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Corrigir a defesa é a prioridade de Mano na chegada ao Bahia

Notícia
Entrevista
Publicada em 12 de setembro de 2020 às 11:06 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia tem conseguido criar oportunidades de gol e até balançar as redes dos adversários na maioria dos jogos. Contudo, tem a pior defesa do campeonato mesmo com uma rodada a menos do que a maioria dos times.

Com 10 gols marcados e 14 sofridos nas oito primeiras partidas da Série A, o técnico Mano Menezes não esconde que terá um enorme trabalho a fazer para corrigir os dois setores, apesar de fazer elogios ao ataque.

Em sua entrevista coletiva de apresentação, Mano Menezes afirmou ser o treinador certo para corrigir os erros defensivos do Bahia.

Ele afirma que, olhando de fora, estava vendo o Bahia viver uma transição – saindo de um estilo de jogo reativo em 2019 para tentar ser mais atacante em 2020. E esse é o ponto a ser corrigido.

“Penso que contratou o treinador certo (risos). Ao longo dos anos, eu tenho tido uma sucessão de boas defesas, de defesas menos vazadas nos campeonatos que joguei. Olhando de fora, eu vi um Bahia em transição. No ano passado, quando Roger iniciou o trabalho o time era bastante reativo, jogava em transição defesa ao ataque com muita rapidez. E logicamente quando se faz isso, expõe menos a sua defesa. Mas o futebol não é igual em toda temporada. Continua o treinador, chegam novos jogadores e se modifica esse cenário. Às vezes se têm jogadores com outras mentalidades, com vocação para o jogo de maior imposição. E eu vejo o Bahia nesse momento, nessa transição. Para chegar em um meio termo de equilíbrio, tem que jogar um bom futebol. E para mim, jogar um bom futebol é fazer bem o que se propõe a fazer”.

Em determinados momentos, você precisa ter mais capacidade ofensiva para propor, mas para isso não pode virar a pior defesa do campeonato. Assim não vai a lugar nenhum. (É necessário) Achar esse ponto de equilíbrio, o futebol brasileiro passou por modificações nos últimos dois anos. A vinda de treinadores estrangeiros, a chegada dos jovens, a vinda de jogadores consagrados de volta, trouxeram modificações importantes. Hoje se vê todas as equipes tentando sair de trás construindo com qualidade, o que antes não era tão frequente. Ao mesmo tempo a cada rodada se vê gols a partir de falhas na saída de bola. Não adianta a ideia ser boa e não ser executada. Queremos o nosso lucro, que é vencer e jogar bem, e é isso que vou propor aos jogadores”.

A prioridade é corrigir a defesa para não sofrer tantos gols.

“A gente não tem receita pronta no futebol e o tempo varia de time para time. Às vezes se tem jogadores com capacidade de entendimento muito boa e às vezes não é necessário fazer algo tão diferente do que vinha sendo feito. O que vou propor não é algo tão diferente do que vinha sendo feito. Penso que a experiência, o conhecimento, o fato de já ter passado por situações como essa, fazem você conhecer alguns atalhos nessa hora para dar tranquilidade aos jogadores, para que o ambiente seja bom. Isso é fundamental. Independentemente de qualquer ideia, a parte de execução dos jogadores é o principal. E ninguém executa bem se não estiver se sentindo bem, se não enxergar lógica no que se pede e não se sentir comprometido. É isso que vou fazer num primeiro momento e vamos apresentar como ideia”.

Existem coisas, nessa hora, que são prioritárias. E uma delas é não tomar tantos gols. Não é possível vencer partidas grandes se toma muitos gols. Se o time continuar fazendo gols, como vem fazendo, e diminuir o número de gols que vem sofrendo, naturalmente estaremos mais próximos de vencer. É isso que vamos fazer no primeiro momento”.

Setor ofensivo agrada, mas precisa ser mais efetivo

“Costumo assistir os jogos dos principais times do futebol brasileiro. E mesmo na derrota para o Flamengo, a equipe criou bastante. Fez gols, ainda teve mais três chances em que jogadores nossos entraram na cara do gol e obrigaram a defesas do goleiro. Teve chances contra o Inter, teve chances contra o Grêmio. E antes do Grêmio inclusive. A equipe tem uma boa capacidade de criação, o que temos que melhorar é esse nosso aproveitamento. O futebol vive disso. Eu acho que a equipe tem qualidade para isso, com boas características ofensivas, com características de definição de jogo, e vamos chegar no ideal. Trabalhar bastante é o que temos que fazer, mesmo com pouco espaço entre um jogo e outro”.

Possibilidade de novas contratações será tratada internamente

“Vamos trabalhar de forma interna, porque não temos que expor jogadores. Não seria inteligente chegar aqui e dizer que temos que reforçar algum setor. E enquanto esse jogador não chega, quem está aqui vai ficar olhando para o treinador que está chegando e achar que está fora dos planos. Estamos aqui para ganhar jogadores, para ter mais jogadores jogando bem. Estamos aqui para que com um coletivo forte, eles possam retomar o que fizeram em outro momento. Então essa é a missão do técnico que chega e é isso que vamos fazer. Qualquer coisa fora disso vai passar pelo tempo e dos canais do clube até se tornar público”.

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