Enderson quer Bahia como protagonista e avalia possíveis mudanças

Fonte: Bruno Queiroz / EC Bahia

Enderson Moreira é o novo treinador do Bahia para o restante de 2022. O comandante tricolor foi apresentado oficialmente para o público em transmissão ao vivo na noite desta segunda-feira (27), véspera da reestreia do técnico à frente do Esquadrão de Aço.

Em suas primeiras palavras no retorno ao Bahia, Enderson respondeu a um questionamento feito pelo ecbahia.com, que perguntou sobre o que a torcida pode esperar de diferente em relação à sua primeira passagem pelo clube, entre 2018 e 2019.

“Eu acho que na primeira passagem tivemos momentos muito bons e momentos não tão bons assim. Lembro-me muito bem que no Brasileiro a gente estava no Z-4 e era um desafio que tínhamos pela frente e no final a gente conseguiu esse objetivo principal. Tivemos coisas positivas, coisas que poderiam ter sido melhores. O início de 2019 foi de muitos jogos, pouca preparação, o que é normal no futebol e temos que conviver com isso. Como todo trabalho, teve pontos positivos e negativos, e a expectativa é que a gente possa fazer um trabalho melhor e que possa entregar, além dos resultados, uma performance boa em campo. Que o torcedor se sinta representado em campo”.

Conhecedor do clube, Enderson garante entender o desafio de assumir o Bahia em um momento de Série B, em que a conquista do acesso é a principal missão da temporada.

“O desafio é enorme em um clube gigante. De alguma forma, teve essa queda. E às vezes é uma oportunidade de mudar o rumo e estou aqui com minha comissão técnica em prol de buscar esse caminho, para que o clube possa ter um crescimento, fazer uma grande competição e voltar a Série A. É um clube que se consolidou nos últimos anos no cenário nacional. Esperamos fazer de alguma forma para que o Bahia possa retornar bem, com reconhecimento e representatividade”.

Enderson fala em Bahia como protagonista nos jogos

Por conhecer tão bem o clube, Enderson Moreira também afirma que espera conseguir fazer com que o Bahia consiga exercer protagonismo dentro das quatro linhas, principalmente contra equipes que atuem de forma fechada – que vem sendo o maior pesadelo da equipe.

Para o técnico, o Esquadrão precisa ter condições de furar defesas retrancadas e não permitir contra-ataques, como ocorreu contra o Novorizontino.

“A questão de ser uma equipe protagonista é muito daquilo que eu acredito. A gente vai enfrentar adversários que vão abaixar as linhas, que vão criar mais dificuldades, e precisamos ter argumentos para isso, criando boas situações e ao mesmo tempo estando bem atento para não proporcionar contra-ataques para esses adversários que vêm com essa proposta muito clara”.

Mudanças na equipe

Com apenas um dia de trabalho com o elenco, antes de reestrear no clube, Enderson admitiu que deve, sim, realizar algumas mudanças na equipe para o jogo contra o Brusque, assim como também avaliou o que projeta alterar no time em relação ao trabalho feito por Guto Ferreira.

“Eu acho que temos como melhorar tudo como equipe. Tenho o maior respeito pelo Guto. Não é a primeira vez que eu substituto o Guto, assim como ele já me substituiu em outras ocasiões. Sei particularmente que onde o Guto passa tem um trabalho já desenvolvido, tem muitas coisas que a gente pensa parecido, tem coisas também que são diferentes. Vamos tentar fazer com que a equipe possa crescer de maneira geral, tanto no aspecto ofensivo, como defensivo. É importante dar poucas oportunidades ao adversário. E em casa contra os adversários jogam por uma bola e temos que saber furar essas linhas sem dar oportunidades”.

“Acho que naturalmente alguma coisa já vai ser diferente e muita coisa vai ser mantida. O tempo é muito curto, estou no processo de conhecer bem os atletas e a gente só conhece quando trabalha no dia-a-dia. Eu acho que vai ser uma coisa gradativa. Claro que a gente não tem a expectativa de que amanhã não vá sair tudo como a gente pensa, mas também tenho a esperança no processo. Principalmente que a gente seja uma equipe que vá buscar o triunfo, com inteligência, com bom nível de competitividade. Isso é fundamental para ganhar mais confiança”.

Reencontro com Eduardo Freeland no Bahia

“Eu tive o prazer de conhecer o Freeland no ano passado (pelo Botafogo) e acho que a gente tem uma coincidência grande de ideia, pensamos muitas coisas parecidas no futebol. Isso é muito importante porque acaba encurtando o caminho para discussões e favorece, sem dúvidas nenhuma, para que a gente possa buscar nosso objetivo”.

O que fazer para o Bahia marcar mais gols?

“Eu acho que é uma situação dos últimos jogos provavelmente. Precisamos buscar alternativas. É claro que as dificuldades vão se apresentar cada vez mais para as equipes que estão na frente, todos começam a estudar muito. É importante que a gente possa se preparar ainda mais”.

O elenco do Bahia

“Já vi alguns jogos, conheço já alguns atletas, já enfrentei vários deles. Vi que é um elenco com grande potencial e nosso objetivo principal é tirar o máximo dele para que eles possam responder cada vez mais e da melhor forma possível”.

Novamente tem Marco Antônio no elenco

“Realmente, o Marco Antônio foi um jogador muito importante no ano passado. Cresceu e amadureceu muito nas questões de inteligência de jogo e na capacidade de saber o que fazer. Foi muito participativo, do lado esquerdo, do lado direito e centralizado também. É um jogador que pode fazer essas três funções com ótima qualidade”.