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Ídolo tricolor, Bobô relembra detalhes do título brasileiro de 88

Notícia
Entrevista
Publicada em 14 de abril de 2017 às 10:13 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira/Divulgação/ECBahia

Autor de dois gols na final, um dos principais responsáveis pelo título brasileiro de 1988, conquistado pelo Esquadrão de Aço, e um dos maiores ídolos da história do Bahia, o ex-atacante Bobô foi entrevistado pelo canal Bar FC e relembrou detalhes da conquista da segunda estrela tricolor.

Dentre os assuntos comentados, o ex-jogador e treinador tricolor, e atual deputado estadual, relembrou o sentimento do time antes do Brasileiro de 88 e a empolgação que a equipe foi conquistando durante o torneio.

“Foi muito bacana aquela conquista, por uma série de razões: A montagem do elenco, que começou em 86. Daí, começou 87 e foram chegando e saindo jogadores. E culminou naquele grande time montado em 88, um time quase basicamente de baianos. Modestamente montada, uma equipe barata e que pouca gente achava que poderia chegar aonde chegou. Aliás, nós mesmos não imaginávamos”.

“Na realidade, nós ganhamos tudo naquela época. Fomos tricampeões baianos. Ganhamos o Baiano com antecipação em 86, em 87 ganhamos com facilidade e em 88 ganhamos os dois Ba-Vis. E entramos no Brasileiro para fazer uma grande campanha, mas não tínhamos noção do potencial, da capacidade, de nós mesmos“.

“Durante o carnaval (de 89), nós tivemos que parar um pouco a festa para se dedicar (risos). Ali a gente já tinha uma certeza de que poderia chegar muito mais adiante. E o grande jogo do Bahia foi contra o Sport, na reta final (quartas de finais). Lá foi 1 a 1, Charles fez o gol. E aqui foi um drama, empate, prorrogação… Eu lembro que aos 14 minutos do segundo tempo, da prorrogação, o centroavante do Sport saiu sozinho e o Ronaldão salvou a pátria. E passou uma confiança muito grande”.

Bobô também revelou que a conquista aconteceu com dois meses de salários atrasados para o elenco, que sobrevivia com o pagamento de bichos após os triunfos.

“A transição de quando eu saí do Bahia para o São Paulo, foi enorme. A diferença do trabalho, a infaestrutura. Eu falei: “Meu Deus do céu a gente ganhou mundo com aquele trabalho que era feito”. Não tínhamos nem sequer treinador de goleiros, que era o preparador físico, depois o Evaristo assumiu. Ganhamos pela garra, pela torcida, pela direção do clube. E ganhamos o título com dois meses de salário atrasado, vivíamos do bicho que era pago. Tinha até calculadora no banco de reservas. E o bicho era pago no vestiário. Hoje temos um grupo de whatsapp, em que a gente se fala. São memórias boas que hoje estão na história do clube”.

Assista à entrevista completa:

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