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Freeland avalia momento do Bahia e quer reverter a situação

Notícia
Entrevista
Publicada em 9 de março de 2022 às 15:09 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

Eduardo Freeland foi oficializado como o novo diretor de futebol do Bahia, nos últimos dias, e apresentado oficialmente à imprensa na manhã desta quarta-feira (09).

Após trabalhar na conquista da Série B de 2021 pelo Botafogo, o profissional chega para assumir o cargo mais alto do departamento de futebol do Bahia com o mesmo objetivo: subir para a elite do futebol nacional o mais rápido possível.

Em suas primeiras palavras como novo “homem-forte” do futebol tricolor, Freeland afirmou entender a responsabilidade e a pressão de uma torcida de massa como a do Esquadrão, mas garante estar confiante que alcançará os objetivos no fim do ano.

“Estou muito orgulhoso de estar sentado nessa cadeira conhecendo o CT Evaristo de Macedo, fazendo parte da história de um clube que eu sempre admirei muito. Que vem se reconstruindo desde 2013… Vinha namorando essa possibilidade há algum tempo, vinha mantendo conversas com o presidente para que acontecesse. Sei a responsabilidade, sei que é um caminho difícil, sabemos da expectativa da torcida… É natural a cobrança da torcida de a gente colocar o Bahia de volta onde ele não deve sair nunca mais. Estou muito feliz, os funcionários que aqui estão já conheço alguns, são de um nível altíssimo”.

Elogios ao CT Evaristo de Macedo

Freeland chegou ao Bahia depois de já ter trabalhado em clubes como Botafogo, Cruzeiro e Flamengo, e afirmou ter sido impactado com o alto nível da casa tricolor.

“Estou muito impactado com a estrutura física que o clube tem, que não deve nada pra ninguém. Então, me sinto preparado para estar aqui, para poder superar todos os desafios. E tenho muita convicção que criando um ambiente favorável, que a gente tem certeza que vai criar e colaborar, a gente vai conseguir o nosso principal objetivo”.

Diagnóstico inicial do momento do Bahia

O novo dirigente tricolor falou sobre como enxerga o momento pelo qual o Bahia está passando, vindo de um rebaixamento em 2021, com uma crise técnica dentro de campo nas competições regionais e em crise na gestão de futebol nos últimos anos.

“Na verdade, o futebol é crise quase que na normalidade. Porque, por mais que a gente esteja num bom momento, uma derrota, um empate gera uma crise. O momento é delicado, a gente tem ciência disso, mas o que a gente analisa quando a gente tem a escolha de assumir um cargo importante como esse é que o Bahia reúne todas as capacidades para sair desse lugar”.

Para Freeland, o Bahia possui as ferramentas necessárias para sair da situação em que se encontra.

“Tem um elenco que tem bom nível, tem estrutura de um nível muito alto, tem pessoas que comandam o clube e que estão no futebol de um nível muito alto, mas no futebol a bola precisa entrar, precisa ter resultado. O que gente vai buscar é diagnosticar muito rápido para que a gente possa ser o mais assertivo possível nas tomadas de decisão, nas influências internas, para que a gente possa reverter esse quadro mais rápido possível”.

Trabalho para reverter o quadro

Eduardo Freeland também fala em entender os problemas internos que o clube está passando, incluindo funcionários e atletas, para definir quais serão as ações necessárias para reverter o momento do clube.

“A primeira coisa que passa pela cabeça quando você acerta com Bahia é o orgulho de fazer parte disso, de verdade. Estou muito feliz de poder estar representando algo tão relevante. Acho que o ponto de partida é fazer uma imersão, entender o que está acontecendo, esse ano principalmente, não ficar recordando o que já foi. É identificar os melhores caminhos, as melhores ações. Eu acredito muito que são ações que vão modificar. Ações dos atletas em campo, nossas ações para que a gente possa entender qual o caminho que vai potencializar. Seja os funcionários, que por algum motivo, não estão rendendo o que eles podem, que podem estar passando por falta de confiança, problemas em casa, são seres humanos… Então temos que ter sensibilidade para considerar qual o ponto de partida, fazer uma imersão para que a gente possa influenciar todos que estão nesse contexto para reverter essa situação”.

Foco no acesso

Campeão nacional como gerente de base nos outros três grandes clubes por onde passou, Freeland tem larga experiência na formação de atletas. Porém, garante que seu foco está no futebol profissional e em buscar o acesso.

“Sem dúvida que o foco é o retorno à Série A. O ponto central, na minha conversa com o presidente, é claro. Mas o clube acontece tudo ao mesmo tempo. O futebol flui tudo ao mesmo tempo. Tenho uma experiência muito grande em futebol de base e essa experiência me dá o conhecimento de poder acompanhar processos. Mas eu vou ter que focar no carro-chefe, o que vai fazer todas as outras questões se elevarem junto. Então foco vai ser esse”.

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