Fonte: Rafael Machaddo / EC Bahia
O Bahia é o único nordestino bicampeão brasileiro e atualmente é o clube do Nordeste com mais edições seguidas na Série A. No entanto, a equipe tricolor tem repetido em 2021 os mesmos problemas dos últimos anos, perdendo jogos consecutivos e despencando na tabela rapidamente. Em contrapartida, o Fortaleza, que retornou à elite em 2019, neste ano está já conseguindo destaque nas competições nacionais.
Enquanto o Bahia está na décima posição da Série A, com quatro pontos a mais do que a zona de rebaixamento, o Fortaleza tem feito um primeiro turno de G-4, atualmente em terceiro lugar, com quatro pontos a menos do que o líder.
Além do Brasileirão, o time cearense está vivo nas quartas de final da Copa do Brasil, enquanto o Bahia já deu adeus ao torneio de mata-mata na fase anterior.
Com o atual momento em vista, torcedores ao apontar possíveis equívocos cometidos pela diretoria do Bahia em muitas vezes fazem comparações com o desempenho do vizinho Fortaleza. Afinal, por que o time cearense está tão bem mesmo com receitas menores do que a do Esquadrão?
Em live no canal João Bahêa, o diretor executivo de futebol Lucas Drubscky foi questionado sobre o assunto e fez uma análise quanto à situação dos clubes no Brasileirão. Para ele, é uma questão de momento, ressaltando que há poucos meses o Bahia eliminou o FEC no Nordestão.
“Acho que está um pouco cedo para falar que o Bahia deu errado e o Fortaleza deu certo. Não chegamos nem na metade do Campeonato Brasileiro. Isso eu falo porque há dois meses, o Bahia era campeão do Nordeste eliminando o Fortaleza no Castelão. Antes, na penúltima rodada do Brasileiro (de 2020), metemos 4 a 0 lá dentro. Tirando o Fortaleza dentro de casa em uma semifinal de Copa do Nordeste, o Bahia era ‘o fera’. Hoje, o Fortaleza está em uma situação de Campeonato Brasileiro muito boa e tem méritos totais da administração e comissão técnica, mas acho que está muito cedo. Citei agora como exemplo de uma mudança de prisma de Bahia e Fortaleza em questão de um ou dois meses. Então, estamos no mês 8, mas não chegamos no final do campeonato. Tem muita água para rolar ainda”.
“Dá para fazer mais com menos? Dá. Não vou abrir questão de salário, mas fizemos muitos bons negócios no Bahia, que entra nessa capacidade do “mais com menos”. Por uma questão ou outra, tivemos jogos que poderíamos ter vencido, jogos que realmente fomos mal e que culminou nessa sequência negativa do campeonato. Essa sequência de derrotas fez com que todo mundo, quando vê essa fase ruim, já diga que está tudo errado. E aí vamos sempre olhar para o vizinho. E o nosso vizinho está bem, está nas cabeças do campeonato. Usando de parábolas, o dia não acabou ainda. Muita coisa pode acontecer ainda. Nossa única forma de fazer futebol tem sido tentar sempre fazer mais com menos para otimizar gastos e ter bom retorno técnico e de investimento também”.
“Comparando a parte técnica, é isso. O Fortaleza está melhor do que a gente na tabela, mas há dois meses estava pior e amanhã pode estar abaixo de novo. É momento, o futebol é momento. Agora, o momento deles está melhor. E a gente vai fazer de tudo para mudar, sem se preocupar com outras equipes. Estamos preocupados com o Bahia e imbuídos de fazer mudar essa nossa situação”, avaliou o dirigente do Esquadrão.
Três meses após a semifinal da Copa do Nordeste, o Bahia está 12 pontos atrás do Fortaleza em apenas 15 rodadas disputadas no Brasileirão.
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