Fonte: Reprodução / Sócio Digital
O Bahia foi derrotado por 1 a 0 pela Chapecoense, na Arena Fonte Nova, em jogo disputado na noite desta terça-feira (14). Após o primeiro revés dentro de casa nesta Série B, o técnico Guto Ferreira falou sobre como viu a partida.
A partida em casa foi marcada por um gol sofrido com apenas dois minutos e uma expulsão do adversário com menos de dez minutos da primeira etapa. Com um a menos, o Esquadrão teve amplo domínio da posse de bola e 23 finalizações no total. Porém, a maioria dos lances resultaram em chutes sem direção ou em cima da defesa.
Em sua avaliação sobre o jogo, Guto Ferreira citou as dificuldades encontradas dentro de campo e afirmou que já esperava por um jogo duro em função do retrospecto da Chape como visitante neste campeonato.
“O que a gente não pode deixar de colocar é que a campanha da Chapecoense, antes dessa partida fora de casa, era a segunda melhor fora. Não perdeu fora. Com essa vitória deles, eles têm a mesma pontuação do Cruzeiro (fora). A gente sabia de tudo isso”.
O técnico também relata que o fato de levar um gol nos primeiros minutos muda completamente o que havia sido planejado para a partida, ressaltando novamente as dificuldades impostas pelo adversário em campo.
“Queira ou não queira, o gol foi muito cedo. Quando acontece muito cedo, muda o planejamento, precisa ser readaptado. Depois, o time da Chape é muito experiente. Léo foi capitão do Cruzeiro por muito tempo. Os caras queimaram tempo o tempo todo, o árbitro tentou ser enérgico, mas é do jogo… Isso muitas vezes vai quebrando o ritmo. Teve um momento, por exemplo, em que estávamos puxando contra-ataque e ele colocou a bola lá atrás. E o time deles já se fechou. A ansiedade acaba se tornando normal por querer muito. Por mais que a gente pedisse, circulasse a bola, não achava a brecha de entrada. Tentamos quebrar linha, conseguimos em um lance com Rildo, depois chutou de esquerda mascado, teve o lance do Jacaré impedido. Buscamos das mais variadas formas. Tenho certeza que se conseguisse no mínimo o empate com algum tempo, buscaríamos o segundo gol. Imagina como fica o mental. Uma coisa é correr com 0x0, outra coisa é com 1×0 contra e com o time todo lá atrás. É difícil de quebrar. Você tem que ter jogadores de muita qualidade e muita maturidade. A gente é uma equipe que vem amadurecendo, que vem conseguindo resultados importantes e tentando jogo a jogo. Alguns jogos não acontecem”.
Apesar do revés, ele garante não estar preocupado com o desempenho de sua equipe porque acredita ter visto um nível de criação ofensiva satisfatório.
“Eu estaria muito preocupado se não tivéssemos criado oportunidade, mas criamos. Então essa tranquilidade de repente pode ser reflexo de melhoria para os próximos jogos, para que a gente não permita que aconteça isso e se acontecer, que tenhamos mais competência para reverter essa situação”.
Diferenças do Criciúma para a Chapecoense
“Tem uma situação muito importante da partida contra o Criciúma e para essa partida. O Criciúma com um a mais não se sustentou lá atrás, ele saiu para o jogo e aí achamos o gol de empate. Eles tentaram ganhar e perderam. A gente tinha a condução para o gol mais livre. Não foi o caso da Chape, que colocou três zagueiros no fim para sustentar. Jogou por vários momentos com seis jogadores que praticamente não saíram de trás. Eles ficavam guardando posição para não permitir nosso contra-ataque com cinco ou seis. Só ficava um na frente. Esse foi o grande problema, esse congestionamento próximo à área, com jogadores que sustentaram bem o jogo aéreo. Quando conseguimos oportunidade, o goleiro foi bem”.
Substituições para tentar virar o jogo
“Saímos do primeiro tempo com um jogador a mais para jogar contra uma equipe que estava toda atrás. Precisávamos ter melhoria na construção. Com Patrick atrás, tivemos a melhora para construção e tivemos o Daniel jogando mais atrás, compensando com uma marcação mais forte do Rezende. Se eu seguro o Mugni, dificilmente eu jogaria com ele e Daniel, pois o meio ficaria aberto mesmo com um jogador a mais, porque eu estava trazendo o Patrick para trás. Eu trouxe Rezende para dar uma sustentação a mais e que também é um jogador criativo. Trazendo Daniel para trás, e ele acertou passes muito bons, colocamos Davó por dentro junto com Rodallega como referência. Nisso, Davó segurou os zagueiros e o Hugo rodou nas costas. Enfiou Rildo e Jacaré por dentro, segurando os laterais deles para trazer Luiz Henrique nas ultrapassagens no lugar do Djalma, que estava bem. O fato de ele ter mais drible do que o Djalma, era o que a gente buscava. Quebrar o imprevisível. Enfiamos o Borel na frente também. Quando colocamos Raí no lugar do Borel, é porque não adiantava nada colocar Jonathan precisando ganhar o jogo na situação em que estava. Jonathan é mais equilibrado entre defesa e ataque”.
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