Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
O Bahia conquistou sua vaga na final da Copa do Nordeste com um triunfo nos pênaltis sobre o Fortaleza, após um empate sem gols no tempo normal na Arena Castelão.
Para o técnico Dado Cavalcanti, o fato de o Bahia ter atuado no meio de semana, em um confronto disputado em território uruguaio, provocou um desgaste grande no time, mas diz que seus jogadores mereciam ter saído de campo com a classificação ainda no tempo normal.
O treinador do Esquadrão afirmou ter visto um time criativo em campo, mas que pecou no momento de definir as chances criadas em gol.
“Poderíamos ter vencido antes. Merecíamos ter vencido antes. Mas a bola não entrou. Não tivemos eficiência necessária. Era um jogo decisivo, de competitividade, e o desgaste compromete em alguns momentos. Hoje enfrentamos um adversário que não jogou no meio de semana. Obviamente, a condição de igualdade termina aí. Porém, em todo momento nossa equipe foi mais agressiva ofensivamente. Estivemos mais próximos do gol”.
“No jogo de hoje, se houvesse um vencedor no tempo normal, esse vencedor teria que ser o Bahia por tudo que fez”.
Perguntado sobre a atuação apagada de Gilberto, Dado explicou que o time demonstrou criatividade ao longo do jogo mesmo sem a bolar chegar tanto aos pés do camisa 9 no ataque, por fatores de defesa do adversário. Porém, ressaltou o número de finalizações feitas por outros jogadores.
“Talvez tenha chegado menos (no Gilberto), mas chegou muito ao Rossi, ao Rodriguinho, ao Thaciano, como elemento-surpresa. Tivemos outras oportunidades. Gilberto é o nosso artilheiro, então ele traz consigo, além da alcunha, a atenção dos adversários. Acabam sobrando outros atletas. Aqui mesmo, em Fortaleza, Rodriguinho fez três gols porque Gilberto estava muito marcado. Faz parte do processo, pela forte marcação no Gilberto. Não deixamos de ser criativos, porque tivemos outras chances com outros atletas”.
Substituições feitas por desgaste
“Todas as mudanças foram por desgaste, no intervalo, tínhamos dois sentindo dores. Patrick sentiu dores no joelho, resquício do jogo da última quarta. Thaciano estava com o joelho inchado, conseguiu suportar o máximo possível em campo. Estávamos à mercê dessas trocas por cansaço. Visto tudo que aconteceu nos últimos dias. Finalizamos um jogo na quarta praticamente na madrugada. Tivemos uma logística favorável, o clube investiu para que nossa logística desse o maior tempo de descanso. Saímos de Montevidéu para Fortaleza. Rodamos o continente. Do extremo sul para praticamente a região norte, porque Fortaleza fica mais acima. Acho que essa condição trouxe, sem sombra de dúvida, desgaste a mais, que um adversário que não jogou no meio da semana, descansou. Mas, sinceramente, isso não foi evidenciado em campo”.
Cobradores de pênaltis
“Já tenho uma tabela prevista com comissão, um grupo A e um grupo B de batedores. O grupo A é de especialistas, que corriqueiramente batem e não perdem. Das cinco cobranças, três eram desse grupo A: Rodriguinho, Galdezani e Gilberto. Os outros dois foi mais pela condição, eles eram do grupo B, mais na condição da desenvoltura deles. Conti sempre bateu muito bem. Conversei com ele, estava confiante. Capixaba também bate muito bem na bola. Se fomos mais criteriosos… E eu já vi com o pessoal da externa do clube que Felipe saltou antes no chute de Capixaba. Foi uma batida boa. Felipe só chegou na bola porque saltou antes. Quem bateu hoje estava muito bem preparado”.
A delegação tricolor retorna para Salvador neste domingo (25), após quase uma semana longe de casa. A preparação agora é voltada para o jogo de terça-feira (27), contra o Guabirá, pela segunda rodada da Sul-americana.
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