é goleada tricolor na internet
veículo informativo independente sobre o esporte clube bahia

Dado explica estratégia contra o Cuiabá e vê caminho para evolução

Notícia
Entrevista
Publicada em 8 de agosto de 2021 às 07:45 por Victor de Freitas

dado54
Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia chegou à marca de cinco rodadas sem vencer no Brasileirão após empatar com o Cuiabá fora de casa. Em entrevista pós-jogo, o técnico Dado Cavalcanti avaliou o desempenho da equipe no confronto fora de casa, o impacto do resultado e a expectativa por evolução.

A principal surpresa antes da partida foi a ausência de Gilberto entre os titulares, ficando no banco por motivos físicos segundo o treinador. Ele também explicou o motivo de ter optado por Oscar Ruiz e não por Hugo Rodallega.

Minha ideia era de manter o padrão do jogo contra o Atlético-MG, com dois atacantes. Dos jogadores disponíveis, eu entendi que o Ruiz era o jogador, porque o Gilberto não tinha condição de jogar. Gilberto veio no sacrifício. Rodallega não veio nas mesmas condições que o Mugni. Os dois pararam dois meses. Na readequação, Mugni foi muito mais rápido, até por idade. Rodallega vai demorar um pouco mais, mas ele precisa estar em campo. Iniciar com ele não passou pela minha cabeça. Eu conversei com Óscar sobre essa função, que ele já tinha feito no Cerro”, explicou o treinador.

As mudanças na equipe aconteceram mesmo sem treino tático durante a preparação. Questionado pelo ecbahia.com sobre os critérios utilizados para alterar a escalação de forma tão drástica, o técnico explicou o seguinte:

“O Gilberto estava muito desgastado. Talvez, em condições normais, a gente sabia que o Gilberto nem viria para essa viagem. Mas, na necessidade e pela importância de tê-lo aqui, eu preferi trazê-lo, para fazer alguns minutos no segundo tempo e a gente buscar alguma coisa diferente com ele. Mas essa formatação não mudou do jogo passado. Foram dois atacantes, sendo eles Ruiz e Rossi, com dois meias, sendo eles Rodriguinho e Mugni, com Daniel nas costas. Mudaram algumas peças. E, mesmo não tendo treino, eu passei um vídeo no hotel, conversamos um pouco sobre a estratégia no jantar, para que a gente viesse com um pouquinho mais de conhecimento do Cuiabá e, principalmente, reforçando o que a gente pretendia fazer”.

Dado Cavalcanti também afirma estar vendo o Bahia em um momento de oscilação e que espera por melhores resultados nas próximas rodadas, quando terá mais tempo para treinar.

“O Brasileirão é cercado de alçapões, desafios grandes. Todas as equipes passam por oscilações. E nós passamos, talvez, pela pior delas. Nosso time não se encontrou, perdeu muitos pontos. Espero ter pontuado hoje e ter passado de vez por esse momento ruim que o Bahia teve. Espero que a gente não repita uma sequência tão dolorosa como as dos últimos jogos. A gente voltou a marcar no Brasileiro, somamos um ponto. Não estou satisfeito, longe disso. Mas demos um passo pequeno para… A gente da comissão técnica divide o Brasileiro em alguns minicampeonatos, e esse foi o pior que tivemos de passar. Deixamos muito a desejar. E agora começamos uma nova sequência de jogos, mais espaçada, não vai ter tanto jogo sucessivo, tantas logísticas ruins de jogos, viagens, saídas. Minha expectativa é que a gente consiga, na próxima sequência de jogos, pontuar bastante para tentar reaver os pontos que perdemos nessa sequência ruim”.

Vale ressaltar que os espaços no calendário vão acontecer em função de eliminações na Copa Sul-amricana e na Copa do Brasil. Caso contrário, haveria jogos decisivos.

Bahia merecia vencer?

“A gente jogou para vencer. Acho até que merecíamos esse triunfo. Talvez não fomos tão superiores assim, mas a equipe que comandou mais as ações ofensivas foi o Bahia. Acho que poderíamos ter vencido o jogo contra o América-MG, hoje aqui em Cuiabá. Poderíamos ter vencido o Sport, mas vamos nos readequar, nos reorganizar nos próximos jogos, na próxima sequência. Teremos mais um jogo contra o Atlético-GO em casa, adversário que a gente entende que pode colocar nossa ideia em prática, de ser uma equipe forte ofensiva, para voltar a vencer e somar três pontos”.

Falta de intensidade e desgaste após jogo de quarta-feira

“Não faltou intensidade após o gol. faltou intensidade o jogo inteiro. O jogo aqui foi muito mais difícil do que aparentou em casa, do que as pessoas imaginaram. Nós fizemos um jogo absurdo de intenso na quarta-feira à noite, chegamos em Salvador às 2h30 da madrugada. Às 14h, estávamos nos reapresentando em Pituaçu para juntar os cacos e fazer uma viagem extremamente desgastante de Salvador para Cuiabá, chegando no final da noite. Até demos um descanso para o grupo que jogou, mas não existiu um jogador hoje que veio 100%, com tanque cheio. O Mugni, talvez, ainda no ritmo de jogo, mas com alguns resquícios de desgaste. O Capixaba também não tem tido tanta sequência desgastante. Eu concordo que faltou intensidade, mas não concordo que faltou após o gol. não foi porque fizemos o gol que perdemos intensidade. A intensidade já não acontecia antes”.

Por que Edson como titular?

“Sobre Edson, precisava de uma iniciação melhor, aquela primeira bola que passa pelos defensores. Edson foi, por muito tempo comigo, um especialista comigo na equipe de transição, que ele tem um pouco mais de visão, de dinâmica, para fazer os passes chegarem. Precisava de um passe mais refinado. Essa foi a opção”.

comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

enquete

Qual a posição que o Bahia mais precisa de reforços para 2025?
todas as enquetes