Guto explica opção por Ítalo e cita preocupação por falta de gols

Fonte: Felipe Oliveira/Divulgação/ECBahia

Pela quarta rodada do Brasileirão, o Bahia perdeu por 2 a 0 para o Sport e seguiu sem pontuar atuando longe de Salvador. Após o jogo, o técnico Guto Ferreira concedeu a tradicional entrevista coletiva após a partida.

No revés sofrido para o Sport, a ausência de gols foi mais uma vez diferencial contra o Bahia. Com apenas uma bola colocada nas redes em quatro rodadas, o técnico Guto Ferreira admite preocupação com o mau momento ofensivo do Esquadrão na competição.

Além de admitir insatisfação com a falta de gols no começo do Brasileirão, Guto Ferreira reclamou da arbitragem por não ter marcado um suposto pênalti no atacante Élber e lamentou a forma como aconteceram os tentos anotados pelo Sport.

“A gente vem tendo dificuldade, e isso mexe comigo. Temos um gol em quatro jogos. Muito pouco. Falando do jogo, acho que tivemos uns 30 minutos muito bons. Houve um pênalti claro em Élber, que poderia ter mudado a partida. Depois fomos cedendo espaços, e a expulsão de Ítalo foi um pouco forte. Eles não tomaram cartões amarelos em faltas muito parecidas como essas. O juiz foi caseiro. Paciência. Jogar Campeonato Brasileiro é isso, e nossa equipe precisa melhorar. A situação dos dez minutos finais do primeiro tempo, tomamos o gol, aí no início do segundo tempo tomamos outro gol e atrapalhou muito. Não faltou luta, mas faltou um algo mais, alguma coisa que o Bahia tem que achar o que é para fazer partidas melhores e somar pontos fora de casa”, disse o treinador tricolor.

Um dos alvos de críticas contra o técnico pela derrota foi a entrada do jovem Ítalo no segundo tempo, que levou dois cartões amarelos em 12 minutos em campo. Guto explicou a opção pela entrada do atacante.

“(Colocou Ítalo) Por causa da individualidade. O Sport baixou as duas linhas, e eu precisava de alguém que tivesse drible. Ele tinha mais o um contra um. Até o Régis mesmo que entrou para flutuar ali nas duas linhas de quatro deles. Até criamos situações, mas não tão claras de gol. A expulsão dele foi muito rápida, se não me engano, ficou em campo por uns poucos minutos”, explicou.

Guto também falou sobre o episódio que ficou marcado negativamente na saída do jogo, quando não teria aceitado cumprimentos do técnico Claudinei Oliveira após a partida.

“Saí completamente cego do jogo. Sinceramente, não lembro o que eu falei. Se ele falou comigo, não percebi. Lembro que ouvi alguma voz, mas eu estava completamente fora. Quando estou irritado com uma situação, costumo seguir meu caminho. Nada contra o Claudinei e nem contra a situação. Acho que cada um tem que se controlar. Peço desculpas. Não tenho nada contra o Claudinei. É o momento de cada um. Até porque, não fiz nenhuma situação. Estava tão longe que nem percebi”, disse o treinador, que se desculpou e conversou pessoalmente com Claudinei Oliveira no vestiário da Ilha do Retiro.

E os reforços?

“Acho que isso a direção sabe. A gente vem conversando sempre. O grupo do Bahia não é pronto. Agora a gente tem que colocar também que estamos com algumas faltas na estrutura da equipe, que são significativas. A gente tem que tocar bola para frente, amadurecendo o grupo e buscando os resultados”.

Jogo contra o Vasco na quarta-feira

“Temos que superar tudo isso, sair dessa fase de alguma maneira. Na quarta-feira, temos o Vasco, e quando as coisas estão difíceis, o apoio é fundamental. Nessas horas, as críticas não ajudam muito. Os problemas do Bahia vão ser resolvidos por pessoas que estão dentro do campo”.