Guto volta a justificar rodízio no time e reclama de chances perdidas

Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia não só perdeu, como deu um enorme vexame na Arena Fonte Nova. Diante do Barcelona de Ilhéus, uma equipe recém-promovida à primeira divisão estadual, o Tricolor perdeu por 1 a 0 na presença de torcedores.

Foi a segunda derrota consecutiva na temporada e o terceiro jogo seguido sem vencer em 2022, somando as duas competições disputadas pelo Bahia no momento.

Em entrevista pós-jogo, o técnico Guto Ferreira avaliou o desempenho tricolor e afirmou que somente com triunfos será possível recuperar a confiança da torcida.

“Confiança do torcedor só vai ser melhorada com resultados. Isso aí não tem jeito”.

O técnico também reclamou dos gols perdidos pelo time. Ele relembrou ainda que outras oportunidades claras haviam sido desperdiçadas nos jogos anteriores contra Vitória e Atlético, que poderiam ter mudado os resultados.

“E melhoria da equipe, você veja: hoje nós tivemos oito finalizações contra uma, um gol, contra uma do adversário. O adversário venceu por 1 a 0. Nas duas partidas agora que nós somos derrotados… Nós tivemos antes dos cinco minutos uma bola dentro da área pequena com chance de gol, e nós não tivemos a felicidade de fazer o gol. Aliás, no jogo de sábado nós tivemos dois lances de gol dentro de área pequena. Um do Marco Antônio e um do Ronaldo. Aliás três, que teve o Rodallega no segundo tempo também e hoje o Rodallega de novo chegou um pouquinho atrasado na jogada”.

‘Testes’ e rodízio no time titular

O Bahia vem tendo escalações bastante modificadas jogo após jogo. Foi assim nas partidas anteriores e foi assim que aconteceu na partida desta quarta-feira. Guto novamente justificou essa ideia, afirmando que ocorre por necessidade.

“Testes que são chamados, muitas vezes não é nem teste. É a necessidade de você estar rodando, por exemplo, a primeira partida de 90 minutos como atleta da equipe profissional do Douglas Borel, foi sábado. Num gramado altíssimo e ainda ele saiu com o tornozelo baleado. Nunca tinha jogado 90 minutos na equipe principal. E até que ele adquira o lastro, nós temos que jogar com ele para que ele não se lesione. Porque se ele se lesionar, ele vai perder mais tempo para chegar nesse estágio que nós estamos buscando com ele. E assim como ele, outros jogadores. Marcelo Cirino ainda não tem condições de jogar 90 minutos. Há três jogos atrás, ele estava buscando jogar 45. Agora ele já está jogando quase 70 minutos. Mudou o processo, e é um jogador de qualidade que vai nos ajudar muito. O momento dele ainda não está… Está bastante aquém do potencial dele. Mas para um cara que ficou 16 meses parado é assim e, se você não oportunizar, não tem como readquirir a condição de jogador diferenciado que ele é. Então, não só ele como outros nessa situação”.

O treinador também citou casos de Covid no elenco que fazem com que seja necessário mudar peças do time.

“Tivemos recentemente o caso de covid também, Douglas, Otávio e Patrick, né? Então, o que parece ser rodízio algumas vezes é rodízio sim. E o que parece ser teste, muitas vezes não é teste. É necessidade”.

Como melhorar os resultados?

“Eu acho que, à medida que nós vamos passando o tempo, a equipe vai crescendo, vai recuperando essa questão física e pode ter certeza que vai evoluir. Lógico que nós temos que buscar o melhor encaixe e isso vai acontecer”.

Resumo do jogo

“Acho que essa superioridade (do Barcelona), se você olhar os números do jogo, ela não bate. Nós tivemos 20 finalizações contra sete; nas 20, nós fizemos oito dentro do gol, mas a bola não ultrapassou a linha, e eles tiveram uma que a bola ultrapassou a linha. Se você analisar a posse de bola, enfim, os lances que dão oportunidades a fazer a diferença do jogo, que é o gol, nós tivemos, nós não tivemos o gol e eles tiveram um lance que eles fizeram diferença”.