado mais dificuldades ao Bahia

“Com a expulsão hoje sofremos mais do que o normal, mesmo ainda tendo possibilidades de gol e em um lance muito interpretativo até. Eu acho que o árbitro muito em cima do lance deu a sequência… E ficar com um a menos por 70 minutos pesa um pouco hoje. O Vitória é uma equipe competitiva, com muita força de marcação no meio-campo. Tivemos boas oportunidades nas duas partidas e eles também. Hoje, quando ficaram com um homem a mais, se portaram defensivamente e usaram os contra-ataques que resultaram em perdas de gol. Acho que foram dois jogos bem equilibrados”.

Ele diz entender a frustração do torcedor e que vai para casa também chateado pela perda do troféu em casa, mas que o título foi perdido ‘no detalhe’.

“É uma pena, eu lamento, sei que o torcedor fica chateado. Nós também estamos tristes, gostaríamos muito de ter vencido esse primeiro título com o Bahia. Vamos bastante chateados para casa, eu sei que o torcedor queria esse título e foi durante todo o jogo o combustível para manter o time no jogo com um a menos. Foi bastante parelho o confronto nos dois enfrentamentos e perdemos no detalhe, por perder com gols nos minutos finais e hoje por tomar um gol próximo dos dez minutos. Tivemos personalidade para se manter no jogo e tentar arriscar mais na reta final, o que deu mais oportunidades ao adversário. Na soma dos jogos, eles foram mais felizes em conclusão ao gol”.

Já quanto aos dois confrontos decisivos, Ceni citou as falhas do Bahia na primeira partida e a expulsão na volta como fatores que decidiram o título a favor do rival.

“Eu acho que nós caímos de produção no primeiro jogo, quando chegou perto ao minuto 70. O time errou bastante, tivemos 21 perdas de posse e 17 saídas erradas no primeiro jogo, o que ocasionou muito desgaste físico, e o rival cresceu bastante como mandante. Hoje, e não é uma crítica ao Rezende, eu acho que a decisão de campo deveria prevalecer, mas quando se fica com um jogador a menos, tivemos quase 70 minutos com um homem a menos e isso impacta diretamente no resultado jogo. Não tem como negar que o 10 x 11 traz um impacto grande dentro de campo”.

Biel como titular e Juba no banco

“No jogo fora de casa, eu tentei dobrar a marcação com Juba e Rezende tentando evitar que eles construíssem pelo lado direito. Juba recompõe melhor que o Biel, tanto que joga de lateral. E hoje como precisávamos do resultado, achei que o jogo estava mais para o Biel, para o um contra um, para atacar mais o interior, dar passagem para Jean Lucas e foi a situação do gol. Para o jogo de hoje, achei que o Biel era mais útil, com mais drible na frente para chegar ao gol adversário. Lá, Juba foi um jogador de lado, mais perto da linha, que dobrou com Rezende e só saiu naquele jogo porque pediu para sair”.

Gritos da torcida contra entrada de Yago

“Iriam entrar os dois, Yago e Ademir. Entraria Yago no lugar do Thaciano e o Caio fez o sinal que estava esgotado. Iria colocar os dois lado a lado, mantendo o Everton ainda em campo. Como eu achei aguentaria mais um pouco, eu coloquei Ademir e deixei Thaciano como um segundo homem no meio-campo. E como ele aguentou até o fim, não teve a necessidade de recompor com mais um homem de meio-campo”.

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