Desde quando deixou o Bahia, no último dia 28 de fevereiro, Ávine tem sido figurinha carimbada nos principais meios de comunicação do estado. O jogador já deu entrevista ao Correio, ao globoesporte.com, à equipe dos galáticos, e dessa vez o lateral-esquerdo concedeu entrevista ao Aratu Online.
Nela, o jogador falou sobre sua rotina de treinos, planos para o futuro e de seus problemas com a a atual diretoria, comandada pelo presidente Marcelo Sant’Ana. Em uma de suas respostas Ávine revelou não gostar do comportamento de Éder Ferrari como gerente de futebol do clube.
“Sim…Como saiu várias notícias agora. O Éder, ele não tem uma postura de como deveria ter dentro do clube. Teve até uma perseguição dele em cima de um funcionário do clube, não só de um , de outros também. Eu fiquei chateado com isso, porque são profissionais que sempre procuraram dar o melhor de si dentro do clube, ajudando da melhor maneira possível e ele a todo momento perseguindo esses funcionários e era nítido… Alguns jogadores sempre comentavam, sempre falavam da postura dele dentro do clube. Então, ele não está 100% preparado como ele achou que devia estar para assumir um clube tão grande como o Bahia”, disse.
O jogador ainda completou alegando que o gerente de futebol o tratava com indiferença quando os dois se encontravam no Fazendão. Principalmente depois que foi afastado junto com Maxi Biancucchi, Jaílton e Gabriel Valongo.
“Eu acho que sim. Primeiro que na diretoria ninguém veio falar comigo. Éder então, principalmente. Ele passava e, praticamente, nem me olhava. Então eu acho que isso não é atitude de diretor [Éder ocupa o cargo de gerente]. Atitude de diretor ele chega, conversa, expõe o que ele pensa, olho no olho. Depois que eu fui afastado, depois de tudo que aconteceu, eu fui conversar com o presidente, fui expor para ele como estava me sentindo e (pausa).. fui surpreendido que ele me disse que quem não queria que eu ficasse no elenco era o treinador, Doriva. Então, eu fiquei meio assim. Porque antes, eu tinha conversado com o Doriva e ele me disse (que a decisão de afastar e não renovar com Ávine) partiu da diretoria de me afastar. Um jogo para o lado, o outro para o outro. Eu fico sem saber qual é a verdade nessa história”, desabafou Ávine.
Em resposta ao jogador, Éder Ferrari fez uma revelação. O gerente garantiu que, por conta de um dos atrasos de Ávine, teve que inventar uma história para o treinador da época, Sérgio Soares, para que o jogador pudesse voltar aos gramados na partida contra o Paysandu, em Pituaçu.
“Realmente eu não devo ter postura. Menti ano passado para ele (Ávine) jogar. Na véspera do jogo contra o Paysandu, Sérgio Soares estava sem os laterais que vinham jogando. Sérgio, depois de uma conversa que tivemos, então decidiu colocar Ávine. Porém, no treino, que antecedia à partida, já se passava das 8h30, horário que começava a atividade no campo, e nada de Ávine no Fazendão. Aliás, como de costume. Liguei para ele e ele estava acordando. Era 8h35. Expliquei a situação , que ele iria voltar a jogar no dia seguinte.
Inventei uma história de supetão. Disse que era para ele vir correndo e dizer a Sérgio ( Soares) que tinha me ligado umas 6 horas da manhã, dizendo que tinha ido ao hospital levar o filho, que havia passado mal a noite. Por isso chegaria atrasado ao treino. Assim foi feito. Confirmei a “história” a Sérgio. Ávine chegou depois de 9 horas, participou de 20 a 25 minutos no máximo da atividade e jogou no outro dia. Se não fosse eu, mentindo para protegê-lo, ele nem teria voltado a jogar ano passado. Realmente essa atitude que tomei, é de quem não tem postura e persegue os funcionários…”
Confira a entrevista na íntegra no site da Aratu ou clicando aqui.
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