O Bahia voltou a decepcionar sua torcida ao perder por 1 a 0 para a Juazeirense, neste domingo (27), desperdiçando a chance de entrar no G-4 do Campeonato Baiano.
Após o jogo disputado no gramado do estádio Adauto Moraes, em Juazeiro, o técnico Guto Ferreira concedeu a tradicional entrevista coletiva na qual respondeu a temas levantados por jornalistas.
Por falar em gramado, este foi um dos principais pontos destacados por Guto ao longo da coletiva. Ele afirmou que a irregularidade do campo foi determinante para o desempenho da equipe tricolor.
“A questão de fundamentos, nossa equipe tem tido 87 a 89% de passes certos nas partidas. Está com 5 a 7% a mais do que no ano passado todo, o que mostra que a equipe evoluiu nesse quesito. Com o campo de hoje, ficou inviável. É lógico que a adaptação seria boa, mas mesmo que se trabalhe bastante, não são dois ou três dias que farão o jogador se acostumar totalmente a um campo tão irregular como esse. Até fizemos um treino hoje, mas é um treino sem a intensidade do que foi o jogo. Fica totalmente inviável. Jogamos quinta-feira e eles estavam sem jogar há 15 dias. É uma situação em que estávamos desgastados e eles de tanque cheio”.
O resultado deste domingo marcou o primeiro triunfo da Juazeirense no Baianão após seis rodadas. Guto relativizou este fato afirmando que houve mudanças no elenco e na comissão técnica da equipe do interior.
“Não tinha vencido, mas também não tinha tido 15 dias na mão do treinador e com contatações novas. Então, não é a equipe que começou a competição. A equipe do momento é outra. Ponto um”.
Para o técnico do Esquadrão, o fato de a equipe juazeirense já estar adaptada ao campo do Adauto Moraes também foi determinante para o placar.
“O ponto dois é que eles totalmente adaptados (ao gramado) e de tanque cheio, não conseguimos jogar. Tentamos propor jogo, não conseguimos. Tentamos fazer jogadas pelos lados, não conseguimos. Ligações diretas, não conseguimos. Eles têm o domínio do estilo de jogo que o campo propõe e nós tivemos que nos adaptar. Se você pegar a partida toda, tomamos o gol no início, quando estávamos nos adaptando. Depois disso, eles tiveram poucas chances de gol. E nós não conseguimos chegar com uma chance clara, sem contar a cabeçada, mas eles também não tiveram outro grande lance sem ser o gol”.
Carência no elenco?
O Bahia foi a campo com algumas mudanças em sua equipe. Uma delas foi a entrada de Luiz Henrique na ponta esquerda, diferentemente da posição de lateral que ele vinha ocupando.
O ecbahia.com perguntou ao técnico Guto Ferreira se essa opção se dá por carência no elenco. Segundo o treinador, a mudança foi circunstancial.
“Vamos olhar pelo outro lado. Ele foi bem na lateral e foi bem na frente. Esse era um jogo que exigia um jogo mais de força e ele é um jogador que tem o vai e vem bastante forte. É um jogador que tem drible. Por isso o adiantamos para essa partida. E a troca foi porque o Matheus Bahia tomou cartão amarelo”.
Dificuldades no Campeonato Baiano
“Difícil… o estilo da equipe para o estilo e o momento, onde viemos jogar e o campeonato que viemos jogar. Temos que alinhar a equipe para uma competição e o campo que estamos jogando e a situação que estamos jogando são completamente diferentes. Então, isso provoca nossa incompetência hoje”.
O Bahia está pressionado no Baiano?
“Eu acho que o Bahia está sempre sob pressão. Só não está sob pressão quando está na liderança e ainda assim está sob pressão se tiver pouca margem. A pressão é sempre do Bahia. Temos que buscar nos três próximos jogos. São três equipes difíceis, mas com piso melhor. É tentar fazer melhor do que fizemos hoje.
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