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Eddie fala sobre apoio ao time feminino e expectativas para 2020

Notícia
Entrevista
Publicada em 12 de junho de 2020 às 13:10 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

Campeãs Baianas em 2019, a equipe feminina do Bahia vem caindo nas graças da nação tricolor. No entanto, com a pandemia do coronavírus alguns planos tiveram de ser interrompidos. Mas, para Eddie Almeida “o 2020 ainda não acabou, apesar de tudo que está acontecendo. A gente tem fé de voltar logo”.

Nesta segunda parte da entrevista com a meio-campista tricolor, vamos falar sobre as expectativas dela para o seguimento da temporada e como o Bahia tem dado exemplo ao oferecer uma estrutura diferenciada para as meninas de aço.

Leia mais: A quarentena das Meninas de Aço: parte 1 da entrevista com Eddie Almeida 

Também conversamos sobre o lado alegre e divertido dessa menina que honra o manto sagrado dentro de campo e garante o divertimento da galera nos bastidores e redes sociais:

– O ano de 2019 foi muito importante para o avanço do futebol feminino no mundo. 2020 tinha tudo para ser melhor ainda, acha que essa crise no futebol causada pela Covid-19 impediu ou retrocedeu os avanços no futebol feminino?

Eddie: “2019 foi sim um ano muito bom para o futebol feminino, mas 2020 ainda não acabou, apesar de tudo que está acontecendo. A gente tem fé de voltar logo, tem fé da permanência dos nossos objetivos, continuidade e lutar mesmo pra que a gente conquiste os nossos objetivos. E se não der para esse ano de 2020, a gente vai continuar lutando para que 2021 seja um ano tão bom como foi 2019 e que a gente vença esse ano com muita alegria, muita força de vontade, garra e determinação”.

– Enquanto diversos times tem tido dificuldades para manter as equipes femininas, o Bahia vem dando um exemplo positivo ao manter os salários em dias e sem reduções. Como você tem visto esse cenário e o exemplo que o Bahia vem dando para o restante das equipes?

Eddie: “Quem acompanha o futebol feminino e as redes sociais vê muito o que está acontecendo nesse cenário feminino, nesse cenário do futebol feminino, digamos assim. É triste a gente ver a necessidade de muitos clubes, a necessidade de muitas meninas, levando em conta a irresponsabilidade de muitos dirigentes, de muita gente que não quer que o futebol cresça de verdade. Acho que esse é o problema, sabe. Ainda tem muita gente que não ama a modalidade e faz por fazer. O que não é o caso do Esporte Clube Bahia. A gente tem uma diretoria incrível, pessoas competentes, pessoas que amam a modalidade, pessoas que fazem porque realmente gostam e acreditam no potencial de cada um que lá está. E acho que o exemplo que o Bahia vem dando não só para o futebol feminino, mas para a modalidade em si é maravilhoso, é de se aplaudir, sabe. Eu fico muito feliz em poder fazer parte da equipe que, hoje eu me sinto muito feliz mesmo, me sinto realizada e o Bahia é Bahia”.

– Quem te acompanha nas redes sociais e vê os bastidores das meninas de aço, sabem que você é muito brincalhona e divertida. Fala um pouco mais sobre esse seu lado e como isso tem ajudado nesse momento de isolamento social.

Eddie: “Então né (risos), muitos veem o meu jeito e meu modo de ser, o quanto sou bem alegre com relação a tudo, eu acredito que levo mais alegria para as pessoas do que até mesmo consigo me divertir sozinha nesse isolamento social. Acredito que todos estão passando por fases ruins, mas, esse meu lado brincalhona, alegre, divertida e resenheira sempre vai estar dentro de mim e, as vezes eu mesma invento alguma coisa, uma resenha dentro de casa. E até faço lives no meu próprio Instagram pessoal, pra tentar me distrair um pouco, interagir mais com a galera, de procurar saber como elas estão e acho que as pessoas ganham mais do que eu própria ganho. Me sinto muito bem por isso, porque eu faço vídeos, resenha e as pessoas demonstram todo esse carinho, sabe, de estar comigo ali presente e mandam mensagem: ‘poxa…você é muito engraçada, eu não imaginava que você era assim’ ou então outras pessoas que já falam o oposto: ‘cara, que bom te ver sempre assim, sorrindo e fazendo a gente sorrir’. Então, acho que isso é muito gratificante, tem me ajudado também bastante o meu jeito de ser, não sendo fechada, acaba me ajudando bastante nesse período de isolamento”.

– E esta temporada, ainda reserva boas surpresas, como o futuro acesso da equipe feminina para a série A1 do brasileiro?

Eddie: “Acho que a gente tem uma equipe muito focada, estamos nos ajudando, uma a outra e sempre incentivando tentando manter o foco no nosso maior objetivo que é subir para a série A1. E toda essa dificuldade que a gente está passando e vivendo não irá nos frustrar, pelo contrário, toda essa dificuldade, toda distância e saudade que a gente sente e tem uma da outra, acho que quando voltarmos vai ser maravilhoso. O contato, a vontade de jogar, vontade de nos doar mais e mais pra que a gente consiga realmente esse acesso pra série A1. Esse é o nosso maior objetivo e a gente vai lutar para que aconteça”.

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