Guto explica escalação e estratégia para mudar o jogo no 2º tempo

Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia venceu o Criciúma por 2 a 1, neste sábado (04), e somou mais três pontos fundamentais em uma partida marcada por uma grande virada do time tricolor no segundo tempo, após perder um jogador por expulsão.

Em entrevista pós-jogo, o técnico Guto Ferreira explicou a opção por entrar em campo com um trio ofensivo totalmente modificado, que ainda não havia iniciado nenhuma partida junto, e com jogadores que estavam há várias semanas sem atuar por lesão.

“Nós tivemos algumas situações durante a semana. Nós tínhamos que valorizar o que fizemos durante os treinamentos, o que a nosso vir encaixou melhor durante os treinos, em cima do adversário. Foi por isso que começamos daquela maneira. Sabíamos que dois que foram substituídos provavelmente não terminariam a partida”.

Guto ainda revelou que Daniel quase foi vetado por conta de uma inflamação na garganta, que o deixou de fora da maior parte dos treinos da semana.

“Talvez ninguém saiba que o Daniel treinou um ou dois dias no início da semana, ficou quarta e quinta fora, ontem (sexta) só fez um treino bastante leve, por um problema na garganta. Treinou segunda e depois só sexta. Colocamos em campo pela importância dela e porque ele, fisicamente, teve outra partida em que entrou mal e foi bem. A gente apostou, mas sabia que teria que tirar ele em algum momento”.

Já a entrada de Rodallega como titular se deu pela importância do atleta para o grupo e como uma tentativa de agredir o adversário nos primeiros minutos.

“Todo mundo sabe quem é Rodallega e seu nível de importância para a equipe. Então, moldamos a equipe de uma maneira que a gente tivesse, no momento inicial, um jogo mais forte, com uma equipe que conseguisse agredir e marcar também”.

Mudanças para o segundo tempo

Mas, a estratégia passou longe de dar certo. Sendo assim, diversos ajustes foram necessários durante o intervalo, não só para reposicionar a equipe após a perda de Ignácio, expulso, mas também para voltar a atacar o adversário.

“E aí que está o detalhe, não conseguimos nem agredir como estávamos fazendo nos treinamentos e nem marcar do jeito que fizemos nos treinos. Algumas coisas acontecem, não saem como planejado, e no intervalo com um a menos tivemos que tomar algumas posições. Colocamos jogadores mais rápidos pelos lados, fizemos um 4-1-4, sem a referência, sendo que quando fôssemos agredir pela direita, o Rildo tinha que fazer a diagonal e virar centroavante, e pela esquerda, o Davó se tornaria o atacante. No momento final, sem Daniel, colocamos Davó para marcar como um 10 e atacar como um 9. Colocamos dois nas beiradas e as coisas andaram. E andaram porque Mugni conseguiu dar uma condição muito boa de saída para a equipe, de arrancada. Ele influenciou a equipe, transformou a equipe em atitude. Acho que Djalma fez uma partida de muita explosão física, de muita gana, acrescendo muito para a equipe”.

Elogios a Patrick

“Patrick foi o jogador que mais roubou bolas na partida e olha que não tem a característica de roubar bolas. Ele tem de desarmar. Didi entrou muito bem”.

Segundo tempo com a cara do Bahia

“O segundo tempo foi a cara do Bahia, como a torcida gosta. Houve uma entrega fantástica. Se engana quem acha que jogamos com dez. Nós jogamos com 33.822, que são os 11 somados aos torcedores no estádio. O que jogou a torcida ao nosso lado… Cara, é agradecer ao torcedor. A maneira que o torcedor fez, ele está sentindo a maneira como jogou com a gente. Só tenho gratidão ao torcedor que veio, apoiou e empurrou. Isso é Bahia”.

A próxima partida será contra o Sport, na quarta-feira (08), às 21h30, na Arena Fonte Nova.