Lúcio Rios fala em corrigir erros do Bahia na gestão de futebol

Lúcio Rios foi o primeiro candidato à presidência do Bahia a ser entrevistado no quadro “Baêa em Pauta”, do ecbahia.com, na noite desta quarta-feira (18).

Durante a live realizada através de Youtube e Facebook, o candidato falou sobre sua relação com o Esquadrão de Aço e o que lhe motivou a concorrer ao cargo político mais importante do Esporte Clube Bahia.

“Tenho 44 anos, residente em Salvador onde nasci. Passei mais de 30 anos de minha vida em Brotas, indo e voltando da Fonte Nova andando. Sou ex-atleta amador. Fui representante da Seleção Baiana de Futsal, fui bicampeão baiano de Esporte Aventura. Tenho em meu sangue a competição e o esporte. Sei da importância que o esporte competitivo tem para a cultura baiana. Em relação ao Bahia, minha vida política praticamente nasceu na Associação Bahia Livre, lutando pela democratização, onde combatemos primeiramente Paulo Macarajá. Depois, Marcelo Guimarães pai e o filho. E aí entra o ecbahia.com. Um site onde o fórum era bastante efervescente e eu era muito ativo. Muito da política baiana se deu e nasceu (no site). Fiz parte da Associação Bahia Livre, cheguei a ser presidente interino da ABL onde conheci Jorge Maia. Posteriormente, conheci Fernando Passos, que é meu candidato a vice-presidente. Após a democratização, com a abertura do clube para sócios, estou no segundo mandato de conselheiro suplente. Apesar de não ter tomado posse como conselheiro efetivo, participei de muitas reuniões como ouvinte, participei de Assembleias Gerais, com contribuições. Participei ativamente do Bahia político antes e depois de ser aberto (para a democracia)”, contou o candidato.

“Esse processo é um trabalho em construção. O Lúcio não está chegando nesse momento, apresentando seu nome e tentando entrar na vida política do Bahia. Eu tenho mais de 20 anos participando da vida política do clube, nos bastidores, depois como conselheiro. Tenho uma preparação, sou gestor comercial, sei trabalhar com pressão de entrega, faturamento, compra… Todo o processo natural de uma empresa eu tenho experiência. (Pressão) Para mim é natural, pois eu conheço o Bahia ao se tornar democrático com esse Estatuto. É bom frisar que hoje o Bahia tem dois órgãos de suma importância para a democracia do clube: Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal. Então, me vejo bastante preparado para tentar e ser eleito como presidente do Esporte Clube Bahia”.

O que pretende para a gestão de futebol do Bahia?

Sobre um dos assuntos que mais importam à torcida, Lúcio Rios afirmou estar insatisfeito tanto com a gestão de futebol da atual gestão, como também com os resultados obtidos em campo.

Para isso, o candidato cita a necessidade de corrigir erros cometidos nos últimos anos, citando o atual diretor de futebol Diego Cerri.

“Não estou satisfeito com a gestão de futebol do Bahia. Acredito que existe uma lacuna muito grande entre o que de fato o torcedor almeja e o que a gente vem realizando nos últimos anos. A partir daí, vem um detalhe que é a grandeza do nosso clube. Estranho muito quando se fala que o torcedor do Bahia está com uma expectativa muito elevada. Somos um clube bicampeão brasileiro, fomos um clube que no fim da década de 80 e início de 90 chegamos a mais uma semifinal, e onde sabemos que a nossa gestão não era nada profissional. Nem na parte financeira e nem na gestão de futebol. Então, quando ouço que o torcedor do Bahia tem expectativas elevadas e que o clube vem bem, quando o Bahia teve como sucesso beliscar uma primeira página de Série A, para mim existe uma avaliação equivocada das metas e o que de fato a gente precisa entregar aos sócios”.

“Sobre a gestão em si, fica mais claro ainda quando analisamos o número de contratações realizadas pelo diretor Diego Cerri. Foram mais de 100 jogadores contratados, onde se criou uma equipe de transição. E essa transição deveria ser o processo natural de nossa divisão de base. Hoje o que existe é o Bahia transformando essa transição praticamente em uma incubadora, onde o jogador passa quase um ano para depois ser utilizado na equipe profissional. Não admito ouvir o exemplo do volante Flávio, que já havia sido bastante testado em uma equipe rival nossa daqui da Bahia ou o Gregore, que tinha vindo de uma base do Santos, e que existe a sinalização de que eles haviam sido contratado para uma equipe de transição. Isso é tratar o torcedor com desinformação. É preciso tratar o torcedor de forma séria. A equipe de transição é uma realidade, mas precisamos usar a base”.

“No profissional temos vários erros em termos de contratações. Tem vários jogadores que passaram pelo Bahia com contratos longos. Vou citar Rogério, que passou pelo Bahia. Não deu certo por aqui, foi para o Ceará, depois Sport e agora vai para Série B. E nós o contratamos por três anos. Temos o Wanderson, zagueiro, que mal jogo no Bahia e já está saindo para o Fortaleza. Existe todo um desequilíbrio para mim nessas contratações com valores altos. O Bahia precisa, de fato, controlar melhor como estão sendo feitas essas contratações. Para mim, existe um desencontro muito grande entre o que o torcedor almeja, o que o presidente fala e o que o diretor de futebol executa”.

Lúcio Rios é candidato à presidência do Bahia pelo grupo +Bahia. Seu número é 88.

*O ecbahia.com também convidou o atual presidente Guilherme Bellintani, candidato à reeleição, para entrevista no quadro “Baêa em Pauta” e aguarda confirmação.

**As chapas concorrentes ao Conselho Deliberativo também estão convidadas para entrevista.

***O ecbahia.com reafirma imparcialidade nas eleições para Diretoria Executiva e para o Conselho Deliberativo do Bahia, sempre com a missão de informar o torcedor tricolor buscando ouvir e expor ideias de todos os lados envolvidos.