Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Guto Ferreira não esconde que é mais adepto à filosofia de jogo de Jürgen Klopp, técnico do Liverpool, do que à de Pep Guardiola, do Manchester City. No Bahia, com seu estilo de trabalho o treinador tricolor tem conseguido manter a equipe nas primeiras posições desde o início da Série B.
Entrevistado por Darino Sena, em seu canal no Youtube, Guto Ferreira foi perguntado em um dos momentos da ‘live’ sobre como avalia a possibilidade da chegada do Grupo City ao clube e uma possível inserção da cultura tática do técnico Guardiola.
Mesmo com o tema City ser tratado com mistério pela diretoria tricolor, o técnico não fugiu da pergunta e garante estar torcendo por um desfecho positivo, desde que seja benéfico para o Tricolor, sem pensar de forma individual quanto a possível continuidade ou não no comando do time.
“Torço para que aconteça o melhor para o clube e não me envolvo. O meu projeto, o meu objetivo, é colocar o Bahia na Série A. Então, toda a minha energia, concentração e esforço são para isso. Pessoas influentes e que gostam do clube estão trabalhando em prol de buscar a melhor condição possível para o clube. Eu tenho que estar tranquilo. Quanto a questão de cultura (tática) dentro do clube também, estou muito tranquilo. No momento sou eu e se amanhã alguém que não sou mais eu, vou estar agradecendo ao torcedor, a quem me colocou e até a quem me tirar, pela oportunidade que tive, pelo momento que tive e a alegria que tive vivenciando dentro do Bahia. E a vida continua em qualquer outro lugar”, avaliou.
Segundo Guto Ferreira, o que lhe deixa feliz neste momento é seguir no caminho certo rumo ao objetivo traçado para a Série B.
“A minha felicidade hoje é estar entre os quatro primeiros brigando por coisas ainda maiores pelo Bahia. A cada dia que vou preparar para o próximo jogo, e a gente consegue somar os pontos que nos colocam mais perto do objetivo, é o que traz minha felicidade nesse momento. O resto eu deixo para os outros”.
O treinador relembrou também o caso do Botafogo, que, com a aquisição por parte do americano John Textor, sofreu grandes mudanças em todo o departamento de futebol, culminando na contratação do técnico português Luís Castro.
“Tem que deixar fluir naturalmente, eu não crio expectativas. Por exemplo, no Botafogo mudaram tudo. E eu, na condição de profissional, tenho que deixar essa liberdade para quem chega. O cara está comprando o clube, quem sou eu para me colocar como empecilho?”, disse o treinador.
Por outro lado, ele também não esconde que tem, sim, o desejo de continuar no clube, mas que seu único pensamento atualmente é no acesso.
“Agora, é lógico que se me convidar para continuar vai me dar uma felicidade imensa. Mas nesse momento não é o mais importante. O mais importante é subir o Bahia e o depois é depois. Primeiro quero subir o Bahia e se achar que sou eu (para continuar), vou ficar muito feliz. Se achar que não, tranquilo. Temos que mostrar que somos profissionais, que não temos direito de colocar emoções nas tomadas de decisão, mas sim pela razão.
Por sua vez, Darino Sena fez uma brincadeira ao afirmar que Guto deveria, então, contratar um tradutor árabe para mostrar porque deve ficar, já que ‘roeu o osso’ na queda de divisão e em uma possível subida.
Na resposta, o treinador tricolor finalizou o assunto da seguinte maneira:
“O que eu posso dizer é que o resultado tem tradução em qualquer país”.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.