Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Em meio à pandemia de coronavírus, clubes de todas as partes do mundo passam a encarar dificuldades financeiras por conta da diminuição de receitas. No Bahia não é diferente. A diretoria está encaminhando acordos com jogadores e outros profissionais para redução salarial nos meses de crise econômica.
Em entrevista ao Canal do Nicola, no Youtube, o presidente Guilherme Bellintani falou sobre o planejamento do Bahia para ultrapassar a instabilidade causada pela paralisação nas competições e indicou avanço em conversas para redução de salários.
“O Bahia projeta 2 a 3 meses de paralisação, com perda de 10% a 30% (cerca de 20 a 60 milhões de reais) das receitas projetadas para 2020, a depender do cenário”, afirmou o presidente do Esquadrão.
“Nosso cenário é projetar o clube para um momento muito difícil. A gente projeta dois a três meses de grande dificuldade no cenário do futebol brasileiro. São medidas que buscam gerar receita dentro do possível com aquilo que temos na mão, fizemos uma campanha para os sócios se manterem em dia. O sócio do Bahia é muito atuante. Aqui, nós somos sócios de verdade. Votamos para presidente. Além disso, buscando outras receitas da forma como puder”, analisou Bellintani.
“No plano de despesas, é lógico que repactuamos todos os contratos, inclusive com jogadores. Eles não podem ficar à margem disso, fingir que não é com eles. Mas temos uma relação muito franca e aberta com os jogadores. Estamos ao longo de todo essa semana conversando com muitos atletas, representantes e com o grupo no geral. Em pouco tempo, nós vamos ter avanço. Os aletas estão sendo muito compreensivos, mas, naturalmente, sempre levam muitas dúvidas e a gente quer fazer de um jeito mais arquitetado possível”.
Então, vai haver redução nos salários?
“Sim, sim. Certamente é uma tendência. Não posso cobrar da torcida que mantenha sua mensalidade em dia e, eu como presidente, o vice-presidente, os diretores, treinadores e jogadores não cederem um pouco do seu ganho.”, explicou o presidente.
“Por que o Bahia não anunciou isso ainda? Porque a gente prefere fazer isso da maneira mais conversada possível, com muito diálogo, projetando a perda de cada um, entendendo a realidade cada um. Mas o espírito é muito positivo. São atletas que têm um carinho muito grande pelo clube e essa união. Mesmo os atletas jovens já chegam sendo muito compreensivos. O Bahia vem sendo bom pagador, bom cumpridor de suas obrigações e pesa muito. Numa hora em que não temos um salário e nem uma imagem atrasada, quando sentamos para negociar já é de uma maneira melhor. O atleta sabe que a gente não quer aproveitar o momento. Então, o cenário é muito positivo”, concluiu.
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